Os encontros com bloggers, promovidos por instituições, empresas ou marcas, já não são uma novidade no mundo actual, mas também é verdade que ainda não são muitas as entidades que acordaram para esta realidade. O Vaticano ao avançar com esta iniciativa demonstra acompanhar bem a evolução do mundo de hoje e os canais e targets com quem se relacionar para transmitir as suas mensagens. Com o actual Papa havia receios que o Vaticano se fechasse mais em si, que seguisse por um caminho mais conservador. Mas Bento XVI, embora seja um conservador na doutrina, tem demonstrado uma abertura na comunicação e relacionamentos que são de registar.
Comparando os preparativos, condicionantes e mediatismo da visita do Papa Bento XVI com a última de João Paulo II, pelo que me recordo, não existem assim grandes diferenças. Mas se olharmos à opinião pública tudo agora é criticado.
Questionam-se os condicionamentos no trânsito, as verbas envolvidas na logística e a tolerância de ponto. Critica-se com Bento XVI. Com João Paulo II não. Porquê?
Por dois pontos. Imagem e Comunicação.
Imagem: João Paulo II tinha, de longe, muito melhor imagem pública do que Bento XVI. Era um melhor relações públicas. Logo criticá-lo não era “apetecível”.
Comunicação: antes também existiam críticas, mas eram reduzidas a poucos opinion makers em alguns jornais e revistas. Hoje todos são opinion makers através de diversos media, nomeadamente em blogs e redes sociais. Existe mais buzz.
Já por duas vezes (aqui e aqui) quer eu como o Alexandre abordámos a relação da Igreja com a Comunicação.
É um assunto que desperta sempre muito interesse. Desta vez no PR Conversations «A peep through the Vatican’s public relations efforts».
Vinha hoje de viagem e ouço na rádio a notícia que D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, tinha usado o YouTube para transmitir uma mensagem de Natal.
Pensei logo "eis algo positivo". De original apenas o facto de ser a primeira vez de um Bispo português a optar pelo uso desta ferramenta. Uma ideia muito positiva.
O problema da Igreja Católica e a principal razão para perder fiéis, nomeadamente na Europa, é o facto de não se adaptar às novas exigências e realidades com que as pessoas se deparam. E a forma de comunicar é uma delas.
Por isso sempre que ouço ou leio algo sobre um representante da Igreja optar por formas e ferramentas em tornar a mensagem mais apelativa, fico satisfeito. E não podia deixar de passar em branco esta nota no PiaR.
Mas entretanto ...
o que aconteceu à mensagem?
Seja numa notícia com link para o vídeo, seja no próprio YouTube e inclusive no site da Diocese, a mensagem é sempre a mesma: "This video has been removed by the user."
Será apenas um erro informático?
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