Temos vindo a acompanhar as eleições primárias com alguma expectativa, sendo que as eleições presidenciais americanas são sempre um importante marco a nível global.
No entanto, nem sempre é claro o processo de selecção destes candidatos e o processo é bastante mais complexo do que aparentemente parece.
Neste vídeo poderão ver a complexidade do processo das eleições primárias. Alguns assuntos abordados: conceito de Eleições primárias fechadas, Eleições primárias semi-fechadas, Eleiçóes primárias abertas, Caucus, informações sobre quem pode votar e quando, votos que não são considerados votos, entre outros.
Se toda a campanha para as eleições presidenciais nos EUA já tinha sido um laboratório de surpresas, nomeadamente na utilização de novas ferramentas e formas de comunicar, a noite das eleições ainda tinha reservado outras.
Em baixo um filme da surpresa que a CNN preparou, colocado, através de holograma, a jornalista Jessica Yellin em estúdio.
Brincadeiras à parte, este post de AF no Buzzófias, dos vários que versam sobre as eleições presidenciais americanas, foca um tema bastante pertinente.
Ao contrário dos países ditos democrática, social e economicamente desenvolvidos, em Portugal existe a mania (só pode ser mania) que os Órgãos de Comunicação Social são e devem ser totalmente apolíticos, para além de imparciais e apartidários.
Os Meios até podem assumir esta "trilogia" de princípios orientadores, mas se o fazem não basta dize-lo, há que pratica-lo. E aí é que a situação complica.
Por isso subscrevo esta afirmação de AF, que os Meios «(...)podem ter posições definidas e claras. Não devem ser os leitores, ouvintes e espectadores a adivinhar e a presumir, pelas palavras enviesadas de quem os faz. Não basta parecer transparente, "às vezes" também é necessário sê-lo, porque influências todos têm!»
O post de AF termina recordando o caso de "A Capital", quando o seu Director de então assumiu um apoio, uma tendência. Podemos até não simpatizar com a pessoa em causa nem concordar com o apoio dado, mas a atitude deveria ter sido aplaudida. Por mim foi.
Já agora, até porque após rever os vários posts sobre as eleições americanas que coloquei aqui no PiaR, reparo que nunca o assumi, fica a nota que eu (o Alexandre fala por ele) apoiava McCain. Não se pode ganhar sempre.
É certo que os principais factores da vitória de Barack Obama são a governação Bush e a crise mundial. Mas o candidato Democrata não teria tido uma vitória assim tão expressiva se não tivesse tido a estratégia, os estrategas e as ferramentas de Comunicação que foram pensadas e implementadas.
Ontem, nos EUA, também foi a vitória da Comunicação. A vitória das PR!
Depois do debate de ontem à noite na Universidade Washington, o momento é de aparente descontracção para todos os presentes no local, excepto para a governadora Sarah Palin (R) e para o senador Joe Biden (D), que cruzam olhares de forma intensa, como acérrimos adversários que são.
Biden, com um olhar paternal e sabedor, olha para uma Palin tranquila e confiante.
Paul J. Richards, da Agence France-Press, captou este momento, permitindo ao leitor "viver" um pouco o ambiente que rodeia a actual campanha eleitoral nos Estados Unidos.
Não só aqui no PiaR, como em quase todos os blogs, nacionais e estrangeiros, relacionados com comunicação, tem sido abordada e afirmada a importância da Social Media.
É consensual que as estratégias de comunicação, sejam corporativas, de produto ou outras, devem, nos dias que correm, incluir estas ferramentas.
Mas devemos alertar os parceiros que, embora a pertinência seja enorme, em especial para certos público-alvo, não é uma solução milagrosa.
Veja-se esta breve retirada do OJE.
Nas redes sociais Obama vence largamente McCain. Mas começa-se finalmente (e felizmente) a perceber que o próximo Presidente dos EUA será o candidato Republicano.
Mas a Social Media ainda é novinha, tem muito para evoluir. E para ensinar!
Tony L. Sandys/The Washington Post
Poucos dias após o anúncio de John McCain, a máquina democrata não deve ter perdido tempo a elaborar um dossier subversivo sobre os "pecados" de Sarah Palin. A julgar pelas notícias mais recentes, o documento terá sido cuidadosamente redigido e deve ter andado a circular pelas principais redacções dos jornais norte-americanos.
De um momento para o outro, a campanha de Palin sofreu um rude golpe com a divulgação de alguns "casos" que comprometem a sua imagem junto do eleitorado mais conservador. Desde a filha grávida de 17 anos ao "troopergate", passando pela condenação do marido há cerca de 20 anos por conduzir embriagado, vários foram os casos que em poucas horas abalaram o conservadorismo virtuoso de Palin.
Os estrategos democratas (porque nestas coisas nada acontece por acaso) foram de tal forma eficazes no ataque a Palin, que o próprio McCain teve que ser obrigado a informar que a escolha de Palin foi devidamente escrutinada.
Talvez, mas a verdade é que se tal foi feito, a equipa de assessores e de conselheiros de McCain não terá descoberto ou antecipado tudo. Por outro lado, o campo democrata foi astuto tendo encontrado importantes "armas" para a sua estratégia de comunicação.
De tal forma, que David Frum, antigo "speechwriter" de George W. Bush, acusou McCain de ter tomado uma decisão de forma impulsiva sem ter feito o devido escrutínio a Palin. Uma posição que agrada ao "staff" de Barack Obama já que descredibiliza a equipa de John McCain junto do eleitorado.
O Alexandre já analisou por duas vezes (aqui e aqui) as eleições presidenciais americanas. Tenho lido com atenção outras análises, em especial os posts "Modernaço", de Francisco Almeida Leite no Corta-fitas,(aqui, aqui e aqui), relativos aos mails enviados pela candidatura de Obama.
Uma pessoa põe-se a pensar, será que no país da plastic food haverá sucesso para o plastic candidate?
O correspondente da RTP nos Estados Unidos, Vítor Gonçalves, fez uma reportagem interessante sobre o modelo de comunicação política que Barack Obama tem estado a adoptar.
Desta vez e numa iniciativa inédita o candidato democrata decidiu anunciar o nome do seu "vice" através de sms para todos os seus apoiantes que se registem no site oficial de campanha.
De acordo com um consultor citado na reportagem da RTP, a candidatura de Obama está a desenvolver um novo paradigma de comunicação política, potenciando as novas tecnologias e formas de comunicação.
Talvez seja um pouco exagerado falar-se num novo paradigma, mas não há qualquer dúvida de que a equipa de estrategos de Obama tem introduzido alguns conceitos de marketing político e técnicas de comunicação bastante inovadoras e eficazes.
Ilustração de Eamo/Blender
Os dois candidatos à Casa Branca revelaram publicamente, através da revista Blender, as suas dez músicas preferidas, tendo os americanos e o mundo ficado a saber que John McCain e Barack Obama têm gostos muito diferentes, partillhando apenas o cantor Frank Sinatra nas suas opções, embora com músicas diferentes.
Barack Obama
1. Ready or Not Fugees
2. What's Going On Marvin Gaye
3. I'm On Fire Bruce Spingsteen
4. Gimme Shelter Rolling Stones
5. Sinnerman Nina Simone
6. Touch the Sky Kanye West
7. You'd Be So Easy to Love Frank Sinatra
8. Think Aretha Franklin
9. City of Blinding Lights U2
10. Yes We Can will.i.am
John McCain
1. Dancing Queen ABBA
2. Blue Bayou Roy Orbison
3. Take a Chance On Me ABBA
4. If We MakeIt Through December Merle Haggard
5. As Time Goes By Dooley Wilson
6. Good Vibrations The Beach Boys
7. What A Wonderful World Louis Armstrong
8. I've Got You Under My Skin Frank Sinatra
9. Sweet Caroline Neil Diamond
10. Smoke Gets In Your Eyes The Platters
É verdade que Obama e McCain pertencem a gerações diferentes, sendo por isso natural que cultivem gostos e tendências diferentes, no entanto, já é menos compreensível que o candidato republicano, actualmente a lutar pela Casa Branca e a disputar vários tipos de eleitorado, apresente uma lista como a que acima se pode ver.
É caso para perguntar por onde é que andavam os consultores de comunicação de John McCain quando este elaborou a sua lista das dez músicas preferidas.
Através do 31 da Armada, num post do Rui Castro, tive acesso a este cartoon:
Enquanto alguns olham para ele como uma critica a Obama e aos media, eu prefiro olhar como um elogio aos consultores de comunicação.
Mas afinal quem é que o colocou naquelas cavalitas?
Como diria um amigo meu "Ah pois é!".
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