A revista New Statesman escrevia que uma das virtudes dos livros de memórias não é tanto o enaltecimento de determinada figura, mas sim o seu possível contributo para a história, ao revelar informação que, de outra forma, ficaria para sempre entre as paredes dos corredores do poder.
Alastair Campbell, o maquiavélico estratego e influente assessor de imprensa do antigo primeiro-ministro Tony Blair, é uma das referências para o autor destas linhas na comunicação política dos últimos anos.
Prelude to Power é o primeiro volume das memórias de Campbell que acabou de ser publicado e cobre o período entre a morte do então líder trabalhista John Smith, em Maio de 1994, e a eleição de Tony Blair, em 1997.
Campbell, descreve o The Telegraph, deixou de lado uma carreira promissora no jornalismo ou na televisão, para assumir o papel de orquestrador do “assalto” de Blair ao número 10 da Downing Street. Um trabalho que desempenhou com êxito, através de “manobras” e “esquemas” que, segundo aquele jornal, foram reconhecidos como eficazes e que fizeram escola até mesmo junto dos opositores políticos.
Efectivamente, Campbell foi um dos obreiros do sucesso do New Labour, conseguindo obter sondagens com resultados “estratosféricos”, nas palavras do The Guardian, contribuindo decididamente para aquela que seria a primeira de três vitórias seguidas do New Labour em legislativas.
Campbell demonstrou igualmente uma habilidade comunicacional para lidar com a sanguinária imprensa britânica, fazendo dele um consultor feroz na defesa dos interesses de Blair e um temível adversários para os seus opositores políticos.
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