Sexta-feira, 1 de Maio de 2015

Será por causa do acordo ortográfico?

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Mais um lamentável exemplo dos já muito comuns erros nos oráculos e rodapés. Desta vez no Telejornal da RTP.

publicado por Alexandre Guerra às 20:35
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Segunda-feira, 23 de Março de 2015

Contra a corrente

"É assim House of Cards, uma grande série de banalidades e excessos.[...] Por isso, é uma série que nos deixa desconfortáveis: leva-nos a gostar das banalidades porque são excessivas e dos excessos porque são banais. Não é que eles nos queiram iludir. Eles o que querem mesmo é levar-nos a gostar precisamente de nos sentirmos iludidos. O engano, a mentira, o oportunismo, a traição e a falta de ética e de decência são tão comuns a todas as personagens que somos 'forçados' a torcer por aqueles que estão mais convenientemente apetrechados para esse mundo em que triunfam os piores. É o contexto."

 

Luís Paixão Martins em artigo de opinião no Diário de Notícias.

publicado por Alexandre Guerra às 11:56
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Terça-feira, 29 de Julho de 2014

A morte em directo

 

Foi o primeiro filme de grande impacto que nos mostra um estadista assassinado quase em directo. Aconteceu a 9 de Outubro de 1934, em Marselha, momentos após o desembarque na segunda maior cidade francesa do Rei Alexandre da Jugoslávia. O cortejo automóvel em que seguia, ao lado do ministro francês dos Negócios Estrangeiros, rodara poucas centenas de metros quando o monarca foi assassinado à queima-roupa por um anarquista búlgaro, no banco traseiro de uma viatura parcialmente aberta.

Tudo aconteceu a curtíssima distância de um operador de câmara da Pathé, que colhia imagens para um cinejornal (precursor dos telejornais naquela época). O facto de o motorista ter também morrido de imediato, com o pé pressionando o travão do automóvel, facilitou a recolha de imagens, que não tardaram a dar a volta ao mundo, exibidas nas salas de cinema.

Tudo isto aconteceu, note-se, três décadas antes de outro magnicídio com imagens captadas em directo: o do presidente norte-americano John Kennedy, em 22 de Novembro de 1963. Apesar de haver dezenas de fotorrepórteres e operadores de câmara profissionais no local, apenas um cineasta amador, chamado Abraham Zapruder, captou o preciso instante em que o crânio do inquilino da Casa Branca era estilhaçado pelo terceiro tiro disparado da mortífera carabina de Lee Oswald.

Vinte e seis segundos que a América jamais esquecerá. Mas que só foram vistos na íntegra em 1975: na altura, as imagens foram consideradas demasiado chocantes para serem exibidas na televisão.

 

publicado por Pedro Correia às 17:50
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Quinta-feira, 12 de Junho de 2014

Podemos

 

Formada nas redes sociais no início do ano, Podemos tornou-se a quarta maior força eleitoral de Espanha nestas europeias - e a terceira mais votada em Madrid - com uma mobilização clara e eficaz contra a "casta" que domina a cena política do país há quatro décadas. Conquistou mais de 1,2 milhões de votos, correspondendo a quase 8% dos votos expressos, e elegeu cinco eurodeputados.

Houve logo analistas que se apressaram a rotulá-la, procurando reduzir ao esquematismo das fórmulas já gastas pelo uso um fenómeno como este, que é novo. E complexo. E sintomático do desencanto de uma larga fatia dos cidadãos perante a representação política tradicional.

Este escrutínio de 25 de Maio deixou bem claro: ou os partidos mudam radicalmente ou verão fugir cada vez mais eleitores em futuras eleições. Em Espanha, PP e PSOE perderam em conjunto mais de cinco milhões de votos e recuaram cerca de 30 pontos percentuais face aos resultados de 2009. Funcionou como um sinal de alarme que deve ser levado a sério.

Entretanto vale a pena espreitar um dos spots de propaganda televisiva com a marca Podemos. Para se perceber como os votos começam a ser conquistados por esta via. Com profissionalismo e competência.

E aqui não há empates: ou se ganha ou se perde. Na televisão, quem concebeu esta campanha jogou para vencer. Como bem se vê.

publicado por Pedro Correia às 01:23
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Domingo, 9 de Fevereiro de 2014

Sempre mais do mesmo

Pluralismo? Qual pluralismo? Os canais televisivos portugueses especializados em informação contínua vão-se plagiando mutuamente, concedendo cada vez mais espaço e cada vez mais tempo a um só tema. O desporto. Melhor dizendo, a uma só modalidade desportiva. O futebol. Melhor dizendo, apenas a três clubes de futebol. Benfica, Porto e Sporting.

Tudo gira em função disto. Nada sabemos do que se passa no mundo vendo estes canais. Mas sabemos tudo - mesmo tudo - do que decorre em redor de três estádios de futebol.

Não adianta mudar de canal. Porque todos mostram o mesmo. Mais do mesmo, sempre mais do mesmo, sempre mais do mesmo.

publicado por Pedro Correia às 20:08
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Quinta-feira, 10 de Outubro de 2013

Um programa que é como é e nada mais do que isso

 

Ainda mal tinha terminado a programa da RTP 1, "O País Pergunta", estreado esta Quarta-feira à noite, com Pedro Passos Coelho como primeiro convidado, e já estavam os comentadores do costume preparados para lançar as farpas habituais ao formato do programa e à prestação do primeiro-ministro, sem qualquer distanciamento crítico e analítico que se exige a gente que desempenha este tipo de papel.

 

Ao PiaR interessa apenas a matéria relativa à vertente comunicacional do programa. E aqui, diga-se justamente, apenas Ricardo Costa conseguiu olhar para o programa como ele foi: uma simples conversa entre convidado e público. Não se tratava de uma entrevista clássica nem pretendia ser um espaço tradicional jornalístico ou debate televisivo. E isto foi assumido com uma certa naturalidade e até humildade pelo director do Expresso, reconhecendo inclusive que, entre algumas perguntas menos conseguidas, havia outras colocadas por pessoas "normais" que ele jamais se lembraria.

 

Quanto aos outros comentadores que por aquela hora estavam repartidos pela SIC N, TVI24 e RTPI, foi um triste espectáculo ver o seu pensamento toldado e a sua arrogância sem limites, impossibilitando-os de fazer uma análise objectiva e crítica de um formato que nada tem de inovador nem de nefasto, mas que só agora chegou a Portugal. Trata-se, efectivamente, de um modelo experimentado em várias partes do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, e que cumpre com a função para o qual foi idealizado. Apenas isto e só isto.

 

Quando os próprios comentadores se lançam num ataque voraz e cego ao formato do programa para atingir a prestação do convidado acabam por estar a passar a si próprios um atestado de incompetência.

 

Ainda mais estranho quando se ouve da boca de um desses comentadores, no alto de toda a sua sapiência, que as pessoas do público não tinham feito as perguntas que verdadeiramente interessavam.

 

E parece ser também moda, colocar nestes painéis de análise comentadores orientados ideologicamente, mas que ali aparecem transvestidos de pessoas isentas. Pior ainda, são os próprios jornalistas/moderadores a perderem a noção de imparcialidade e a assumirem um juízo de valor em relação ao objecto de análise. 

publicado por Alexandre Guerra às 00:11
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Domingo, 18 de Agosto de 2013

Só lhe ficou bem

Ainda ontem a Virgínia lhe fez um reparo pertinente, juntamente com outras pessoas que se fizeram ouvir este fim-de-semana por causa da forma desastrosa como foi conduzida a entrevista a Lorenzo Carvalho. Sensível às vozes discordantes, Judite de Sousa, num gesto raro no jornalismo português, assumiu em directo, no espaço de comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, o momento infeliz que protagonizou no Jornal das 8 da passada Sexta-feira.

 

Teve ainda a humildade de ouvir o "sermão" do professor Marcelo e de assumir que foi uma "sexta-feira" negra na sua carreira de jornalista. Uma atitude redentora que só lhe ficou bem.

 

publicado por Alexandre Guerra às 20:59
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Quarta-feira, 5 de Junho de 2013

Mais uma grande entrevista conseguida por Henrique Cymerman

O discreto Henrique Cymerman conseguiu, aparentemente, aquilo que mais nenhum desses "grandes" jornalistas televisivos que por aqui andam neste burgo não tinham conseguido ou sequer tentado: uma entrevista com o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

 

Como se lê num comunicado da SIC, a entrevista exclusiva de 45 minutos foi gravada esta Segunda-feira em Luanda e irá para o ar na Quinta-feira, no Jornal das Oito. Trata-se de um momento de comunicação raro, sendo talvez uma das entrevistas mais importantes que nos últimos anos têm passado nas televisões nacionais.

 

A importância desta entrevista prende-se sobretudo com a possibilidade de se ficar a conhecer um pouco o pensamento e a visão que Eduardo dos Santos tem da sociedade angolana e do mundo actual. Será também interessante (caso o assunto seja abordado) perceber como o Presidente angolano olha para as relações internacionais, nomeadamente a importância crescente que aquele país tem vindo a assumir junto de potências estrangeiras. 

 

E se Cymerman tiver feito as perguntas certas, Lisboa poderá também perceber quais as expectativas que Luanda tem em relação à antiga metrópole.  

 

publicado por Alexandre Guerra às 11:33
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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

O PiaR já tinha dito que o Fuel TV era "cool"

Vídeo da Surge Skateboarding Magazine postado no Facebook do Fuel TV, com os melhores momentos do Element Skate Ramp Tour que decorreu em Braga. A associação das marcas Element e Ericeira Surf Shop é evidente.

 

Em Outubro de 2011 referia-se aqui neste poleiro que a "segmentação de 'produto' e de público é a principal virtude da 'cabo'. Aquilo que cada um quer ver é aquilo que cada um vê. É verdade que há canais com mais e menos qualidade, mas é inegável que a oferta é variada e contínua". 


E nesta lógica o PiaR chamava a atenção para o Fuel TV, como uma "das melhoras coisas e mais refrescantes que a 'cabo' tem para oferecer, já que abre uma janela para modalidades mais 'extreme' e para tendências que os generalistas nacionais nunca ousaram sequer dar uma amostra, por mais pequena que fosse".


E acrescentava que "além da excelente qualidade dos seus programas e filmes, o Fuel TV, que é um canal internacional, tem conteúdos nacionais, fazendo, por exemplo, a cobertura de algumas provas em Portugal".


Pois esta Quinta-feira, lia-se na Meios & Publicidade que, embora o Fuel TV não tenha surgido há muito tempo na grelha de canais dos principais operadores de televisão nacionais, "já se está a assumir como uma potencial plataforma de comunicação das marcas com o segmento mais jovem. Marcas como a Moche já não dispensam o canal no seu plano de meios". Mas muitas mais há. 

publicado por Alexandre Guerra às 19:33
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Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

Scandal :: 6 lições

O Alexandre não gostou do Scandal. Eu a cada episódio gosto mais. Por muito "folclore de cinema" que exista na realização, para quem trabalha em PR é uma série imperdível. Um follower mais atento consegue descortinar ali apontamentos muito interessantes. Por isso gostei de ler este artigo onde são enumeradas 6 lições retiradas da série. Gosto particularmente da 2 e da 4. Let's go gladiators

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 15:51
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Domingo, 7 de Abril de 2013

Prós e Contras ao Domingo era um falhanço anunciado

Durou pouco a invenção da RTP em ter passado para o Domingo à noite a emissão do Prós e Contras. Depois de uma experiência dominical falhada (só podia) aquele programa de debate vai voltar à antena da RTP 1 às segundas-feiras. 

 

Na altura da decisão de passar o Prós e Contras para os domingos à noite, a Direcção de Informação da RTP assumiu que o fez sem qualquer tipo de estudo prévio, baseando-se unicamente numa espécie de "feeling". Ora, não é preciso ser-se propriamente um génio das audiências para se perceber que dificilmente um programa daquele tipo sobreviveria no Domingo à noite.

 

Basta ter-se bom senso e conhecer-se minimamente os hábitos e comportamentos sociais dos portuguesas, para facilmente se perceber que há pouco paciência e disponibilidade para "apanharem" com mais de duas horas de debate cinzento a um Domingo à noite. 

 

O autor deste poleiro estranhou aquela decisão e chegou a comentá-la com pessoas, algumas ligadas à televisão, e todas concordaram tratar-se de uma decisão pouco inteligente. 

 

Mais tarde, Fátima Campos Ferreira proferiu declarações nesse sentido, manifestando a sua preferência pela Segunda-feira à noite, mas que tinha sido confrontada com uma decisão da Direcção de Informação.

 

Agora, o Prós e Contras regressa à Segunda-feira à noite, mas fica, mais um exemplo, de como às vezes basta um pouco de bom senso para se evitarem autênticos disparates. 

publicado por Alexandre Guerra às 20:06
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Terça-feira, 2 de Abril de 2013

Mais um grande momento televisivo


"O Dia Seguinte", SICN, 1 de Abril de 2013
publicado por Alexandre Guerra às 00:08
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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012

fala por ti

O Alexandre acha que Scandal é “escandalosamente mau”.

Percebo esta opinião pois ele confessa que só viu 10 minutos do primeiro episódio.

O inicio não foi grande coisa. aquele diálogo inicial a uma velocidade vertiginosa foi tudo menos natural. Ficou-se logo com uma percepção demasiado hollywoodesca da série.

Mas o Alexandre devia ter visto o episódio até ao fim.

Estou certo que Scandal não irá prender os profissionais da comunicação de forma tão emocional como acontecia com Mad Men, mas há ali conteúdo que vale a pena seguir.

Também é verdade que foi criada uma expectativa enorme e agora é preciso entrar na lógica do “dar desconto”.

 

Os gladiators in suits não são uma PR Agency convencional. São fixers, logo aquilo que mais veremos será aproximado de crisis management, com public affairs e media relations como ferramentas a utilizar quando necessárias. E no primeiro episódio foi isso que se viu, para além dos 10 minutos. E é isso que é interessante assistir nesta série.

 

Pelo que vi não posso concordar com o Alexandre. Scandal está longe de “escandalosamente mau”. Com os próximos episódios veremos se é série para me agarrar religiosamente ao ecrã.

publicado por Rodrigo Saraiva às 00:18
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Domingo, 16 de Dezembro de 2012

Escandalosamente mau

 

O sector das Public Relations aguardava com bastante expectativa a chegada de uma nova série que, pela primeira vez, seria totalmente dedicada àquela actividade profissional, nomeadamente à gestão de crise. Este poleiro, desconfiado por natureza em relação às inúmeras séries que têm sido produzidas nos últimos anos em catadupa e que pouco mais têm acrescentando do que horas de emissão, via com menos entusiasmo a chegada de Scandal. 

 

Mas como nestas coisas não há nada como ver para depois se poderem tirar ilações, este Domingo o autor destas linhas lá recorreu ao "rewind" da ZON e foi à procura do primeiro episódio emitido na passada Quarta-feira, no canal Fox.

 

Depois de ter carregado no "play" bastaram apenas 10 minutos para carregar na tecla "stop".   

publicado por Alexandre Guerra às 17:26
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Domingo, 25 de Novembro de 2012

É possível sair do "mainstream" em programas matinais de grande audiência

Today Show/NBC News, 23 de Novembro de 2012

Este vídeo não foi trazido até aqui apenas pelo facto do autor deste poleiro ser um entusiasta e praticante de Freeride, mas antes, porque é um bom exemplo de como se pode fazer televisão interessante e fora do "mainstream" numa rubrica matinal televisiva de grande audiência.
Em Portugal ainda há um longo caminho a percorrer nesse sentido, já que as opções editoriais recaem quase sempre sobre as mesmas temáticas e com abordagens repetidas vezes sem conta.
E mesmo aqueles programas supostamente mais "dinâmicos" e para um público mais jovem, seja na RTP, SIC ou TVI, não vão além de umas reportagens ridículas e, por vezes, confrangedoras com os "VIP's" do costume a fazerem o mesmo de sempre.
publicado por Alexandre Guerra às 23:18
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Sábado, 22 de Setembro de 2012

A "vaca sagrada" que já devia ter sido sacrificada

 

Tal como a Índia, Portugal é um país de “vacas sagradas”, a diferença é que neste burgo as espécies veneradas são bípedes e não quadrúpedes. Isto resulta de um hábito que existe em Portugal, ser-se acrítico em relação a figuras “instaladas” e aceitá-las eternamente como faróis de referência em várias áreas da sociedade, nomeadamente no panorama informativo das televisões nacionais.

Um fenómeno que se verifica em relação a pessoas que, em muitos casos, andam por cá há muitos anos e que pouco ou nada já têm a dar aos telespectadores.

São pessoas que, por mais incompetentes que sejam, por mais “fora do prazo” que estejam, por mais desajustadas da realidade que estejam, por mais esquecidas que estejam das regras básicas da profissão, por mais que tenham perdido a noção do ridículo e por mais que sejam do desagrado do público em geral, continuam a ser (incompreensivelmente) intocáveis por parte das suas administrações e a ser alvo de admiração dos seus interlocutores.

Mário Crespo é uma dessas pessoas, um jornalista em decadência que há muito perdeu o “Norte” da sua profissão, mas que continua a ser objecto de uma deferência quase submissa dos seus convidados, maioritariamente políticos.

Aquele Jornal das 9 na SICN torna-se, por vezes, um exercício quase patético, com entrevistas em que Mário Crespo faz mais opinião do que produz informação, em que, por vezes, pouco se percebe o que diz (dicção péssima a um volume imperceptível) e a informação é escassa. O “frente a frente”, com os “cromos” do costume”, é um momento sofrível, sobretudo quando os convidados se viram para o moderador com um “ó Mário”.

Em tese este tipo de proximidade não tem qualquer problema, que aliás é muito ao estilo americano, mas no caso do “frente a frente” de Mário Crespo há algo que não soa bem, não são a genuíno. Cheira mais a bajulação por parte dos entrevistados e a promiscuidade entre todos.  

A tudo isto associa-se uma péssima imagem de Mário Crespo, contrastando com as muitas caras bonitas, jovens e competentes que a SICN tem.

Porém, além destas questões, o principal problema reside na ausência de credibilidade de Mário Crespo. Uma credibilidade que se foi perdendo nos últimos anos, com a sucessão de inúmeros episódios lamentáveis, sendo a polémica da RTP apenas o último deles.

Muitos já se esqueceram da célebre ida de Mário Crespo à Comissão de Ética parlamentar, em Fevereiro de 2010, onde se meteu a distribuir fotocópias de um texto supostamente censurado no Jornal de Notícias e onde exibiu uma t-shirt que dizia “Eu ainda não fui processado pelo Sócrates”. Um gesto inaceitável para um qualquer jornalista, independentemente da validade (ou não) das acusações. Crespo quis dizer ao mundo que estava a ser vítima de uma campanha do Governo para o calar. Meteu-se, por iniciativa própria, no centro da notícia.

Na altura, toda esta polémica causou-lhe inúmeros constrangimentos enquanto pivot da SICN, colocando-se claramente numa posição incómodo para acompanhar jornalisticamente os temas da actualidade que se referiam às matérias do relacionamento do Governo com os meios de comunicação social.

A última polémica, espoletada esta semana, pôs a descoberto as fragilidades e o descaramento de Mário Crespo, ao vir criticar o despesismo da RTP que ele próprio ajudou a criar, com 22 anos daquela casa, alguns dos quais em Washington. Onde, dizem publicamente alguns responsáveis da RTP e outra fonte ouvida pelo PiaR, o seu trabalho como correspondente deixou muito a desejar. Disseram a este poleiro que Mário Crespo considerava-se uma espécie de “vedeta”, para quem não se podia ligar a determinadas horas para fazer um serviço, mesmo que fosse da maior importância.

Efectivamente, se o leitor deste texto fizer um exercício retrospectivo dificilmente se lembrará de trabalhos relevantes de Mário Crespo em Washington, onde esteve entre 1991 e 1997.

A “guerra” pública que Mário Crespo declarou há muito à RTP e a antigos colegas seus, tornando-se num comportamento quase obsessivo e que é transposto para o Jornal das 9, é igualmente uma deselegância para com uma “casa” onde trabalhou mais de duas décadas, apesar dos problemas que esta possa ter.

E tudo se torna ainda mais embaraçoso para Mário Crespo e revelador da sua incoerência, quando se propõe, por iniciativa própria, regressar à RTP, mais concretamente ao cargo de correspondente em Washington.

Esta semana foi divulgada pelo DN a carta que Crespo enviou ao antigo presidente da RTP, Guilherme Costa, a 1 de Janeiro de 2012, a manifestar essa vontade, embora na altura já tinha sido tornando pública a intenção de Mário Crespo.

Dizem que a atitude de Mário Crespo, sobretudo nas críticas que faz a antigos colegas seus da RTP, está a provocar algum desconforto entre os próprios profissionais da SIC, o que não é de estranhar, diga-se.

Como se tudo isto não bastasse, Mário Crespo utilizou a emissão do Jornal das 9 da passada Quarta-feira para se justificar, num espectáculo deprimente, de que o autor destas linhas não tem memória de algo semelhante. O pecado original começa logo quando Mário Crespo diz: “Nos últimos dias, eu…”. Mais uma vez no centro da notícia.

Perante tudo isto, o que é estranho é a passividade da Direcção de Informação da SIC e, em última instância, de Francisco Pinto Balsemão.

Mário Crespo há muito que perdeu a credibilidade, sendo este um requisito incontornável para um qualquer jornalista, sobretudo para um pivot televisivo que, como se sabe, é um veículo fundamental para informar a opinião pública com rigor e isenção. Por isso, chegou a altura de sacrificar esta "vaca sagrada" e "remodelar" aquele espaço informativo.

publicado por Alexandre Guerra às 14:42
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Segunda-feira, 7 de Novembro de 2011

o Futre é que a sabe toda

60 milhões de chineses viram três golos de Ronaldo e sete do Real Madrid

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 15:51
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Sábado, 29 de Outubro de 2011

Fuel TV

 
A migração de telespectadores para o vasto mundo da “cabo” é uma tendência irreversível que se explica, basicamente, através do conceito de “comunicação direccionada”. Nada mais simples: A oferta da “cabo” dá resposta aos gostos, às necessidades e às exigências de diferentes públicos.

 

A verdade é que a televisão enquanto meio de comunicação de massas (ou de nichos?) está cada vez melhor e com mais qualidade. No fundo, adaptou-se aos novos paradigmas do mercado, à semelhança do que acontece já há alguns anos com o sector do “grande consumo”, em que este começou a delinear estratégias de comunicação e de marketing com o objectivo de direccionar determinados produtos para determinados públicos.

 

Esta segmentação de “produto” e de público é a principal virtude da “cabo”. Aquilo que cada um quer ver é aquilo que cada um vê. É verdade que há canais com mais e menos qualidade, mas é inegável que a oferta é variada e contínua.

 

No que diz respeito ao autor deste poleiro, o Fuel TV é das melhoras coisas e mais refrescantes que a “cabo” tem para oferecer, já que abre uma janela para modalidades mais “extreme” e para tendências que os generalistas nacionais nunca ousaram sequer dar uma amostra, por mais pequena que fosse.

 

Além da excelente qualidade dos seus programas e filmes, o Fuel TV, que é um canal internacional, tem conteúdos nacionais, fazendo, por exemplo, a cobertura de algumas provas em Portugal, nalguns casos em directo, como aconteceu há dias com o Rip Curl Pro, na mítica praia Supertubos, em Peniche.

 

Mas, apesar da boa qualidade da Fuel TV, uma coisa é certa, o telespectador não deve deixar de experimentar levantar-se do sofá e aventurar-se por aí fora, seja em cima de uma bike, de um skate ou de uma prancha de surf.

 

publicado por Alexandre Guerra às 17:54
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Terça-feira, 30 de Novembro de 2010

Alexandre, o Diplomata, vai combater

O Alexandre Guerra, no seu papel de O Diplomata, vai estar na madrugada de hoje no Combate de Blogs, pelas 00h30 na TVI24. Dá-lhes!

publicado por Rodrigo Saraiva às 19:14
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Quarta-feira, 18 de Agosto de 2010

A mais valia de ter dois media

O sector da Comunicação (publicidade, marketing, media … tudo!) não pode deixar de se deleitar por ter dois media de trade tão inteligíveis.

 

Ora veja-se as diferentes abordagens ao mesmo assunto. Na meios e na briefing.

publicado por Rodrigo Saraiva às 15:16
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