Terça-feira, 25 de Agosto de 2009
Sempre fui um defensor dos rankings. É bom para qualquer sector da sociedade que se saiba qual o panorama que existe. Quer para os próprios players como para quem necessita de recorrer ao sector em causa. Um exemplo e talvez um dos mais badalados ao longo dos últimos anos, as escolas. Sou defensor e aplaudo as medidas nesse sentido.
Mas também sei que, ao elaborar os critérios que permitam a construção de um ranking, dificilmente haverá consensos. Mas é bom que se consiga encontrar parâmetros que permitam uma ideia, mesmo que genérica da dimensão do mercado.
No que diz respeito ao sector das Relações Públicas em Portugal não será fácil encontrar o tal consenso, muito menos num sector com algumas crispações. E haverá sempre a tendência de cada um valorizar o critério que mais favorece o seu desempenho. Mas uma coisa é certa, a mensuração do mercado é, em teoria, uma mais valia.
Fosse eu a elaborar os critérios e teria em conta itens como: facturação, número de colaboradores, número de clientes ou contratos permanentes. Pelo menos estes são valores objectivos.
Mas há falta de dados resta-nos aqueles que vão sendo conhecidos, a facturação. Ou o resultado liquido.
No entanto ficam sempre a faltar indicadores como: formação da equipa, pressupostos de ética e deontologia, transparência, "accountability" interna e externa...
O ranking para agências de comunicação nunca poderia ser constituído de indicadores de sucesso da organização, também teria de incluir indicadores menos tangíveis e mais focados nas garantias para o cliente e na forma de trabalhar da agência como um todo. Mas imagino que neste momento não haja agências em portugal dispostas a passar por um escrutínio deste nível.
(Por exemplo, quantas assinam códigos de ética e deontologia como o da APCE ?)
De
JD a 25 de Agosto de 2009
Rodrigo, só uma nota:
- RL não faz sentido nenhum.
Imagina que a CGD ou BES têm resultados líquidos negativos num ano e o Finibanco tem resultados líquidos positivos...que ranking teríamos?
o RL mede apenas o desempenho económico de uma empresa num determinado ano, mas não nos diz nada sobre dimensão nem representação no sector. Em termos de dimensão não é minimamente representativo nem é utilizado isoladamente para fazer nenhum ranking (ver rankings da Forbes e Exame, por exemplo)
abr
jd
De facto é verdade, mas como disse o Rodrigo no post esses são os únicos dados a que temos acesso. Não são os ideais mas são os possíveis.
De lpm a 26 de Agosto de 2009
Concordo, Rodrigo, com o JD.
Com a "agravante" de que a real distribuição de resultados é feita em algumas pequenas empresas sob a forma de prémios aos gestores, pelo que não figura nos indicadores finais (deixo claro que não é o caso da LPM).
Já o indicador de margens comerciais (ou margens líquidas), isto é, a diferença entre as vendas e os custos directos das vendas, teria algum interesse, por permitir avaliar o que podemos considerar, no nosso negócio, como os "honorários".
Isto, claro, além das vendas totais - o único indicador que é objectivo e público.
Também seria interessante comparar os rácios de colaboradores e de clientes, mas, nestes casos, os métodos variam de consultora para consultora (colaboradores com contrato individual de trabalho v/s colaboradores em regime de avença, por exemplo, assim como clientes com contratos permanentes v/s clientes pontuais ou "adormecidos".
Em muitos sectores de actividade, os gestores trabalham com este tipo de benchmarking. No nosso, as coisas são mais difíceis, embora o simplex tenha facilitado alguma coisa.
E acabo aqui para não ser acusado de estar a violar a minha sabática. Abraço do lpm
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