Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2014

associação profissionais de comunicação ... here we go again!

A criação de uma associação de profissionais de comunicação não é assunto novo. Tenha ela o âmbito ou figura de mera associação ou algo mais específico como Ordem. Opiniões há muitas e o debate já existiu. O que é certo é que nunca se avançou de facto. E eu tenho a minha culpa. Em tempos dinamizei um movimento. Infelizmente, vicissitudes da vida profissional e pessoal, deixei cair o tema. Vejo por esta notícia que um grupo de profissionais encontrou a motivação. O meu desejo é que consigam ir por diante, que tenham as condições para tal, nomeadamente tempo. Isto do associativismo, em especial quando em modo voluntariado, é algo que precisa de tempo. Aguardarei mais novidades. E para já deixo o link onde podem ver vários posts sobre o tema, em especial a discussão se o objectivo se deve ficar por associação ou evoluir já para Ordem (o que tenho muitas dúvidas, como poderão ver).

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:30
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Quinta-feira, 14 de Março de 2013

Força Zé

 

Não é segredo para os que me acompanham e conhecem que gosto de associativismo e lhe dou relevância. E à partida respeito e admiro quem se disponibiliza para exercer funções dirigentes, em especial quando não o fará em regime de exclusividade, o que implica esforço e dedicação redobrados. Vem isto a propósito da notícia de que existem novos órgãos sociais na APECOM, sendo o novo Presidente o José Quintela.

 

Não conheço pessoalmente o José Quintela, mas desejo-lhe sinceramente sucesso neste desafio, pois se tudo lhe correr bem quem ganhará é o sector do Conselho em Comunicação. E o desafio é grande. Mesmo existindo um pormenor que me faz estar céptico, há outros que me fazem acreditar.

 

O primeiro desafio prende-se com a vida recente da APECOM. Com a saída do Salvador da Cunha a associação hibernou (é a palavra mais simpática que se pode encontrar). Mesmo discordando de algumas acções e posições que o Salvador tomou é justo reconhecer que dinamizou a APECOM. E para além deste adormecimento, existiram alguns conflitos que originaram a saída de associados. O José Quintela terá o desafio de voltar a agitar positivamente a APECOM e de ser agregador conseguindo recuperar associados e conquistar outros.

 

Mas para mim o maior desafio, e admito que os novos órgãos sociais possam não estar de acordo (veja-se o slogan), é fazer a APECOM “sair da caixinha”. Sim, a APECOM é uma associação de empresas. Deve em primeira instância defender as empresas. Claro que se o fizer bem estará a defender e promover a actividade. Mas não chega. E foi isso que levou em tempos um conjunto de pessoas ponderar (e chegou a ser anunciado) a criação de uma associação que fosse para além das empresas, ou seja, das agências. Abrir a APECOM aos profissionais e à Academia (é fundamental intervir junto das escolas) é o grande desafio. E faze-lo não obriga a que o envolvimento seja formal. A APECOM não precisa de mudar o seu âmbito, pode (e talvez deva) manter-se uma associação de agências.

 

E como associação de agências que é não pode deixar de promover e defender a actividade, de promover e verificar (aqui aos seus associados) boas práticas. A APECOM não deve ser reguladora em determinadas matérias pois somos um sector onde existe concorrência, mas não se deve inibir de ser a patrona de práticas que valorizem o sector e a actividade, bem como a ponta de lança na crítica ao oposto, nomeadamente se o tiver que fazer dentro da própria associação.

 

Que o José Quintela tenha a mestria e a diplomacia para gerir as diversas sensibilidades que existem, dentro e fora da APECOM. Que tenha a bravura de dar bons murros na mesa na defesa de todos nós, profissionais desta estimulante actividade. Eu sou daqueles que quero o sucesso do novo presidente da APECOM.

publicado por Rodrigo Saraiva às 09:49
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Segunda-feira, 16 de Abril de 2012

"O que pode o marketing fazer por Portugal?"

É já esta quinta-feira que acontece o Congresso Nacional de Marketing, organizado pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing e a primeira na liderança do Rui Ventura. O "cartaz" é apelativo e agora façam como eu e comecem a orientar a agenda para conseguirem participar. Em Lisboa decorre no Auditório da Universidade Católica de Lisboa.

  

publicado por Rodrigo Saraiva às 17:45
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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

porque o associativismo é importante

Pelo facto de estar envolvido na dinamização da Associação de Profissionais, e mesmo tendo esta um âmbito distinto, tenho evitado comentar o que se passa na associação patronal do sector, a APECOM, nomeadamente a saída do Salvador da Cunha / Lift da presidência e a inerente necessidade de preencher essa vacatura. Mais que preencher vacatura, foi a própria APECOM a anunciar que realizaria eleições.

 

Recentemente foi noticiado o que já era assunto de conversas, a dificuldade de encontrar alguém que assumisse a Presidência ou a vontade de muitos associados de chancelarem quem se disponibilizava e de integrar os órgãos sociais.

 

Ficamos hoje a saber que afinal não houve eleições e que apenas foi preenchido o lugar de Presidente da Direcção, tendo sido escolhido Alexandre Cordeiro / C&C.

 

Não conheço pessoalmente Alexandre Cordeiro, mas pela história e percurso, quer o seu próprio como o da empresa, é alguém que quem está neste sector deve respeitar e considerar.

 

E talvez seja pelo respeito que muitos dos seus pares lhe têm que foi esta a solução encontrada. Alexandre Cordeiro era o Presidente da Assembleia Geral depois de ter presidido à Direcção da APECOM durante alguns mandatos. Recorde-se que recentemente, na primeira edição dos Prémios Reputação, foi-lhe atribuído o Prémio Carreira, com todo o significado que isso tem.

 

É por estes motivos e não pelas capacidades do próprio Alexandre Cordeiro que considero esta notícia como negativa. Os associados da APECOM fizeram uma maldade ao Alexandre Cordeiro. Aquilo que temos é um regresso, não houve capacidade de renovação. A imagem que a APECOM dá para fora é de que foi preciso recorrer aos “cabelos brancos” para que a Associação não caísse de vez, depois da saída de vários associados.

Aquilo que agora deverá acontecer é o preparar a Associação para a tal renovação e refrescamento que se impõe. Porque o sector precisa de uma associação patronal activa e consensual.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 14:46
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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

Como? Ranking de uma associação?

A Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP) centralizou dados dos seus 48 associados de maneira a disponibilizar ao mercado um ranking «relevante na caracterização do sector». Segundo Susana Carvalho, presidente da APAP, «até aqui, outros modelos de análise têm vindo a basear as suas conclusões em variáveis pouco representativas, deixando de fora indicadores que consideramos mais fidedignos, como o volume de negócios, o EBIDTA ou a estrutura humana». Para esta profissional, o ranking que agora apresentam tem também a possibilidade de fazer comparações entre associados da mesma área e entre todos, tendo por base as contas que as empresas apresentam ao Estado.

 

In Marketeer.

 

Isto é uma iniciativa que merece a sua análise mais cuidada. Mas, sendo eu um defensor de rankings, não posso deixar de, desde já, aplaudir esta iniciativa da APAP.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 16:56
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Quinta-feira, 17 de Março de 2011

a associação ... o meu ponto de vista

Relativamente ao post do Pedro Faleiro, eis os meus comentários. Os meus, não necessariamente dos outros membros da Comissão Instaladora e outros Profissionais com quem tenho debatido o tema.

 

Todos os profissionais que são comunicadores, que são e desenvolvem a prática de Public Relations, o Conselho em Comunicação, independentemente de trabalharem em Agências / Consultoras ou em Empresas e Instituições, têm e terão objectivos em comum e assuntos em que estarão do mesmo lado da barricada na defesa dos seus interesses. Mas, há sempre os “mas”, a certa altura do “campeonato”, há interesses que serão divergentes. Especificamente quando os profissionais que trabalham nas Empresas e Instituições passam a ser contratantes dos serviços dos outros. Estes, os das Agências, prestam um serviço que os seus “colegas” vão, se assim quiserem, contratar. Como se costuma dizer na gíria profissional, uns estão do lado do cliente.

 

E é apenas por isto, por interesses divergentes, e não por alguém perder capacidades. Não dramatizemos.

 

O Pedro refere ainda, e bem, que há os profissionais liberais, os freelancers. Ora, se estes são prestadores de serviços de Conselho em Comunicação, à partida direi que poderão ser membros da associação.

 

E não nos podemos esquecer que em muitas Empresas e Instituições, embora estas possam ter Comunicadores, o poder de decisão na Comunicação não está propriamente nas mãos de Comunicadores.

 

Há ainda uma questão que me parece ser pertinente realçar. É que existe uma Associação, a APCE, onde todos - os freelancers, os das Agências e os das Empresas; os Comunicadores se podem encontrar. Eu próprio sou sócio da APCE. Esta que agora vai ser criada não pretende ser concorrente de qualquer outra, tal como já anunciado.

 

E por isto afirmo que não existiu nenhuma limitação ao debate. Existiu sim, um focalizar do mesmo.

 

Relativamente à analogia dos advogados, ao que sei, os que trabalham em gabinetes jurídicos de empresas e organizações, mantêm a sua inscrição na Ordem para efeitos de poderem ir a Tribunal, ou como se diz, ir “à barra”. Mas embora se deva fazer benchmarking, não sou grande apologista das analogias com outras profissões, sejam os advogados (Ordem) ou Jornalistas (Comissão da Carteira), pois as especificidades da nossa Actividade são muito próprias. Beber sim, mas sem ficar embriagado. Que isso fique para o PR After Work, onde não se limita nem focaliza.

publicado por Rodrigo Saraiva às 13:34
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a associação ... outro ponto de vista

Sobre a discussão em volta da criação de uma associação já tinha desafiado o Pedro Faleiro, que em conjunto com o Rui Calafate debatíamos por mail o tema, a fazer um post com o seu ponto de vista. Em sequência da notícia de ontem o Pedro enviou-me o texto que publico. E que darei resposta em post a seguir.

Uma última nota, o Pedro usa a designação APCC, uma escolha dele. A futura associação não tem ainda designação ou sigla.

 

---

 

Associação Profissionais de Conselho em Comunicação

 

O que não entendo

 

Antes de mais:

Parabéns aos que passaram do “eles falam, falam…” para o “estamos a fazer” e se organizaram como comissão instaladora da Associação de Profissionais de Conselho em Comunicação (APCC). É de louvar a iniciativa que dá seguimento ao que vinha alimentando as hostes cibernautas. E, independentemente do que irão ler a seguir, desejo sorte e votos de sucesso à comissão instaladora.

 

Tive oportunidade de expressar a minha opinião sobre a questão da Ordem/Associação/Grémio dos profissionais de comunicação num texto que o Rui Calafate publicou no seu blogue. Os comentários e outros textos sobre o assunto traziam já uma ideia, para mim errada, que vejo agora concretizada pela comissão instaladora da APCC.

 

Após a leitura da notícia do Briefing conclui que, a comissão, desde logo, limitou o espectro de abrangência dos seus futuros associados e limitou o debate do que poderá ser a APCC.

 

E limitou neste ponto: “a entidade a ser criada deverá visar a promoção da profissão e a defesa dos profissionais que prestam este serviço, ou seja, os que trabalham em Agências / Consultoras”.

 

Lei e penso: E os outros? Os do Público? Do Privado? Das ONG´s? Profissionais Liberais? Desempregados (que antes trabalhavam em agências/consultoras)?

 

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:29
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Quarta-feira, 16 de Março de 2011

a associação ...

Depois de muita conversa, conversa antiga nos blogs e que ganhou força no grupo Comunicadores no facebook, um conjunto de profissionais decidiu meter mãos à obra e dar os primeiros passos para a criação de uma entidade que represente e defenda os Profissionais de Conselho em Comunicação.

 

O Briefing fez notícia e já existem posts sobre a mesma. Do Luís Paixão Martins, da Liliana de Almeida e do Rui Calafate, este último um dos membros da Comissão Instaladora. Para além do Rui e de mim, esta equipa integra ainda o António Marques Mendes, João Paulo Velez, Renato Póvoas, Susana Monteiro e Teresa Figueira.

Sou suspeito para falar, mas entendo ser uma equipa de luxo. Podiam ser outras pessoas? Podiam. Mas para começar tinha que ser alguém. Das conversas tidas, existe consenso nos objectivos e âmbito. Os próximos passos? Daremos notícias o mais breve possível.

 

Terá de ser uma entidade diferente. Com foco nos Profissionais, mas que envolva as entidades formativas e as empregadoras. E necessariamente diferente, numa perspectiva complementar com outras entidades de âmbito associativo já existentes.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 17:52
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Quarta-feira, 9 de Março de 2011

EUPRERA Spring Symposium 2011

Eis o primeiro feedback que encontro sobre este evento que decorreu em Lisboa. Como não podia deixar de ser, no blog do Bruno Amaral que participou activamente no evento.

 

Com muita pena minha não tive tempo para dar mais atenção (e até participar) no simpósio da EUPRERA, mas estando curioso pelo que por lá se terá passado deixo o desafio ao Bruno para um word-of-mouth a dar nota sobre tudo o que por lá se passou. Espero que a resposta não seja um "what happens in Vegas ..." ;-)

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 11:44
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Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011

Comunicadores e a sua Associação

O Rui Calafate e o Luis Paixão Martins já deram nota do grupo Comunicadores no facebook.

 

O Miguel Albano teve a iniciativa de o criar na sexta-feira e até este momento já conta com mais de 220 membros e as discussões e partilha de ideias têm corrido tipo cerejas. Neste momento o foco está na necessidade de criação de uma associação de profissionais de Conselho em Comunicação, ideia que parece ser consensual. Há depois alguns pontos de divergência no âmbito e objectivos primeiros da associação, mas nada que impossibilite o desenvolvimento do processo.

 

Nos últimos tempos tenho vindo a ter encontros com vários colegas de profissão debatendo este tema e espero nesta semana conseguir falar com mais algumas pessoas. A discussão em torno da necessidade de criação da associação (ou Ordem como alguns defendem) não é de agora, mas nos últimos tempos tem vindo a ganhar consistência. Algumas vezes aqui no PiaR lancei achas para a fogueira, mas há uma altura em que temos de deixar a postura do “eles falam, falam …” e meter mãos na massa. Todos nós temos tempo extra curto, por isso será necessário constituir uma equipa que se comprometa a dar os primeiros passos.

 

Fiquem atentos. No mais curto espaço de tempo darei notícias. Até lá continuarei atento e participativo na discussão e debate, seja nos blogs ou no tal grupo Comunicadores.

 

Quem ainda não estiver no grupo e tiver interesse em participar envie-me uma mensagem pelo facebook que eu adiciono.

publicado por Rodrigo Saraiva às 11:01
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Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

em defesa dos profissionais

Tenho reflectido sobre o assunto da criação de uma entidade (uns chamam-lhe Associação, outros Ordem) que represente e defenda os profissionais do sector do Conselho em Comunicação, as Public Relations. Já aqui lancei algumas achas para a fogueira. E tenho vindo a desenhar o caminho que penso que deve ser seguido. Mantenho a ideia de que uma Ordem, como elas são conhecidas e têm funcionado, não seja, para já, a melhor solução.

 

A entidade a ser lançada deverá apenas contar com profissionais empregados? Ou também deverá ter os profissionais empregadores? Esta é uma questão importante. E a ligação ao mundo académico? Como deverá ser assegurada?

 

Das várias questões que se colocam há uma que também é pertinente e que surge neste post com um mail do Pedro Faleiro. A entidade deve representar os profissionais que estão nas Agências / Consultoras e os que trabalham em empresas e instituições? Neste ponto tenho para mim que apenas deve representar, na perspectiva que os deve defender, os profissionais das Agências / Consultoras. É que os que estão nas empresas e instituições estão num papel em que contratam os outros e isto tem o seu peso diferenciador e deve ser tido em conta.

 

Embora o tempo seja curto não gosto particularmente da posição de “eles falam, falam e não os vejo a fazer nada”. É por isso que assumo aqui o compromisso de dar notícias sobre este assunto nos próximos tempos.

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:59
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Terça-feira, 25 de Janeiro de 2011

ponto de (des)ordem na Ordem

Tenho vindo a assistir com prazer ao acelerar da discussão sobre a potencial criação de uma Ordem Profissional para os Consultores de Comunicação. Por exemplo aqui, aqui e aqui.

É bom sentir o reforço da necessidade de uma entidade que defenda e represente a profissão e os profissionais. E mais links poderia trazer para aqui. Por exemplo, ir ao blogue do Renato Póvoas, o mais antigo da blogosfera da comunicação, fazer pesquisa por "associação" e ler.

 

Mas, focando na Ordem, não concordo com a criação de uma Ordem. Não estou convencido que seja este o caminho.

 

Uma Ordem pressupõe uma entidade que, por delegação de poderes do Estado, condiciona o exercício de uma profissão à obtenção prévia de uma habilitação académica de licenciatura ou superior. E bastaria este ponto para eu afirmar que o caminho não é uma Ordem. Eu sei que a designação “Ordem” tem força de marca, mas continuo com dúvidas que seja a marca adequada.

 

Mas imagine-se que este até seria o caminho. Então qual seria o curso superior que daria entrada nesta profissão? Pois, teriam que ser vários. E apenas cursos na área da comunicação (comunicação mesmo em termos gerais)? A Alda Telles referiu aqui que nesta profissão as formações são díspares. É verdade, mas nem é preciso falar de formações fora da área da Comunicação. Só dentro desta e assim rapidamente de cabeça, vejamos potenciais licenciaturas: Relações Públicas; Jornalismo; Ciências da Comunicação; Comunicação Social; Gestão de Marketing; Comunicação Empresarial; Marketing; Marketing e Publicidade.  Daria cá uma trabalheira à Ordem por em ordem tanto profissional e tanta formação. E nem fui buscar exemplos de Mestrados.

 

Só restava criar um exame de admissão. E este valorizava a vertente técnica ou a deontológica?

 

E depois não se deve esquecer os que optam ou optaram por uma formação técnica (cursos na área da Comunicação são vários) ou até aqueles que optaram por não ter formação mas têm jeito. Bem sei que, cada vez mais, estes são uma minoria. Mas existem. E este problema irá colocar-se mais à putativa Ordem dos Designers do que a uma dos Consultores de Comunicação.

 

A possibilidade de existência de uma credenciação dos profissionais de Conselho em Comunicação (também convém que de uma vez por todas se defina uma designação única) tem vários pontos fortes. Um deles a possibilidade de os profissionais se poderem credenciar em vários espaços e eventos, sem necessidade de ir atrelados. Estão recordados do acesso ao Parlamento?

 

Outra questão que tem pairado na discussão, erro que também já terei cometido, é o de questionar se o necessário papel de defesa dos profissionais (o papel da defesa da profissão é outra questão) não deveria ser feito pela APECOM? Não. A APECOM assume-se como associação de empresas. E esse é o seu espaço.

 

Mas o que é então preciso para, citando o Fernando, fazer o que ainda não foi feito? Confesso que não sei bem. Como diz o titulo do post só estou a fazer um ponto de ordem e não a pôr ordem. (vou acrescentar um "des" no título)

 

A solução passa pela existência de uma associação de profissionais. E escrevo “existência” e não “criação”, porque existem dois fóruns que já estão criados e podem ser aproveitados e potenciados.

 

A Associação de Relações Públicas de Portugal, criada no seio do ISMAI, que teve algum trabalho feito de inicio, como podem ver pelo link, mas não mais se ouviu falar, embora ande activa no facebook (convite que não aceitei por ser um perfil, mesmo tendo grupo criado), mas sem que ser perceba se o objectivo é sair para fora dos muros do ISMAI.

 

E a APCE, Associação Portuguesa Comunicação de Empresa, que tendo surgido como uma associação de empresas, abriu as suas portas a associados individuais e tem desenvolvido um interessante trabalho, em especial na criação do  "Código de Conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e Relações Públicas". Será que os associados colectivos da APCE estariam dispostos a mudar o nome da associação e a refundar os seus objectivos? Ou seria possível um spin off?

 

Agora que já lancei umas achas para a fogueira e até eu estou cheio de dúvidas têm a caixa de comentários à disposição. Concordem, discordem, acrescentem.

 

É que depois de estar definido o que fazer por cá, teremos que pensar nas ligações internacionais. Mas deixemos os bois à frente do carro.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 00:12
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Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

cerrar fileiras

No seguimento deste episódio, que envolveu o professor Adriano Duarte Rodrigues, foram várias as opiniões publicadas:

 

Rui Calafate

 

a Liliana de Almeida

 

o António Marques Mendes

 

o Renato Póvoas

 

e a Alda Telles (ver também comentários).

 

Uma última nota sobre a tomada de posição ou actuação das Associações. Percebo o que refere o António Marques Mendes, não sabemos se algo foi feito em termos institucionais, sendo um facto que as associações têm muito de public affairs. Mas imagino que como profissionais de comunicação que são / somos não se pode deixar de ver aqui uma oportunidade de defesa e promoção do sector e profissão. Acredito, por isso, que nos próximos dias veremos, pelo menos, um artigo de opinião. Recordo, por exemplo, o pertinente artigo do Luís Rosendo, enquanto Vice-presidente da APECOM, no jornal i em resposta ao Pedro Bidarra.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 16:43
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Terça-feira, 12 de Outubro de 2010

PR After Work - that's the spirit

«Tenho a certeza que o PR After Work estará aberto no futuro a outros patrocinadores, sejam associações ou empresas. E também tenho a certeza que esta iniciativa está sempre aberta a todos os profissionais de comunicação.»

 

Exacto Rui.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:21
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Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Pensamentos de uma noite de Verão

Já passa da 1h e o tempo mantém-se teimosamente convidativo à permanência nesta varanda, onde se ouve o som das ondas lá ao fundo.

 

Por muito que uma pessoa vá, durante o dia, dando uma vista de olhos na net através de um gadget, não há nada como estar calmamente com o computador a navegar por poleiros blogosféricos para pôr a leitura em dia.

 

O “Luta de classes” de Luís Paixão Martins deu origem a dois posts com mais contributos para a interessante discussão. O Telmo Carrapa aqui e o Pedro Rocha aqui. Deste post do Pedro não posso deixar de rematar que, percebendo as necessidades de partilha de conhecimentos, não será no PR After Work que tal deve acontecer, pelo menos em formatos mais formais (conferências, palestras ...). O PR After Work vive exactamente do informalismo. Mas estamos (eu e o Alexandre) dispostos a, seja através do PR After Work ou do próprio PiaR, ajudar a dinamizar momentos desses.

 

O Pedro teve, em outro poleiro, um curioso desabafo e o Telmo lançou mais uma acha. Eu quando se fala de returns lembro-me sempre do meu ROI favorito.

 

O Telmo sempre atento ao sector da distribuição deu nota de uma importante deliberação recentemente tomada. Uma decisão que era tão esperada pelo sector e pela sua Associação, a APED. Associação que, curiosamente, mudou de agência há poucos meses.

 

O Rui Calafate fala aqui do Correio da Manhã e subscrevo os elogios. Costumo dizer que é um dos melhores jornais nacionais. Nem que fosse pelas vendas. Eu enquanto leitor, passando as páginas dedicadas a crimes, é no CM que consigo ter informação eficaz, seja na economia ou política. Estou certo que o “Cliente” que o Telmo aqui fala seria um dos muitos que, quando confrontado com uma oportunidade mediática no Correio da Manhã, responderia “isso não é o meu (ou para o meu) target”.

publicado por Rodrigo Saraiva às 01:17
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Terça-feira, 27 de Julho de 2010

Associativismo (será desta?)

Vou chegar um pouco tarde à discussão, mas só agora consigo dedicar o tempo que o tema merece.

 

Já várias vezes tenho deixado claro que sou um defensor do associativismo. Deve existir uma entidade, seja associação ou tenha ela outro enquadramento, que congregue os profissionais da Comunicação (Public Relations, Conselho ou Consultoria em Comunicação, Comunicação Organizacional …) e defenda e promova a profissão e os profissionais? Claro que sim! Mas qual?

 

Por razões óbvias, visto o seu papel ser outro, não poderá ser a APECOM a cumprir o objectivo.

 

Será a ARPP? Conheço pouco para dar uma resposta objectiva, mas talvez seja este o problema, haver pouco que se saiba. A ARPP sofre do mesmo problema que me faz não defender a criação de uma nova estrutura, falta-lhe, lá está, estrutura. E só se deve apostar na criação de uma quando a lacuna é total. E há falta total de uma estrutura que sirva os interesses que têm sido falados? Não, não há. Não há falta e à vontade.

 

Então, pode ser a APCE? Pode! Esteja a associação disponível para fazer certas alterações e adaptações, começando, pequeno exemplo, por alterar a sua designação. O seu branding / naming não ajuda à boa percepção da actual realidade da associação e não está adaptada à actividade e papel que a própria associação tem vindo a assumir. E a APCE pode, principalmente, cumprir a função de promoção da profissão e defesa dos profissionais, pois tem trabalho desenvolvido, como é o caso do "Código de Conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e Relações Públicas". Curioso, entrei agora no site da APCE para ir buscar o link do Código e reparo neste texto em destaque, com data de Fevereiro.

 

Uma última nota que entendo ser pertinente, pois nada é feito sem as pessoas. No universo da APCE já participam alguns profissionais de agências / consultoras que merecem respeito. Sei da motivação da Alda Telles, que preside ao Conselho Consultivo e de Ética da APCE, para esta luta e foi bom de ler que a Filipa Trigo aceitou acompanhar a Alda.

publicado por Rodrigo Saraiva às 17:02
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Quinta-feira, 22 de Julho de 2010

Word of Mouth - Luís Paixão Martins

 

  

 

 

Luta de classes

 

por: Luís Paixão Martins

 

 

Uma mão-cheia de apontamentos sobre o PR After Work e o associativismo do sector convocaram-me para esta pequena reflexão, agradecendo o acolhimento simpático do PiaR (já que atravesso período sem espaço próprio para o meu spin). E, como tirei um curso prático de marxismo pela vivência do PREC, sinto-me especialmente atraído pelo perfume de luta de classes que realça deste (“o sector não são só 30 directores de empresa”), este (“focando-se apenas nos lucros das suas empresas”) e este post (“normalmente assumidas pelos ‘donos’ das empresas”).

 

Sendo assim, gostaria de deixar a reflexão de um consultor transformado em administrador de uma empresa de Comunicação, aliás aquela que é, de longe, a maior empregadora do sector, procurando apresentar a minha visão sobre aqueles que são os obstáculos centrais ao desenvolvimento da nossa actividade.

 

Em primeiro lugar, entendo que o Conselho em Comunicação não tem o mínimo problema de notoriedade. Nos últimos anos, a notoriedade cresceu muito, em parte devido à visibilidade das nossas acções em disciplinas com maior atenção mediática, como a Comunicação Política, Comunicação Pública e Grupos de Interesses. Podemos dizer que não existe empresa, instituição, personalidade em Portugal que não recorra a serviços de Conselho em Comunicação.

 

Em segundo lugar, fatia importante desse crescimento de notoriedade deveu-se à propagação dos estereótipos associados à imagem do “dark side”, por muito que isso possa surpreender aqueles que julgam que somos uma espécie de meninos de coro do mundo do Marketing. É assim em todos os mercados do Mundo. Todas aquelas marcas globais a que consultoras portuguesas gostam de estar associadas (Burson-Marsteller, Hill&Knowlton, Edelman, etc., etc.) têm problemas de reputação. Sim, eu sei, é uma injustiça.

 

Em terceiro lugar, são os atributos de poder e influência associados à percepção das nossas marcas que muitos clientes procuram. Gosto de dizer que esses são os clientes mais sofisticados, no que à Comunicação respeita, porque são exactamente aqueles que a consideram mais crítica e, consequentemente, estão disponíveis para investir mais em Comunicação.

 

Quero com isto dizer que os obstáculos ao desenvolvimento do nosso sector não estão do lado da procura, estão do lado da oferta porque a nossa expansão será sempre limitada pela escassez de profissionais com formação e experiência suficientes para abraçar projectos de consultoria. Tal deve-se às características da formação universitária (muito académica, pouco virada para a relação com a prática) e à relativa juventude do próprio sector.

 

Neste contexto, seriam bem acolhidas estruturas associativas que visassem a melhoria da qualificação dos consultores de Comunicação, isto é, que se dedicassem ao “trabalho de casa”, numa escala que é difícil obter num sector muito pulverizado em termos empresariais, à sua informação, à vulgarização de ferramentas de trabalho.

 

A APECOM não serve, infelizmente, esses interesses dos operadores do mercado.

 

Nem serve os interesses de uma representação aos níveis social, económico e político, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com a APAP – Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação e, até, com a recém-criada APAME – Associação das Agências de Meios, que são reconhecidas como parceiros das indústrias dos Media e do Marketing. Pelo contrário, a APECOM parece continuar ocupada em servir apenas de palco à promoção empresarial do seu presidente.

 

Colegas consultores envolvidos nesta espécie de luta de classes: que fique claro que sem a melhoria da qualificação dos Consultores não teremos melhores consultoras de Comunicação. E que sem boas empresas não haverá lugar para bons (ou medíocres) consultores de comunicação. E que sem representatividade política, social e económica não receberemos acolhimento institucional. Por muitas associações que nasçam e sejam felizes.

 

 

PS: O “arrefecimento” que sentimos agora deve-se à conjuntura e não á notoriedade. Levantado o manto diáfano da fantasia a realidade é que a agregação das vendas em Portugal das consultoras mais representativas estagnou em 2009 e estou à vontade para fazer este registo porque a LPM foi uma excepção.

 

PS2: Será que, entre os associados da APECOM, ainda ninguém reparou que os anunciados novos prémios do sector são baptizados de “de reputação”, exactamente a proposta de valor da empresa de que o presidente da APECOM é accionista?

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:26
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Segunda-feira, 12 de Julho de 2010

PR After Work II - APCE

A segunda edição do PR After Work aproxima-se, é já na quinta-feira, dia 15, e vamos passar a divulgar algumas novidades.

 

A APCE - Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa, estará presente, divulgando a sua actividade e objectivos. Uma sinergia que vejo com muita satisfação, pois tenho vindo a referir que sou um defensor do associativismo e daquilo que me foi possível presenciar e analisar até agora, a APCE, é um fórum com enorme potencial.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 08:50
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2010

European Communication Monitor 2010 e PR After Work endorsement

Os resultados do European Communication Monitor 2010 e uma primeira análise da Alda Telles, com direito a referência ao PR After Work. Ide ler.

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:30
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Quinta-feira, 24 de Junho de 2010

Gala Prémio APCE 2010

Estive ontem presente na Gala Prémio APCE 2010.

 

 

Um fim de tarde e inicio de noite interessantes. O universo APCE tem potencial para ser um espaço de encontro dos profissionais de Comunicação, independentemente de estarem em agências, empresas ou instituições e no mercado ou nas academias.

 

Das conversas tidas e discursos ouvidos, o próximo desafio da Associação, depois da elaboração do "Código de Conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e Relações Públicas", será o reconhecimento e credenciação da profissão. Algo que muitos consideram essencial.

 

Quem quiser saber os vencedores dos prémios, pode ver o que andei a twittar por aqui.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:08
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