Quinta-feira, 17 de Março de 2011

a associação ... o meu ponto de vista

Relativamente ao post do Pedro Faleiro, eis os meus comentários. Os meus, não necessariamente dos outros membros da Comissão Instaladora e outros Profissionais com quem tenho debatido o tema.

 

Todos os profissionais que são comunicadores, que são e desenvolvem a prática de Public Relations, o Conselho em Comunicação, independentemente de trabalharem em Agências / Consultoras ou em Empresas e Instituições, têm e terão objectivos em comum e assuntos em que estarão do mesmo lado da barricada na defesa dos seus interesses. Mas, há sempre os “mas”, a certa altura do “campeonato”, há interesses que serão divergentes. Especificamente quando os profissionais que trabalham nas Empresas e Instituições passam a ser contratantes dos serviços dos outros. Estes, os das Agências, prestam um serviço que os seus “colegas” vão, se assim quiserem, contratar. Como se costuma dizer na gíria profissional, uns estão do lado do cliente.

 

E é apenas por isto, por interesses divergentes, e não por alguém perder capacidades. Não dramatizemos.

 

O Pedro refere ainda, e bem, que há os profissionais liberais, os freelancers. Ora, se estes são prestadores de serviços de Conselho em Comunicação, à partida direi que poderão ser membros da associação.

 

E não nos podemos esquecer que em muitas Empresas e Instituições, embora estas possam ter Comunicadores, o poder de decisão na Comunicação não está propriamente nas mãos de Comunicadores.

 

Há ainda uma questão que me parece ser pertinente realçar. É que existe uma Associação, a APCE, onde todos - os freelancers, os das Agências e os das Empresas; os Comunicadores se podem encontrar. Eu próprio sou sócio da APCE. Esta que agora vai ser criada não pretende ser concorrente de qualquer outra, tal como já anunciado.

 

E por isto afirmo que não existiu nenhuma limitação ao debate. Existiu sim, um focalizar do mesmo.

 

Relativamente à analogia dos advogados, ao que sei, os que trabalham em gabinetes jurídicos de empresas e organizações, mantêm a sua inscrição na Ordem para efeitos de poderem ir a Tribunal, ou como se diz, ir “à barra”. Mas embora se deva fazer benchmarking, não sou grande apologista das analogias com outras profissões, sejam os advogados (Ordem) ou Jornalistas (Comissão da Carteira), pois as especificidades da nossa Actividade são muito próprias. Beber sim, mas sem ficar embriagado. Que isso fique para o PR After Work, onde não se limita nem focaliza.

publicado por Rodrigo Saraiva às 13:34
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1 comentário:
De Rita Rodrigues a 18 de Março de 2011
Buenos dias meu caro!

Ja tive oportunidade de te dar os parabéns por esta associação, e sabes que podes contar com o meu incondicional apoio. Ganhaste um estatuto de confiança absoluta nas decisões que tomas.

No entanto, tenho de concordar com o Pedro Faleiro neste aspecto.... Penso que todos os profissionais que trabalham em agência acabam por vestir a camisola dos seus clientes (o que não implica que não tenham uma perspectiva mais macro sobre toda a conta e consciência de quem e o seu empregador).

Mesmo nos casos em que um comunicador contrata uma agência e outro comunicador, os interesses são comuns, os objetivos são comuns e o resultado e unico. Como tal, não entendo como a associação pode defender os interesses de uns e não dos outros.

Particularmente porque todos sabemos o quão volátil e este mercado, e a elevada rotatividade que muitas vezes nos leva da agência para o cliente e vice versa.

Como te disse, confio nas tuas decisões, e se consideras que a associação deve abranger apenas comunicadores de agências, e porque essa e a melhor solução. Mas considero uma solução injusta, ou no mínimo, mal justificada... mas hey, o mundo não e justo, certo?

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