“O momento decisivo não foi a vitória num campo de batalha, mas um espectacular golpe de relações públicas. No ano 628, Maomé apareceu de surpresa em Meca com um milhar de peregrinos desarmados e afirmou o seu direito legal, como árabe, de fazer as suas orações na Caaba. À medida que, solenemente, cumpria os rituais […], os governantes de Meca, de repente, mostraram-se mais tolos do que invencíveis e a oposição começou a desfazer-se. Em 630, Maomé regressou com fileiras de seguidores em massa.”
Passagem de Nigel Cliff no seu recente livro Guerra Santa sobre a campanha de Maomé na propagação da sua mensagem aos povos árabes.
Fui convidado / desafiado a escrever um texto de opinião para o site da iniciativa Portugal 2.0, que terá lugar no próximo dia 23 de Novembro, no Museu do oriente, e aceitei. Se quiserem ler, visitai.
O PiaR festejou o segundo aniversário e foram várias as mensagens de felicitação. Em comentários aqui, no facebook e twitter e posts em poleiros vizinhos, a todos agradecemos a simpatia.
Na blogosfera da comunicação destacam-se a referência do Rui Calafate, o agradecimento do Telmo Carrapa e a musical homenagem do António Marques Mendes.
Destaco os posts, pois entendo que uma das regras elementares da presença da blogosfera é a linkagem - as referências, os agradecimentos, os comentários. No PiaR seguimos esta regra desde inicio. Não gosto da comunicação de sentido único (só deve ser usada em poucas situações), esta flui melhor e atinge melhores resultados quando tem dois sentidos. É fazer engagement!
A GCI (já assim era chamada mesmo com a anterior designação de Grupo GCI) anunciou um novo posicionamento, apresentando-se agora como uma consultora de Public Engagement.
É uma designação, uma área de actuação e objectivo, que gosto e em que acredito. Envolver / engajar os públicos, criar relações, é um dos principais objectivos da Comunicação em geral e das Public Relations em particular.
Como diz e bem o António Marques Mendes e o Rui Calafate reforça, este posicionamento é uma evolução. E uma evolução natural perante aquilo que o José Manuel Costa tem vindo a implementar e seguindo os exemplos da sua afiliação internacional, a Edelman.
No mundo actual, globalizado e “digitalizado”, estar atento ao que se passa a nível internacional é imperativo. Só assim podemos melhor evoluir. O benchmarking não deve ser apenas feito para os clientes. Mas não sou daqueles que acredita que a galinha da vizinha é sempre melhor. Pelo contrário, acredito e promovo que o nacional é bom, mesmo que tenha nas suas origens um exemplo internacional!
Recentemente fui orador numa conferência sobre “O Poder da Comunicação” e na apresentação que levei referi que agora era moda dar sempre exemplos com Barack Obama, pelo que não o faria e apresentaria exemplos nacionais. Exactamente porque acredito que o que é nacional é bom, como acima referi.
Admiro Barack Obama enquanto comunicador e a forma como a sua campanha soube aproveitar e potencializar as novas formas de relacionamento, as plataformas na internet, as redes sociais. Mas Barack Obama não inventou. Evoluiu, adaptou e incrementou. E mantém agora, e bem, essa filosofia e práticas enquanto Presidente. Também acompanho com bastante interesse o percurso de David Cameron, um ex public relations practitioner.
E, olhando ao que digo acima, se me pedirem um exemplo de Public Engagement, até poderei referir o Office of Public Engagement da Casa Branca, ou a recente iniciativa lançada por David Cameron. Mas não deixaria de falar de uma experiência já desenvolvida em Portugal, e que teve a sua génese no Brasil na década de 70, os Orçamentos Participativos, mesmo que desenvolvidos ainda por pouco mais de uma dezena de autarquias, entre Municípios e Freguesias.
Agora, alguns até se podem questionar do que é isto dos orçamentos participativos e onde decorre em Portugal? Mas aí o problema já é de Comunicação. É que uma estratégia de Public Engagement não pode passar sem a sua própria estratégia de comunicação, seja ela executada através de media relations, publicidade, public affairs, eventos ou outras.
E qualquer semelhança do Office of Public Engagement de Obama ou o Spending Challenge de Cameron com os orçamentos participativos, asseguro-vos, não é pura coincidência.
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