Decorreu hoje, em Lisboa, o Seminário “Sustentabilidade, o Desafio para a Reputação”, numa organização do BCSD Portugal, em parceria com a Abreu Advogados, Grupo GCI e a Inspire.
Estava a acompanhar os tweets do Nuno Mendão (GCI), quando leio este relativo à intervenção de João Rosado Correia, Sócio da Garrigues.
Não estando presente não sei ao certo o enquadramento em que o advogado afirma: "Monitorizar opinião pública e as tendências legislativas são papel das sociedades advogados"!
Já se sabia que as sociedades de advogados têm uma política empresarial aguerrida e que não é de agora que não limitam a sua actuação à advocacia. E acho muito bem! Como qualquer outra empresa, independentemente da área de negócio. Desde que assumam e, já agora, defendam a transparência dessas mesmas actividades.
Estou certo que outras empresas, nomeadamente as Consultoras, de Gestão, de Comunicação e outras áreas, estão perfeitamente à vontade para uma concorrência leal.
Bertrand Russell, filósofo britânico e laureado com o Nobel da Literatura em 1950, escrevia há 80 anos que “descobrir um sistema que permita evitar a guerra é uma necessidade para a nossa civilização”. Uma mensagem simples mas poderosa, enquadrada no período entre guerras mundiais, onde havia já uma plena consciência da capacidade autodestrutiva do Homem.
Ora, este pensamento pode muito bem ser transposto para os dias de hoje, nos quais a Humanidade procura respostas para alterar o rumo por si traçado e que, se nada for feito, tem como destino um precipício ambiental e social.
Certamente que se Russell fosse vivo, e pudesse reescrever a sua frase em 2010, exortaria aos povos de todo o mundo a descobrir uma forma de se comprometerem de imediato com a necessidade de garantir a sustentabilidade deste planeta.
Uma mensagem simples, mas nem por isso redutora quanto ao seu conteúdo e dimensão. Mais do que a constatação do problema (já que esse é quase universalmente reconhecido), existe a urgência da acção.
A problemática da sustentabilidade é sobretudo, hoje, mais uma questão de comunicação do que propriamente de informação. Os diagnósticos, as previsões, os relatórios multiplicam-se e poucos já terão dúvidas do estado frágil e débil do planeta.
E é aqui que a comunicação é vital, ao nível da sensibilização das pessoas e na conquista dos “hearts and minds”, para que se comprometam já e não adiem para amanhã o seu envolvimento num problema que a todos diz respeito.
É por isso que o autor destas linhas não podia deixar de fazer referência ao 4º Concurso de Jovens Criativos, enquadrado numa iniciativa para uma nova campanha da Quercus, na qual o objectivo é, precisamente, comunicar para sensibilizar. Dos vários trabalhos a concurso o autor destas linhas já elegeu aquele que melhor transmite a ideia aqui deixada. As votações nas candidaturas terminam esta Quinta-feira às 18h00 e, certamente, que valerá a pena assumir este compromisso.
Em nome da sustentabilidade ambiental, Sara Watson, estudante de design da University of Central Lancashire (Uclan), pintou um automóvel Skoda junto do seu estúdio durante três semanas, criando a ilusão de invisibilidade.
A obra artística está agora a ser usada pela empresa de reciclagem local para anunciar e comunicar os seus serviços. Para o seu proprietário, trata-se de um trabalho "extraordinário".
Silas Siakor no base da ONU em Monróvia/Foto Andy Black
Nos dias que correm são muitas as conferências e as iniciativas realizadas com o objectivo de abordar a temática da sustentabilidade. Algumas delas com interesse, outras nem tanto... Em muitos casos, as ideias vão-se repetindo ou sendo recauchutadas de orador para orador, sem que isso acrescente valor ao debate.
O debate da sustentabilidade passou em muitos casos a ser um tema da "moda" dos países desenvolvidos. Empresários, activistas, políticos, gestores, não há quem queira ficar de fora desta problemática.
Mas, a verdade é que apesar dos esforços, nalguns casos meritórios, admita-se, são raras as vezes em que o debate é feito em toda a sua amplitude. E porquê? Precisamente porque o conceito da sustentabilidade tem sido abordado sob pressupostos existentes apenas nos países desenvolvidos. Por isso, não é de estranhar que este tema tenha sido quase sempre trabalhado numa óptica empresarial ou política.
Ora, em muitas regiões do mundo a ausência de um tecido empresarial forte e de sistemas políticos eficazes inviabilizam qualquer potencial enquadramento do conceito de sustentabilidade debatido nos moldes em que é procurado para países como, por exemplo, os Estados Unidos, França ou Portugal.
É nesta lógica que o liberiano Silas Siakor, considerado um dos heróis do ambiente de 2008 pela revista TIME, introduz uma "perspectiva humana" ao debate da sustentabilidade.
... pela qual não tenho tido muito tempo para PiaR.
(uma entre várias).
A partir desta 5ª feira e durante 5 dias, no Centro de Congressos do Estoril, o Green Festival irá festejar o planeta.
Logo a começar uma Grande Conferência em que o convidado internacional é Joschka Fischer, ex Vice Chanceler e Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.
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