Sexta-feira, 26 de Setembro de 2014

Sobre esqueletos no armário...

Mas onde é que estão o raio dos documentos? 

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 14:32
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Sexta-feira, 23 de Maio de 2014

Enquanto dormíamos...

Enquanto dormíamos... o Observador continuou com a sua estratégia de divulgação e captação de leitores. Do ponto vista da estratégia de comunicação, nada há a apontar. Criaram o emaranhado digital necessário, entre forma e conteúdo, para, quem quiser, ir ver o que por lá se passa pela manhã. Há uns dias emergiu uma polémica sobre um dos artigos lá publicados, que acabou por ter a consequência contrária àquela que aqueles que a lançaram desejavam. A essa polémica, do ponto de vista ético e mais filosófico, já respondeu José Manuel Fernandes. Não vou perder mais tempo com a adequação editorial do dito artigo. Aquilo que eu gostava mesmo de dizer é que, infelizmente, continuamos a ter uma parte da classe jornalística ideologicamente condicionada, que em vez de pensar pela sua cabeça, lamentavelmente, segue apenas orientações dadas por entidades com interesses políticos estranhos à profissão. Mas aquilo que eu gostava de dizer mesmo, é que isso é bom, e que é normal. Pelo menos é normal em todo o mundo civilizado, onde a comunicação social e os seus profissionais aceitam as suas convicções e as expressam. O que não é normal, é que se defenda um certo puritanismo profissional e uma pseudo independência, que acabam por revelar apenas uma parte das cores da paleta ideológica. Defendo, e continuarei a defender, a pluralidade e o pluralismo na comunicação social, porque para o bem e para o mal, o público ouve, lê, e vê, mas também, pensa, e sabe analisar, aquilo que à sua frente é colocado. Dito isto, e passados 4 dias do início do Observador, só posso dizer que gosto e que espero que continue a melhorar. Há coisas para afinar, o que é normal, mas é um jornal digital que segue os standards dos meios online que conhecemos internacionalmente.

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 10:15
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Quarta-feira, 9 de Abril de 2014

micro-ensaio pós-moderno sobre a inevitabilidade do destino luso: ou sobre os efeitos da comunicação política propagandística

São os primeiros raios de sol. São os primeiros sinais de recuperação económica. A banca não perdeu tempo e rapidamente avançou com as suas campanhas de produtos de crédito. Ontem foi o dia dos spreads. "Baixaram, Portugueses!". Campanhas em curso. Batalhões de funcionários bancários preparados para receber novos clientes. Aqueles que adiaram decisões durante os ultimos dois anos, começam a olhar para os extractos e a fazer contas. A venda de automóveis também já aumentou. Os bens de consumo inflectiram a curva de vendas e mostram "esclarecidos sinais de recuperação". O Governo avança com uma possível alteração do SMN. Os sindicatos rejubilam, os patrões condescendem. As exportações abrandam, as importações aumentam. A nossa balança comercial começa a ceder. Como há risco de deflação na Europa o BCE injecta confiança e facilita a liquidez, e se não há mal que venha ao mundo lá para o Norte, aqui no Sul isto pode tornar-se um pesadelo. E o isco cumpre o objetivo. E Sócrates volta a ser actual: "a dívida é para ser gerida e não para ser paga". As eleições aproximam-se e a comunicação política assume traços de propaganda. Qual verdade, honestidade ou transparência; o que interessa não é o país, mas o pequeno percentual que embalará o país político por mais dois anos. E nesta espiral de loucura colectiva (à la Gabriel Tarde ou à Lá Gustave Le Bon) a história começa a repetir-se. E o destino luso volta a ser inevitável, e daqui a uns tempos (a menos que haja petróleo no Beato) retomaremos o discurso austero. Como dizia alguém há uns tempos "as elites políticas Portuguesas são pouco recomendáveis", se fossem homem/mulher, definitivamente não as quereria para genro/nora. E a propósito, hoje de manhã na Avenida Álvares Cabral vi dois Maseratti com matrícula deste ano, um Panamera com uma do final do ano passado e uns quantos banais BMW e Mercedes. Assobiai e falai sobre a inclemência do tempo que hoje nos brindou com alguns cúmulo-nimbos, e continuai a dizer aos ventos que "amanhã ele brilhará outra vez e que isso é que interessa."

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 12:27
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Quarta-feira, 2 de Abril de 2014

Brave New World

Aldous Huxley escreveu em 1931 o seu "Admirável Mundo Novo", que foi considerado, há uns tempos atrás, um dos 100 melhores livros em língua inglesa de todo o sempre. Huxley foi buscar à 'Tempestade' de Shakespeare inspiração para o título da sua obra...há quem diga que conceptualmente a obra de Huxley reflecte precisamente sobre a linha narrativa da obra de Shakespeare. O livro aborda a mudança social e a mudança material e as suas implicações, e é uma crítica (positiva/negativa) ao desenvolvimento e ao papel do homem.

 

Não é todavia literatura inglesa que inspira este 'post'. Este post é um complemento ao anterior escrito pela Virginia sobre a realidade com que as agências de RP se estão a confrontar presentemente.

 

Há uns dias atrás uma empresa de RP do Sudoeste Asiático, até há um ou dois anos uma empresa de grande sucesso, fechou portas e a sua 'managing director', escreveu “PR agencies have to provide a suite of services to achieve a client’s objectives these days. You can’t just offer PR in its traditional form anymore. Clients want digital marketing capabilities from PR agencies, they don’t just want PR. It is such a different world now compared to just a few years ago.” 

 

Vivemos num novo mundo, UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. É minha opinião que as RP como as conhecemos hoje irão desaparecer em não mais de cinco anos. E sem ser um darwinista social, acredito seriamente que só aqueles que se souberem adaptar às circunstâncias deste admirável mundo novo é que irão sobreviver.

 

Para o post não ser insubstancial, acrescento que a minha visão do futuro das RP passa por um novo modelo de negócio de base imaterial, por redes de profissionais com competências diferenciadas em actuação combinada online, por integração de disciplinas até agora afastadas, por perfis profissionais baseados em profunda literacia digital, por 'online events' e 'social movements 'e 'activities', por novos modelos de consumo imaterializado e novos perfis de consumidores de raíz trasnacional e ubermateriais, por novos padrões de ativismo de stakeholders, pela incorporação de uma base teórica alargada e aprofundada, com papel fundamental das neurociências, no desenvolvimento de abordagens corporativas aos mercados e às sociedades.

 

A maioria das agências e consultoras de RP presentes já começaram a morrer, só que alguns ainda não perceberam.

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 13:15
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Sexta-feira, 28 de Março de 2014

Malaysia Airlines Calls In Ketchum For MH370 Crisis PR Counsel

Este é o título de um alerta de hoje do Holmes Report. Há uns dias que se procurava perceber quem é que estava a tomar conta da comunicação da Malasya Airlines nesta crise. Percebe-se agora que é a Ketchum. Mas percebe-se também que foi apenas chamada agora. E eu, que faço das crises e do treino de crises uma das minhas actividades profissionais, continuo sem perceber porque é que só nestas ocasiões as empresas se lembram dos consultores de crises. Não me refiro especificamente a esta companhia em particular, mas à maioria. Uma gestão de crises que começa na preparação para a ação e prevenção de riscos pode ter como consequências, está provado, ganhos reputacionais e financeiros incomensuráveis. Mas não! A mentalidade de avestruz continua a dominar este mundo....pode ser que não nos aconteça. E se acontece?

publicado por Antonio Marques Mendes às 13:02
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Quinta-feira, 27 de Março de 2014

"Nunca serei verde e rubro, serei sempre azul e branco"

Os monárquicos andam cromaticamente eufóricos com o equipamento alternativo da seleção. Ao que dizem, vão lançar uma petição, que não apresentarão na AR, devido à completa irrelevância da instituição, para o transformar em equipamento principal. Na imagem um dos monárquicos que mais têm feito pela causa monárquica em Portugal, posa com o equipamento da seleção.

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 11:12
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Sexta-feira, 14 de Março de 2014

S.L.Benfica e os 3 dedos: exploração semiótica da significação

Um dos temas mais abordados nas redes sociais, e na imprensa inglesa e portuguesa, sobre o jogo de ontem entre os Spurs e o Benfica, foram os três dedos de Jorge Jesus dirigidos ao manager dos Spurs. Este, na interpretação que fez, considerou JJ um homem sem classe, devido ao seu comportamento durante o jogo, cujo pináculo terá sido a amostragem de 3 dedos após o 3º golo do SLB. Refira-se que o manager dos Spurs considerou que a equipa do Benfica teve classe e mereceu ganhar. Detamo-nos por alguns segundos na interpretação de Sherwood. Será que JJ foi grosseiro? Teria sido por certo se, numa abordagem britânica, tivesse mostrado 2 dedos, ou, numa Portuguesa, tivesse mostrado 1 dedo. Mas não foi isso que aconteceu. Ele mostrou 3 dedos. Será que JJ se estava a referir ao facto de Girafa ser o nº3? Não porque Luisão é o nº4. Mas aqui levanta-se uma dúvida, já que a posição que taticamente ele ocupa é a posição 3, e desse modo JJ estaria a tentar significar a subtileza tática de como a posição 3 pode ser desmultiplicada e entrar numa situação de vantagem entre linhas. Mas nesta perspectiva a reação de Sherwood seria compreensível já que o gesto representaria uma situação de gozo pela insuficiencia de leitura tática do mesmo, e a uma superioridade dos Portugueses, algo que depois da saída de Villas Boas é altamente ofensivo. Será que JJ se referia à Santíssima Trindade que estaria com o Benfica durante o jogo? Não, porque ao que se sabe, e apesar do nome, JJ não tem qualquer fervor religioso, ao contrário de outros treinadores Portugueses, e, desta vez, o Benfica não gozou de sorte, antes de uma qualidade de jogo por todos reconhecida, embora o facto de Sherwood ser WASP , não permita descartar esta hipótese. Terá sido uma alusão de JJ ao facto de ser esta a 3ªvez que ia àquele estádio e a primeira vez que ganhava? Poderá ter sido e seria compreensível a irritação de Sherwood neste caso. Terá sido uma descarga emocional produzida pelo relaxamento e conforto produzido pelo resultado? Poderá ter sido, sobretudo atendendo ao facto de JJ só estar com dois pacotes de chiclas na boca ao contrário dos habituais três, o que, e está comprovado cientificamente, produz reações destas. Será que...

 

como vemos, a análise semiótica da coisa leva-nos onde nós quisermos. Se calhar JJ só quis responder às alarvidades que o Sherwood disse durante a semana, e disse-lhe de forma simples "Toma!"...by the way...foi o que eu disse.

publicado por Antonio Marques Mendes às 13:25
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Quinta-feira, 13 de Março de 2014

...

Rendi-me a este homem, de forma definitiva, depois do seu diálogo com Prado Coelho nas páginas do DN. Umas semanas mais tarde cruzei-me com ele de carro, ali para os lados de Sta. Apolónia, e disse-lhe que gostava muito dele. Ele sorriu-me, no meio de uma nuvem de fumo, e respondeu-me qualquer coisa que não percebi...ontem fiquei com um nó na garganta quando soube da sua morte. Acho que fico assim quando julgo que as pessoas tinham mais para dar...

publicado por Antonio Marques Mendes às 13:50
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Quarta-feira, 5 de Março de 2014

uma frasezinha por dia dá saúde e faz crescer...o espírito

"In looking for people to hire, look for three qualities: integrity, intelligence and energy. If they don't have the first one the other two will kill you." 

 

Se quiserem descobrir quem escreveu isto...just call me.

publicado por Antonio Marques Mendes às 09:53
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Sábado, 1 de Março de 2014

Cameron e a "Aliança do Norte"

Uma das razões pelas quais me refugiei neste blog, é porque assim estaria focado na questão das RP e não me fugiria o pé para outras danças, nomeadamente, a Política. Todavia, não resisto a referir e a aconselhar a leitura de um artigo da última edição do  "The Spectator", em que se disseca a intenção de David Cameron criar com Merkl uma espécie de Aliança do Norte que englobaria o UK, a Alemanha, Holanda e os "Scandis", afastando desta Liga os incorrigíveis PIIGS: Portugal, Italia, Irlanda Grecia e Espanha (embora Portugal...lol... nem seja referido no artigo, e a Irlanda, seja deixada de fora por outras razões).

A recente aproximação de Cameron a Merkl (juro que não sei porque razão é que algum homem se aproxima daquela mulher) poderá ser o primeiro passo desta aproximação, e se isto assim for, nada valerá a Portugal se não preparar-se para o "afterwards", seja ele numa situação de submissão ou de isolamento...ou se calhar ser o líder "espiritual" da Liga Sul???

As chamadas elites Portuguesas têm que pensar nisto...

 

 

 

 

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 07:55
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Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2014

O Estado da Profissão RP em Inglaterra, pela mão do CIPR

Não é que me queira picar com o Rodrigo relativamente a informação relevante sobre as RP, mas acabou de sair o "Report" do CIPR sobre o estado da profissão 2013, que pode ser descarregado aqui. O relatório mostra uma profissão dividida, partida, em crise de identidade face aos novos ventos do milénio e da realidade empresarial desta década. Uma profissão que se está a perder, à medida que outras ocupam, na prática, as suas franjas. Curioso dado...cerca de 76% dos profissionais em Inglaterra não têm qualquer qualificação académica. A reflectir profundamente: que profissionais somos, que profissionais queremos ser, qual é afinal de contas a nossa mais valia, e o que é que as universidades devem fazer para preparar os futuros profisisonais? Ultima pergunta, face aos dados apresentados, as RP estão a caminho de se tornar numa arte ou uma ciência? Uma coisa é certa, as RP estão num "enorme crossroads".

 

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publicado por Antonio Marques Mendes às 13:50
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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014

Sorry Pedro

Passos Coelho disse hoje no Lisbon Summit que "a percepção dos media estrangeiros sobre Portugal mudou". Peter! So sorry but there's no such thing as a perception of foreign media on Portugal. Simply there's no perception at all, period.

publicado por Antonio Marques Mendes às 17:42
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Quando o "framing" é uma chatice...

Eu não sou de querer confusões mas acho que aquilo que separa Seguro do governo é ganhar eleições e, já agora, ter um qualquer tipo de estratégia que seja compreensível para aquela faixa do eleitorado que decide eleições (os eternos 20% de indecisos que estão ao centro, e que ora votam num lado, ora no outro, consoante percebem aquilo que lhes vai sair do bolso).

publicado por Antonio Marques Mendes às 17:29
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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2014

the most PRist winter sport

Dou por vezes comigo a olhar para situações sem ligações directas à nossa área, tentando perceber se alguma coisa dali sai que possa ser inspirador . Tento desconstruir e reconstruir para depois tentar chegar a algumas conclusões. É um hábito que mantenho desde as minhas aulas de semiologia com o Dr. Viegas Soares. Desta vez o objecto foram os Jogos Olímpicos de Inverno e uma modalidade tão interessante quanto borras de café, chamada "Curling". E o meu insight do dia foi: se este não é o desporto que mais se assemelha às RP em Portugal, então não sei qual possa ser. Os concorrentes tentam atingir um alvo, mas dificilmente conseguem, e nesse percurso, mesmo que não consigam o objectivo principal, tentam deitar para fora do terreno de jogo o seu concorrente, e por causa disso já ganham qualquer coisinha. Como disse, um desporto com muitas semelhanças. Nota: traduzindo directamente "curling seria qualquer coisa como "encaracolado"...lol

 

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 15:28
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Quinta-feira, 6 de Fevereiro de 2014

Pedro Reis despede-se da AICEP

Poderia ter feito apenas uma conferência de imprensa ou dado uma entrevista. Poderia ter puxado dos galões ou referido algumas das coisas que atingiu. Mas não. Pedro Reis escreveu a todos os que com ele contactam regularmente, e enviou uma mensagem de uma enorme elegância. Elogiando a AICEP. Sai bem, como bem tinha estado. Sem mais comentários. Quem vier a seguir que faça melhor.

publicado por Antonio Marques Mendes às 18:16
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Terça-feira, 4 de Fevereiro de 2014

Microsoft anuncia sucessor de Ballmer

Está revelado o sucessor de Ballmer na Microsoft. Satya Nadella até agora Executive vice-president da Microsoft’s Cloud and Enterprise group, foi anunciado, e ele próprio já comunicou aos funcionários, que será o próximo CEO. A primeira entrevista dele pode ser vista aqui. Ambição não lhe falta...e diria mais, ambição não lhe falta mesmo nenhuma.

publicado por Antonio Marques Mendes às 18:06
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Burson-Marsteller contrata na MSL

George Godsal, até agora MD da MSL em Londres, muda-se para a Burson a partir de Março. Esta contratação, que está a dar que falar devido a questões concorrenciais, vai levar Godsal para a chefia da área de Corporate e Crisis, não só do UK mas de toda a zona EMEA, da BM. A ver se a Burson retorna às posições cimeiras destas áeas de prática.

publicado por Antonio Marques Mendes às 17:52
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Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2013

2013 sem moralismos

  

Mario Monti disse, de acordo com o Público, que Berlusconi não tem valores éticos, e que o confunde no plano da lógica. A frase pode ser desvalorizada por nós, visto ter sido dita em época pré-eleitoral, num país que nos últimos anos nos tem brindado com alguns dos episódios mais hilariantes da política mundial. Mas se analisarmos um pouco além da sua pré-eleitoral superficialidade, se calharmos encontramos ali aquele que é o maior dos desafios que temos entre mãos para os próximos tempos.

 

Em épocas de crise económica tornamo-nos permissivos em matéria de valores (afinal, todas as grandes crises de valores na história da humanidade foram precedidas por crises económicas). Julgamos que tudo é aceitável e tolerável para salvarmos a pele. Daí que o desafio maior para este ano seja a resiliência na defesa daquilo que é a dignidade humana e dos valores que nessa dignidade estão encerrados.

 

Não é aceitável que nesta altura se façam negociatas a pretexto da crise. Não é aceitável que se comprem ativos por tuta e meia e se explore os vendedores mais aflitos até ao limite. Não é aceitável que para cortar gorduras se despeçam mais uns, mesmo que tenhamos a certeza que ainda aguentamos um pouco mais de esforço. Não é aceitável que a palavra dada não valha nada. Não é aceitável que viremos a cara a quem nos peça ajuda. Não é aceitável que se continue a discutir orgulhos quando já há pessoas que só por o terem é que não pedem na rua. Não é aceitável que se discuta como é que o PM assinou uma mensagem quando há crianças que já não têm canetas para escrever o que quer que seja. Não é aceitável que se continue a olhar para os pequenos interesses quando é o interesse de todos que está em jogo.

 

Como alguém dizia hoje numa rede social, só quando nos distanciamos é que percebemos o ridículo dos discursos e intervenções públicas que se fazem neste país por estes dias. Se calhar é isto que falta: distanciarmo-nos e discernirmos aquilo que é verdadeiramente importante para que, sustentadamente, possamos continuar a existir como comunidade de seres humanos.  A responsabilidade é de cada um. Bom ano com saúde e paz.

 

P.S.: imagem de "culturainquieta.com"

P.P.S.: texto sem moralismos mas com intenção moral

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publicado por Antonio Marques Mendes às 12:50
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Segunda-feira, 23 de Julho de 2012

Investigação

A Marta Bilro está a concluir a sua tese de mestrado na ESCS e precisa de ajuda na pesquisa. O tema é a reputação em tempos de crise e está a estudar o caso da marca "My Label", uma marca da Sonae. Não custa nada ajudar na investigação é só seguir o link aqui. Obrigado

publicado por Antonio Marques Mendes às 19:12
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Segunda-feira, 16 de Abril de 2012

do insignificável significado das distinções

Estive a ver a lista de nomeados dos SABRE Awards. A única coisa que me ocorre dizer é que há menos formigas em Lisboa do que categorias de prémios. Será que tem algum significado uma distinção destas?

publicado por Antonio Marques Mendes às 16:14
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