Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

Word of Mouth - Luís Paixão Martins

 

É uma pena

 

por: Luís Paixão Martins

LPM Comunicação

http://lpm.blogs.sapo.pt/

 

 

São colegas de outra consultora quem leva a comunicação da Fundação Champallimaud. Por essa circunstância sinto-me à-vontade para pegar neste caso como exemplo do papel e da importância das consultoras de comunicação.
 
Na minha adolescência e em grande parte da vida de adulto, Portugal tinha, na percepção pública, apenas uma Fundação de referência, a Gulbenkian.
 
A Fundação Gulbenkian constituía-se como protagonista ou como palco dos eventos marcantes da Cultura, das Artes, da Ciência, da Política. De tal forma que, durante uma ou duas décadas, faria mais sentido para os media terem um jornalista destacado nas instalações da Gulbenkian do que na Assembleia da República.
 
Passavam-se lá os encontros que marcavam. Eram lá ditas as palavras que impressionavam. Eram lá vistas as pessoas que mandavam.
 
Embora num registo meramente empírico, estou convencido de que o papel de referência da Gulbenkian está a ser progressivamente ocupado pela Fundação Champallimaud.
 
Haverá várias razões que o justifiquem, mas uma das principais relaciona-se com a qualidade (e a frequência) do aconselhamento de comunicação.
 
Os consultores de comunicação, como aqueles que acompanham a Fundação Champallimaud, constituem uma ferramenta essencial para entidades que, como estas, embora privadas, têm (devem ter) uma presença marcante na nossa sociedade.
 
E o caso em apreço é ainda mais exemplar por a Gulbenkian dispor, internamente, de um gabinete de comunicação de primeira linha liderado por uma jornalista prestigiada, experiente e competente.
 
Não se julgue, no entanto, que estou a preconizar a comunicação de um espírito competitivo - que seria, concerteza, mutuamente destruidor do valor percebido.
 
Estou, isso sim, a tentar provar que, à semelhança do que ocorreu no passado que recordo, a plenitude institucional da Fundação Gulbenkian só será atingida com uma estratégia de imagem consistente e envolvente.
 
Aprecio e valorizo os contributos para a nossa sociedade do sector que ajudei a fundar e em que invisto e trabalho há mais de 20 anos. Por isso, tenho pena que Fundação Gulbenkian ainda não nos tenha reconhecido.
publicado por Rodrigo Saraiva às 00:40
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