Uma boa entrevista é aquela que selecciona alguém com coisas interessantes para dizer. Alguém capaz de nos seduzir com um fio discursivo. E, se for polémico, tanto melhor.
Uma boa entrevista é aquela em que o entrevistador nunca cede à tentação de sobrepor o seu ponto de vista ao do entrevistado. É a que concede espaço, tempo e protagonismo a quem se elege como interlocutor.
Uma boa entrevista é a que desvenda facetas ignoradas de alguém que julgamos conhecer.
Uma boa entrevista é aquela que regista, com a minúcia necessária, uma voz diferente de todas as outras.
Querem um exemplo muito recente de uma boa entrevista? Leiam a que vem hoje no W, o caderno de sexta-feira do Jornal de Negócios. Seis páginas de estimulantes declarações de Baptista-Bastos, a poucos dias de festejar o 80º aniversário. "Ainda bem que tive a sorte de ter tido muitas dificuldades", confessa este homem de "voz toniturante" que se emociona ao mencionar a mulher que permanece há meio século a seu lado.
À conversa com Celso Filipe e Lúcia Crespo, jornalistas que demonstram o dom cada vez mais raro de saber escutar.
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