A educação é uma importante condição para o crescimento de qualquer país.
Muito se falou sobre este tema aquando as manifestações da “Geração à Rasca”, mas não quis de deixar de o abordar novamente, de forma pouco exaustiva, depois deste artigo no “Wall Street Journal”.
Este artigo, de 25 de Março, transmite a ideia de "um Portugal do norte de África", onde a iliteracia parece reinar. Será que Portugal é mesmo assim? Onde estão as caravelas e a glória do século XVI, que tão orgulhosamente exibimos para falarmos de nós?
É sobre este Portugal, dando enfoque à sua educação, que gostaria que reflectíssemos.
É sobre o Portugal onde apenas 28% da população entre 25 e 64 anos completa o ensino secundário, ao contrário dos 91% da República Checa, dos 87,1% da Polónia, ou mesmo 33,6% do México.
É o Portugal onde o abandono escolar precoce nos homens é de 36%, ao contrário dos 16% da média da EU.
É o Portugal onde a solução para o seu desenvolvimento tecnológico passa por se distribuirem computadores a crianças de 6 anos, cuja maioria dos pais nunca escreveu uma palavra "em Word".
É o Portugal onde se fazem cursos EFA para parecermos mais literatos nos gráficos da Eurostat.
É o Portugal onde os filhos saem de casa dos pais aos 29 anos.
É o Portugal do comprar carro e casa.
(É o Portugal onde mesmo o ex-primeiro-ministro tirou o curso superior de forma dúbia)
É o Portugal onde vivemos.
Em países como a Polónia é possível tirar-se dois cursos superiores em simultâneo, o que os estudantes fazem ao mesmo tempo que trabalham para se sustentar. E nós? Criámos pessoas que, para além de "pouco educadas", não têm espírito empreendedor (o que um país precisa em situações de crise).
Fica o apelo à reflexão a todos os que foram ou têm intenções de ser pais, pois grande parte desta responsabilidade é vossa/nossa.
“A sociedade pede sábios, mas nós criámos sabichões”, palavras de Daniel Sá.
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