Alguém pediu um estágio de Relações Públicas?
por: Cátia Domingues
ainda aspirante a comunicóloga
Bem, este será o meu segundo Word of Mouth para este poleiro (sem a conotação negativa usualmente utilizada). O primeiro foi este. E sim, é de facto o meu poleiro porque foi daqui que parti há três meses atrás. Foi através deste blogue que consegui um bilhete de entrada para a Hill&Knowlton.
Se olharem com devida atenção para a zona de comentários do post, irão reparar no feedback da Neusa Almeida que numa primeira abordagem se dirigiu a mim como Cláudia e hoje já diz o meu nome na perfeição. Pois é. Ela é hoje a minha coordenadora de estágio e das pessoas responsáveis por me ensinar coisas difíceis como vocabulários de IT e que é possível uma mulher ser 3 em um: mãe, profissional , professora e que, às vezes, ainda se consegue malabaristicamente arranjar tempo para Pilates.
O interessante e curioso da questão é que graças a esse post posso dizer que em três meses a minha vida mudou. Mudou porque consegui a tal oportunidade de que falava. Mudou porque dei o primeiro passo da minha carreira. Mudou porque aprendo e aprendi coisas novas. Mudou porque entraram pessoas novas na minha vida. Mudou porque saíram também. Mudou porque acabei uma licenciatura. Mudou porque já possuo uma viatura automóvel e toda a gente sabe o que é a satisfação de ter o primeiro carro. Mesmo aos 23. Mudou porque todos os dias realmente importam. Mudou porque eu mudei.
E estou sinceramente grata a todos aqueles que me ensinam e ensinaram. Coisas. Muitas coisas. Essencialmente ensinaram-me a ter orgulho no que faço e a dar sempre 110%. E é desta matéria que os melhores profissionais são feitos.
É a minha primeira experiência profissional no mundo das public relations. E o que aprendemos ao longo da formação académica prepara-nos muito pouco para o dia-a-dia de um RP. Acho que a resposta do Rui Calafate, no seu blogue, a esta questão explica muito bem esta problemática. O ritmo oscilante. Clientes. Nós. Jornalistas. Jornalistas. Nós. Clientes. E tudo isto num estado de constante actualização, sincronizados com o mundo. Mas acho que é este gosto, muitas vezes agridoce que nos faz gostar do que fazemos. Porque lidamos com pessoas, para pessoas.
Tenho de ser honesta, houve dias em que pensei que não era talhada para isto. Houve dias em que me senti desmotivada. Houve também outros em que me senti no pequeno topo do mundo e que a força realmente estava comigo. Porque este processo de iniciação é tal e qual a entrada numa escola nova. Tudo é novo, as pessoas, o espaço, a matéria. E a integração numa dinâmica já existente é o mais difícil do processo.
Estou hoje extremamente motivada com este mundo da comunicação. Quero continuar a fazer um bom trabalho. Quero marcar a diferença de alguma forma. Quero conhecer coisas, experimentar coisas, fazer coisas. É próprio desta altura da vida, o querer ser tanto em tão pouco tempo.
Considero que tenho muita sorte em trabalhar com as pessoas que trabalho e que trabalhei. Elas acreditam em mim e eu vou juntar a minha ambição à ambição comum que é fazermos o nosso melhor para os clientes que representamos.
No fundo continuo a ser uma gazela e a savana ainda é a mesma e os leões continuam a ser mais que muitos. Mas a minha pele tornou-se mais rija para me cravarem os dentes em cima.
O meu conselho para futuros e actuais estagiários é este: não desanimem, mas também não vivam num estado eufórico-festivo pois o importante é manterem-se atentos. Conservem, ou ganhem, humildade para aprender, porque como vão perceber as coisas não são bem como pensamos. Sejam observadores, muito observadores. Preparem a goela pois algum sapo poderá tentar entrar. Dêem tudo por tudo, mostrem quem são e se no final perceberem que não era bem isto, não tenham medo de mudar. Houve alguém que me deu um conselho de ouro e que o replico aqui: “Sê como uma esponja. Absorve tudo.” E isto é um trabalho ongoing.
Posso mandar beijinhos?! Posso?! Aqui vai: Obrigada Rodrigo. Obrigada Hill&Knowlton. Obrigada Marta e Vanessa. Obrigada Web 2.0.
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