Quarta-feira, 2 de Abril de 2014

Brave New World

Aldous Huxley escreveu em 1931 o seu "Admirável Mundo Novo", que foi considerado, há uns tempos atrás, um dos 100 melhores livros em língua inglesa de todo o sempre. Huxley foi buscar à 'Tempestade' de Shakespeare inspiração para o título da sua obra...há quem diga que conceptualmente a obra de Huxley reflecte precisamente sobre a linha narrativa da obra de Shakespeare. O livro aborda a mudança social e a mudança material e as suas implicações, e é uma crítica (positiva/negativa) ao desenvolvimento e ao papel do homem.

 

Não é todavia literatura inglesa que inspira este 'post'. Este post é um complemento ao anterior escrito pela Virginia sobre a realidade com que as agências de RP se estão a confrontar presentemente.

 

Há uns dias atrás uma empresa de RP do Sudoeste Asiático, até há um ou dois anos uma empresa de grande sucesso, fechou portas e a sua 'managing director', escreveu “PR agencies have to provide a suite of services to achieve a client’s objectives these days. You can’t just offer PR in its traditional form anymore. Clients want digital marketing capabilities from PR agencies, they don’t just want PR. It is such a different world now compared to just a few years ago.” 

 

Vivemos num novo mundo, UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. É minha opinião que as RP como as conhecemos hoje irão desaparecer em não mais de cinco anos. E sem ser um darwinista social, acredito seriamente que só aqueles que se souberem adaptar às circunstâncias deste admirável mundo novo é que irão sobreviver.

 

Para o post não ser insubstancial, acrescento que a minha visão do futuro das RP passa por um novo modelo de negócio de base imaterial, por redes de profissionais com competências diferenciadas em actuação combinada online, por integração de disciplinas até agora afastadas, por perfis profissionais baseados em profunda literacia digital, por 'online events' e 'social movements 'e 'activities', por novos modelos de consumo imaterializado e novos perfis de consumidores de raíz trasnacional e ubermateriais, por novos padrões de ativismo de stakeholders, pela incorporação de uma base teórica alargada e aprofundada, com papel fundamental das neurociências, no desenvolvimento de abordagens corporativas aos mercados e às sociedades.

 

A maioria das agências e consultoras de RP presentes já começaram a morrer, só que alguns ainda não perceberam.

 

publicado por Antonio Marques Mendes às 13:15
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Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2014

O Estado da Profissão RP em Inglaterra, pela mão do CIPR

Não é que me queira picar com o Rodrigo relativamente a informação relevante sobre as RP, mas acabou de sair o "Report" do CIPR sobre o estado da profissão 2013, que pode ser descarregado aqui. O relatório mostra uma profissão dividida, partida, em crise de identidade face aos novos ventos do milénio e da realidade empresarial desta década. Uma profissão que se está a perder, à medida que outras ocupam, na prática, as suas franjas. Curioso dado...cerca de 76% dos profissionais em Inglaterra não têm qualquer qualificação académica. A reflectir profundamente: que profissionais somos, que profissionais queremos ser, qual é afinal de contas a nossa mais valia, e o que é que as universidades devem fazer para preparar os futuros profisisonais? Ultima pergunta, face aos dados apresentados, as RP estão a caminho de se tornar numa arte ou uma ciência? Uma coisa é certa, as RP estão num "enorme crossroads".

 

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publicado por Antonio Marques Mendes às 13:50
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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2014

brand journalism ...

Nos tempos actuais, com o permanente desenvolvimento das plataformas digitais, onde a velocidade da informação é cada vez maior, ou seja, mais curta e onde todos os investimentos são bem ponderados, o jornalismo enfrenta grandes desafios. Mas não é só o jornalismo, nem o mundo dos media, que deve estar atento às novas dinâmicas. Até os que desenvolvem a sua profissão no mundo das PR devem estar bem atentos. Vejam este caso da Chrysler e boas reflexões.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 11:25
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Segunda-feira, 29 de Julho de 2013

[Word of Mouth] A fusão inesperada


 

A fusão inesperada

 

 

por: Carlos Martinho

editor de conteúdos na GCI

 

“Uma grande notícia para dois homens – Maurice Levy, CEO da Publicis, e John Wren, CEO da Omnicom – mas desconcertante para 130 mil colaboradores e centenas de clientes”. Mais coisa, menos coisa, era assim que, no sábado à noite, alguém se refira no Twitter à fusão entre estas duas gigantes dos serviços de marketing.

 

Primeira conclusão da fusão Publicis/Omnicom: esta é uma das mais surpreendentes notícias de sempre da indústria do marketing e estava fora dos radares do mais optimista, visionário e ingénuo analista de mercado. Primeiro, porque se tratam de duas culturas completamente diferentes, a proteccionista francesa e a controladora norte-americana. O que sairá daqui?

 

Em segundo lugar, porque durante anos se falou numa possível aquisição da Havas – outra das holdings do top six, também francesa – pela Publicis, mas o negócio nunca se realizou.

 

Em terceiro, porque, como notou o CEO da Havas, David Jones, os clientes querem agências mais ágeis e empreendedoras, e não “burocracia e processos complexos”. Este será um argumento interessante para as holdings/agências mais pequenas lucrarem com a fusão.

 

Finalmente, porque o timing é muito interessante mas pouco habitual: um pacato fim-de-semana de férias, uma péssima altura para deixar os banhos caribenhos com a família para apanhar um avião. A maioria dos clientes – e certamente muitos dos executivos e gestores da Publicis/Omnicom – terão sido avisados do negócio pelos media, o que não deixa de ser arriscado para a reputação da futura holding.

 

A francesa Publicis é liderada desde 1987 por Maurice Levy, de quem terá partido a sugestão para a fusão, há cinco meses. Tem uma forte presença em França e no continente europeu, com agências como Leo Burnett, Publicis, Saatchi & Saatchi, Barte Bogle Hegarty (BBH), Fallon, VivaKi, Digitas, Starcom, ZenitOptimedia, Razorfish, MSL… A delicadeza da fusão para os seus clientes locais obrigou a que o negócio fosse anunciado em Paris. Nos Champs-Élysées.

 

A Omnicom é a típica multinacional norte-americana, que domina o mercado local e detém agências como BBDO, TBWA, DDB, OMD, Fleishman-Hillard, Porter Novelli ou Interbrand.

 

Apesar de tudo, as duas holdings podem complementar-se – a Omnicom tem uma visão tradicional da publicidade; a Publicis é fortíssima no digital. Veremos se os reguladores concordam.

 

Portugal

É difícil prever as consequências desta fusão para o mercado português. Em publicidade, Omnicom e Publicis estão presentes com as suas maiores agências, assim como em planeamento de meios. Mas, nesta indústria, é normal que uma determinada holding detenha quatro ou cinco agências no mesmo mercado. Ou melhor, era normal.

 

Em PR, a especificidade do nosso mercado, liderado por consultoras locais, não antevê grandes mudanças. Das principais marcas de PR da nova holding – MSL, Kekst, FleishmanHillard, Ketchum, Porter Novelli e Cone –, apenas a Porter Novelli está presente em Portugal de forma independente. Haverá espaço para a criação de uma nova super-agência? Teoricamente, sim, mas não será fácil de a implementar no terreno.

 

Colosso global

A nova holding já tem nome – Publicis Omnicom Group – e terá dois co-CEO nos primeiros 30 meses: Levy e Wren. Depois, Wren – 61 anos e uma década mais novo que Levy – deverá liderar o grupo, mantendo-se o septuagenário francês como chairman não-executivo.

 

Com $23 mil milhões de receitas, a holding ficará sedeada na Holanda, mantendo os escritórios operacionais em Paris e Nova Iorque. O grande objectivo será poupar $500 milhões em sinergias operacionais, o que já provocou a reacção de sir Martin Sorrell, CEO da até agora líder WPP: “Será interessante ver como [a nova holding] poderá poupar $500 milhões em sinergias, sem despedimentos”.

 

Alguns analistas frisam que esta operação cria em Sorrell uma pressão extra para voltar às compras. Algo que este, aliás, tem feito regularmente. Em cima da mesa estará o grupo Interpublic (IPG), que passou a terceiro maior grupo de comunicação e ainda não reagiu à fusão.

 

O negócio poderá efectivar-se entre o último trimestre de 2013 e o primeiro de 2014. Se for realmente concretizado, virará a indústria de cima para baixo. Nada será como dantes.

 

Segundo a Adage, Coca-Cola, Pepsi, AT&T, Sprint, T-Mobile e Verizon são alguns dos potenciais clientes-conflito. Ainda assim, este número será muito maior, se analisado mercado a mercado. Será esta uma oportunidade para as agências mais pequenas reforçarem o seu portfólio de clientes? Possivelmente, sim.

imagem do Diário Económico

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:04
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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012

[Word of Mouth] As doenças e a cura do jornalismo português

 

 

As doenças e a cura do jornalismo português

 

por: Rui Catalão

Jornalista

 

A capacidade de convencer os públicos falhou. A transição para o digital fracassou. A gestão das empresas de media ajudou a agravar a situação. Os jornalistas cometeram o pecado de olhar o país e o mundo do cimo de uma fortaleza. A realidade escureceu, a credibilidade fugiu, o dinheiro desapareceu – não necessariamente por esta ordem. Portugal também caiu, é certo.

 

Por estes dias, um debate entre jornalistas tem sempre um ar pesado, difícil de respirar. A Casa de Imprensa, onde algumas dezenas se juntaram no sábado, para discutir os sinais evidentes de crise, não foi excepção. Há um certo sentimento de luto, por muito que o jornalismo não tenha morrido. Está doente, sim, a precisar de cura para várias doenças crónicas. E o processo de investigação para chegar a esse(s) antídoto(s) tem tanto de hercúleo como de tormentoso.

 

São os despedimentos sucessivos. Estão por todo lado há anos e anos, agora chegaram em força ao “Público” – Ricardo Alexandre, jornalista da Antena 1, arranjou uma definição para o futuro do jornal: o “Público remanescente”. Hoje em dia, na verdade, todo o jornalismo português é uma remanescência do que já foi.

 

São os cortes na Lusa, que comprometem não só a agência, mas a rede que dela se alimenta. Em cada redacção, a assinatura da Lusa equivale ao trabalho de quantos jornalistas? Dez? Vinte? Em alguns casos 30? Sim, por aí. As palavras de José Manuel Barroso, antigo presidente do conselho de administração da agência, criam desconforto na plateia. Fala de direcções politizadas num passado que também foi seu, mas ainda de problemas de dimensão. “O número de jornalistas da Lusa cresceu em demasia.”

 

É a venda da Controlinveste, proprietária do “DN”, do “JN”, d’”O Jogo” e da TSF, a aparentes desconhecidos. E aí é Adelino Gomes, um dos promotores da carta aberta “Pelo jornalismo, pela democracia”, a acertar na descrição. “São 150 anos de história do jornalismo português que vão ser alienados a um grupo sem rosto.”

 

É o fecho de inúmeras publicações, das revistas de automóveis à imprensa regional e local.

 

O diagnóstico é duro.

publicado por Rodrigo Saraiva às 09:44
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Quinta-feira, 6 de Outubro de 2011

yes we PR

«10 razões que demonstram que o presente e o futuro da Comunicação pertence às Relações Públicas», um pragmático e pertinente post do Renato.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 08:09
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Sexta-feira, 1 de Abril de 2011

e no dia 1 de Abril

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:45
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Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2011

Prosperidade e Upload

O PiaR tem a honra e o prazer de anunciar os dois reforços deste poleiro.

 

Sem mais demoras, podem dar as boas vindas ao António Marques Mendes e à Virginia Coutinho.

 

As apresentações mais sérias (ou não) ficarão para os próprios nos posts de abertura. É como se fosse uma conferência de imprensa, mas sem direito a perguntas, embora tenham sempre os comentários ao vosso dispor.

 

Em resumo, são duas contratações que vão trazer novos pontos de vista, novas perspectivas, ao PiaR. O António que tem mais anos a virar frangos, mais experiente, e que conjuga traquejo em várias agências / consultoras com um percurso académico e a Virginia, que começa a dar os primeiros passos no percurso profissional, mas a quem reconhecemos uma capacidade empreendedora, comprovada na organização dos Encontros de Estudantes de Marketing e Comunicação e, mais recentemente, no Upload Lisboa.

 

Com esta chegada do António o seu on prosperity, que estava ali na barra “do métier”, passa para o “torre do tombo”.

 

Venham de lá essas postas! Vamos a isto!

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 01:13
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

Reforços a chegar

Foi com um sushi alentejano à mesa que o PiaR assinou contrato com os dois reforços que amanhã serão apresentados.

 

Duas pessoas, cada qual com as suas características, que vêm reforçar o plantel bloguista deste poleiro.

 

Não houve necessidade de exames médicos e chegam a custo zero, o que em tempos de crise é sempre bom.

publicado por Rodrigo Saraiva às 15:05
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Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010

homens das Public Relations, estejam atentos!

Elas estão e vão tomar conta do negócio. O aviso é do Luís Paixão Martins.

publicado por Rodrigo Saraiva às 19:14
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Sábado, 13 de Novembro de 2010

assim foi e vai o sector

Eis o estudo Benchmark e o inquérito de conjuntura da APECOM.

 

E uma primeira análise.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 02:06
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Sábado, 23 de Outubro de 2010

PR Professional of the Future

publicado por Rodrigo Saraiva às 11:21
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Quinta-feira, 7 de Outubro de 2010

eles andem aí ...

 

Parece que a blogosfera da Comunicação não mais será a mesma a partir do dia 15 de Outubro.

 

Durante uns tempos eu e o Alexandre lá nos fomos aguentando com a concorrência dos buzzófias, no que diz respeito a blogs colectivos, mas parece que vem aí artilharia de meter Respeito.

 

Alexandre, será que temos de reforçar fileiras?

 

a foto acima é tirada daqui.

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:38
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Sexta-feira, 20 de Agosto de 2010

é fazer as contas ...

 

O título acima, da notícia de ontem no Diário Económico, deixa-me preocupado!

 

Eu não gosto de fazer futurologia, mas daqui a um ano o sector arrisca-se a ter notícias a dizer que decresceu, e muito!

 

Eu também não sou contabilista e posso estar a ver mal a coisa, mas … se temos uma agência (Cunha Vaz & Associados) que obteve excelentes resultados, perto dos 20 milhões, estes 70 sem CV&A serão 50. Se o próprio António Cunha Vaz já referiu que as suas previsões para o mercado internacional neste ano serão cerca de 4 milhões, há um diferencial de 13. Ora retiremos estes 13 aos 70.

Alguém acredita que o restante mercado terá capacidade para compensar estes 13, de forma a que o sector se mantenha nos 70 milhões no próximo ano?

 

Ou está a escapar-me alguma coisa ou a visão estratégica foi de curto prazo. Curto prazo ou a velocidade da estratégia foi inimiga da razão.

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:45
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Quinta-feira, 22 de Julho de 2010

Word of Mouth - Luís Paixão Martins

 

  

 

 

Luta de classes

 

por: Luís Paixão Martins

 

 

Uma mão-cheia de apontamentos sobre o PR After Work e o associativismo do sector convocaram-me para esta pequena reflexão, agradecendo o acolhimento simpático do PiaR (já que atravesso período sem espaço próprio para o meu spin). E, como tirei um curso prático de marxismo pela vivência do PREC, sinto-me especialmente atraído pelo perfume de luta de classes que realça deste (“o sector não são só 30 directores de empresa”), este (“focando-se apenas nos lucros das suas empresas”) e este post (“normalmente assumidas pelos ‘donos’ das empresas”).

 

Sendo assim, gostaria de deixar a reflexão de um consultor transformado em administrador de uma empresa de Comunicação, aliás aquela que é, de longe, a maior empregadora do sector, procurando apresentar a minha visão sobre aqueles que são os obstáculos centrais ao desenvolvimento da nossa actividade.

 

Em primeiro lugar, entendo que o Conselho em Comunicação não tem o mínimo problema de notoriedade. Nos últimos anos, a notoriedade cresceu muito, em parte devido à visibilidade das nossas acções em disciplinas com maior atenção mediática, como a Comunicação Política, Comunicação Pública e Grupos de Interesses. Podemos dizer que não existe empresa, instituição, personalidade em Portugal que não recorra a serviços de Conselho em Comunicação.

 

Em segundo lugar, fatia importante desse crescimento de notoriedade deveu-se à propagação dos estereótipos associados à imagem do “dark side”, por muito que isso possa surpreender aqueles que julgam que somos uma espécie de meninos de coro do mundo do Marketing. É assim em todos os mercados do Mundo. Todas aquelas marcas globais a que consultoras portuguesas gostam de estar associadas (Burson-Marsteller, Hill&Knowlton, Edelman, etc., etc.) têm problemas de reputação. Sim, eu sei, é uma injustiça.

 

Em terceiro lugar, são os atributos de poder e influência associados à percepção das nossas marcas que muitos clientes procuram. Gosto de dizer que esses são os clientes mais sofisticados, no que à Comunicação respeita, porque são exactamente aqueles que a consideram mais crítica e, consequentemente, estão disponíveis para investir mais em Comunicação.

 

Quero com isto dizer que os obstáculos ao desenvolvimento do nosso sector não estão do lado da procura, estão do lado da oferta porque a nossa expansão será sempre limitada pela escassez de profissionais com formação e experiência suficientes para abraçar projectos de consultoria. Tal deve-se às características da formação universitária (muito académica, pouco virada para a relação com a prática) e à relativa juventude do próprio sector.

 

Neste contexto, seriam bem acolhidas estruturas associativas que visassem a melhoria da qualificação dos consultores de Comunicação, isto é, que se dedicassem ao “trabalho de casa”, numa escala que é difícil obter num sector muito pulverizado em termos empresariais, à sua informação, à vulgarização de ferramentas de trabalho.

 

A APECOM não serve, infelizmente, esses interesses dos operadores do mercado.

 

Nem serve os interesses de uma representação aos níveis social, económico e político, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com a APAP – Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação e, até, com a recém-criada APAME – Associação das Agências de Meios, que são reconhecidas como parceiros das indústrias dos Media e do Marketing. Pelo contrário, a APECOM parece continuar ocupada em servir apenas de palco à promoção empresarial do seu presidente.

 

Colegas consultores envolvidos nesta espécie de luta de classes: que fique claro que sem a melhoria da qualificação dos Consultores não teremos melhores consultoras de Comunicação. E que sem boas empresas não haverá lugar para bons (ou medíocres) consultores de comunicação. E que sem representatividade política, social e económica não receberemos acolhimento institucional. Por muitas associações que nasçam e sejam felizes.

 

 

PS: O “arrefecimento” que sentimos agora deve-se à conjuntura e não á notoriedade. Levantado o manto diáfano da fantasia a realidade é que a agregação das vendas em Portugal das consultoras mais representativas estagnou em 2009 e estou à vontade para fazer este registo porque a LPM foi uma excepção.

 

PS2: Será que, entre os associados da APECOM, ainda ninguém reparou que os anunciados novos prémios do sector são baptizados de “de reputação”, exactamente a proposta de valor da empresa de que o presidente da APECOM é accionista?

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:26
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2010

European Communication Monitor 2010 e PR After Work endorsement

Os resultados do European Communication Monitor 2010 e uma primeira análise da Alda Telles, com direito a referência ao PR After Work. Ide ler.

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:30
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Segunda-feira, 7 de Junho de 2010

Word of Mouth - Cátia Domingues

 

Estagiários PRECISAM.

 

por: Cátia Domingues

Aspirante a comunicóloga

 

 

Licenciatura na sua recta final. Uma licenciatura interessante pelas sua vertentes: Publicidade, Marketing e Relações públicas. Uma ambição pessoal de ser comunicóloga.

 

Agora segue-se o complicado, e não estou a falar dos exames finais, estou a falar do ingresso no mundo do TRABALHO. Uma palavra interessante, pelo contexto actual que encerra.

 

Sugeriram-me, então, que escrevesse sobre o meu dia-a-dia profissional, e neste caso decido escrever pelo meu inexistente dia-a-dia profissional e as incertezas e dúvidas do meu futuro como finalista de um curso de comunicação.

 

Tenho um problema gravíssimo, a escolha. Optar por uma das áreas é como dizer que se gosta mais do pai do que da mãe. A verdade é que tanto a publicidade como as relações públicas inspiram-me, movem-me e desafiam-me especialmente. Foi por esta paixão, que decidi aprofundar o meu conhecimento e enveredei por uma especialização em assessoria de imprensa. O balanço final foi muito positivo,até tive uma nota alta, aprendi e adquiri ferramentas importantes. Também conheci pessoas que me ajudaram bastante a perceber para o que fui talhada e descobri que a minha vocação é o planeamento estratégico. Como na publicidade estou para copy, nas Rp's estou para planeamento. É isto.

 

O mais complicado vem com as oportunidades que são oferecidas. Carga de trabalhos. Castingstars. Net-empregos. A concorrência é muita e as oportunidades são poucas. São muitos cães a um osso. Os requisitos cada vez são mais específicos e mais exigentes. Mesmo para estágios curriculares e profissionais. É do tipo: licenciatura em comunicação; 3 anos de experiência profissional; inglês, mandarim e eslavo; conhecimentos em photoshop, indesigns, auto cad, programação e final cut; saber tocar com a língua no nariz e fazer o pino com uma mão. Querem um 2 em 1, ou, na maioria das vezes, um 10 em 1.

 

E eu, que curiosamente sempre desafiei a minha criatividade, muitas vezes incompreendida pelos demais, e que estou, constantemente, a complementar a minha formação com cursos e workshopzinhos, sou prejudicada porque não tenho 3 anos de experiência e não sei tocar com a língua no nariz

 

Bem, mas a verdade é que já sei aquilo que gosto e que sou boa a fazer. Sou um ser pensante, e como eu, sem dúvida, que existem muitos, e só estamos à espera que nos dêem uma oportunidade para começar, de mostrar que somos bons e que queremos aprender. Muitos de nós a custo 0.

 

A maioria das pessoas que conheço em comunicação acabaram por optar pela vertente de marketing, pois  existe em todo o lado, até numa empresa de pregos e parafusos, ou então em Telemarketing, que há quem tenha mestrados e lá esteja a trabalhar na "área".

 

Programas de estágios internacionais é outra opção, opção essa que começo a considerar seriamente. Arriscar e dar um salto de fé, num país e numa empresa noutro lugar do mundo, tudo por nossa conta e risco. Se não correr bem, existe sempre aquela máxima: "o que não nos mata torna-nos mais fortes".

 

Nos dias que correm,o  mundo do trabalho é uma selva, e nós frágeis gazelas só queremos ter a oportunidade de andar na savana, mesmo correndo o risco que nos metam os dentes em cima.

 

Atenção: se quiserem deixar o vosso contacto e proposta estão à vontade pois este post pode ser, muito facilmente, convertido num anúncio de emprego ;)

publicado por Rodrigo Saraiva às 09:03
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Terça-feira, 20 de Abril de 2010

A brincar, a brincar … next challenge

No dia 1 de Abril eu e a Joana lá fizemos a nossa mentirinha do dia (aqui e aqui), anunciando a fusão blogosférica do PiaR e do Buzzófias.

 

Era brincadeira, mas que até tinha alguma verdade pessoal e profissional, como bem foi apanhado pelo Briefing (edição impresa).

 

A Meios e Publicidade, atenta, faz hoje notícia da minha entrada, e também da Joana, na Next Power. Agradeço as simpáticas mensagens que me chegaram de amigos e colegas, em especial ao Rui Calafate que tornou pública a sua.

publicado por Rodrigo Saraiva às 17:08
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

nem todos os media são feitos por jornalistas

Alda,

 

a questão não estará em se os bloggers são equiparados ou não a jornalistas. Uns sim, outros não. Mas importante é se os blogs são equiparados aos media? E cá para mim, sim! Os blogs são um media. Simples.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:25
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Quarta-feira, 31 de Março de 2010

não há duas sem três

 

O ENEMC – Encontro Nacional de Estudantes de Marketing e de Comunicação, está de volta para a sua terceira edição. Depois de Oeiras e Aveiro o ENEMC decorrerá em Lisboa a 24 e 25 de Abril.

 

Uma boa oportunidade para os profissionais de futuro melhorarem as suas competências e desenvolverem network.

 

Todas as informações no blog ou no facebook.

publicado por Rodrigo Saraiva às 11:44
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