Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015

A opinião de Ricardo Costa não podia ser mais certeira

A propósito do que foi escrito no post anterior sobre a polémica em torno da promo da RTP para o jogo da Supertaça, a opinião de Ricardo Costa no Expresso não podia ser mais certeira.

publicado por Alexandre Guerra às 14:24
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Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

Ai Jesus, que fazer com estes "senhores" do futebol?

Já todos sabemos que o futebol é uma paixão para muitos e que, por vezes, gera atitudes irracionais. Dos chamados "índios, que tanto pode ser o canalisador, o taxista, como o professor ou o juiz, espera-se tudo, mesmo os maiores disparates, quando o que está em causa é o seu clube. Já menos compreensível e muito menos aceitável é quando os "patrões" do futebol, eles próprios, tenham comportamentos lamentáveis, que em nada dignificam os cargos de alta responsabilidade que ocupam à frente dos clubes ou das insituitções que regulam o futebol.

 

Em Portugal, esses "senhores", a quem lhes foi "atribuído" um poder quase absoluto e uma influência perversa na sociedade, na política e nos agentes da comunicação social (uma situação incomparável com o que se passa noutros países) vão ocupando os seus tronos sem que, enquanto lá estiverem sentados, alguém (incluindo autoridades policiais e judiciais) ouse desafiar aquilo que, por vezes, são elementares devaneios comportamentais e, até mesmo, atitudes inadmissíveis num Estado de Direito.

 

Tendo eles próprios a noção de que podem dizer e fazer quase tudo, ainda por cima com o tempo de antena que quiserem (veja-se o abuso do número horas que os três canais informativos estão neste momento a dedicar ao futebol e respectivos programas de debate, já para não falar no caso raro que é Portugal ao ter nas bancas três diários desportivos) e sem que sejam chamados à atenção (por políticos, então, nem pensar), leva a que cometam determinados actos reprováveis perante situações que, supostamente, nao serão do seu agrado. Isto evidencia um espírito pouco tolerante e, sobretudo, ausente de qualquer noção de bom senso e clarividência.

 

Então não é que os responsáveis do Benfica e Sporting se uniram numa frente comum para combater uma ameaça àquilo que devem considerar o bom nome dos seus clubes? E como se não bastasse, a FPF juntou-se a este circo. Imagine-se o que poderia unir estas três entidades numa manifestação tão veemente de protesto? Não, não é a violência no futebol e muito menos o combate ao racismo, nem qualquer causa solidária. É sim, espante-se o leitor, uma promo da RTP para o jogo da Supertaça do próximo dia 9 de Agosto e que vai opor o Benfica e Sporting. A referida promo, que é perfeitamente banal, sem linguagem ofensiva, imagens obscenas ou qualquer mensagem de cariz político-religioso, suscitou queixas daqueles dois clubes e da FPF contra a RTP.

 

PiaR sabe que no próprio Sábado, dia em que a promo foi para o ar, os dois clubes ligaram de imediato para a RTP a "exigir" que a mesma fosse retirada do ar. A própria FPF terá enviado um e-mail para a RTP na mesma linha, esquecendo-se, certamente, de outros tempos em que a censura imperava e estes comportamentos eram aceitáveis. Mas, como se disse, isso eram noutros tempos. A verdade é que a estação pública não gostou daquele pedido, tendo a mesma promo ficado no ar até esta Quarta altura em que entrou uma outra, sendo que o PiaR sabe que estão previstas entrarem mais duas até ao dia do jogo.

 

Dentro da RTP, sobretudo ao nível de quem mais directamente esteve relacionado com esta promo, o PiaR apurou que a atitude do Benfica, Sporting e FPF causou bastante estranheza e foi mesmo alvo de alguma chacota perante o ridículo e a falta de noção democrática dos dirigentes daquelas três entidades. Não deixa de ser irónico que a Federação acuse a RTP de não respeitar os valores do futebol, quando é aquela própria instituição, juntamente com o Benfica e Sporting, que, neste caso, não respeitaram os valores fundamentais da liberdade de expressão num Estado de Direito.

 

 

publicado por Alexandre Guerra às 11:20
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Segunda-feira, 22 de Junho de 2015

Descobertas improváveis no interior do país

As melhores descobertas são, por vezes, aquelas de que não estamos mesmo à espera, aquelas que surgem nas mais improváveis circunstâncias, nos mais improváveis sítios. No fundo, as melhores descobertas serão aquelas que surgem de surpresa, fruto do acaso, quando num determinado dia, numa determinado hora, estamos num determinado local. E foi precisamente isso que aconteceu no passado Sábado, quando o autor deste poleiro passou fortuitamente pelas aldeias de Juncal do Campo e Freixial do Campo, no distrito de Castelo Branco, e se depara com manifestações artísticas de arte urbana, pela mão de alguns dos mais sonantes "street artists" nacionais. Vhils (Alexandre Farto) é um deles, imagine-se, mas só esta Segunda-feira iria fazer a sua obra, já que vinha de Seul directamente para Juncal do Campo.  

 

Trata-se do projecto "Aldeias Artísticas", promovido pelas associações Ecogerminar e Terceira Pessoa e que conta com o apoio da Fundação EDP. Esta acção em concreto está integrada no programa mais abrangente "Há Festa no Campo", que "promove a dinamização cultural e social das suas aldeias, valorizando o seu património imaterial e cultural. São promovidos encontros, oficinas de formação, assembleias participativas, festas e exposições, mantendo sempre a relação com as tradições, memórias e festividades locais".

 

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Gonçalo Fialho (também conhecido como Uivo)/Freixial do Campo (poste de electricidade). Veja o vídeo.

 

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Ivo Santos em "acção" (também conhecido como Smile)/Juncal do Campo. Veja o vídeo  (peça da SIC).

 

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Projecto Matilha/Juncal do Campo (campo de futebol)

 

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Ricardo Pereira (também conhecido como Skran)/Juncal do Campo

 

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Marco Almeida (também conhecido como 2Carryon)/Juncal do Campo (junto à fonte). Veja o vídeo.

 

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Mauro Carmelino/Freixial do Campo (escola)

 

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Tomás Pires (também conhecido como Ôje)/Freixial do Campo (Junta de Freguesia) 

 

 

publicado por Alexandre Guerra às 16:07
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Quarta-feira, 27 de Maio de 2015

Será o prenúncio de uma fusão entre o SOL e o i?

As movimentações anunciadas por estes dias nos dois jornais do grupo Newshold, com Vítor Rainho e José Cabrita Saraiva a transitarem do SOL para os cargos de director e director-adjunto do i, respectivamente, parecem prenunciar algo que em várias conversas que este poleiro teve com diferentes "fontes" se especulava: a fusão do SOL e do i. De acordo com o que foi dito ao autor destas linhas há uns tempos por um responsável editorial de um daqueles jornais, em cima da mesa poderá estar uma solução que aponte para o modelo inglês, ou seja, um jornal diário, com uma edição própria de fim-de-semana.

 

E nesse sentido é interessante analisar-se a troca que Luís Osório faz entre a direcção interina do i pela direcção executivo do SOL. Sem dúvida que Osório tem um perfil jornalístico mais adequado a uma edição de fim-de-semana, mais virado para os artigos longos, de tendências, mais reflectivos e culturais. Por outro lado, Vítor Rainho parece ter uma atitude mais dinâmica e pragmática, requisitos essenciais para quem diariamente procura notícias e tem de lidar com a pressão da agenda mediática. 

 

Para já, trata-se apenas de uma palpite do PiaR, mas vendo bem as coisas, e atendendo aos tímidos números das vendas efectivas em banca (e não daquilo que se diz que se vende) e à necessidade de se optimizar recursos e dinamizar dois produtos que, claramente, têm vindo a perder gás desde que apareceram no mercado, talvez a fusão entre os dois jornais fosse o melhor caminho a seguir.

publicado por Alexandre Guerra às 16:19
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Sexta-feira, 1 de Maio de 2015

Será por causa do acordo ortográfico?

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Mais um lamentável exemplo dos já muito comuns erros nos oráculos e rodapés. Desta vez no Telejornal da RTP.

publicado por Alexandre Guerra às 20:35
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Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Contradições

Pedro Mexia é, na opinão deste poleiro, um pensador de valor. Daquilo que se lhe conhece -- exclusivamente da suas aparições na comunicação social --, parece ser um tipo calmo, tranquilo e intelectualmente honesto. Amanhã, no i, sairá uma grande entrevista dele, mas, talvez seja algo presunço apresentá-lo como "o mais reconhecido pensador da sua geração". Além disso, não deixa de ser curioso que Mexia se auto caracterize como uma pessoa que gosta muito de fazer a sua vida sem que ninguém dê por ele. Palavras proferidas pelo próprio, não num ambiente recatado de convívio intímo, mas na referida entrevista de jornal, um meio de comunicação social que é, por definição, um "amplificador" de notoriedade junto da opinião pública. E para quem gosta tanto "da ideia de anonimato", não se pode dizer que Pedro Mexia contribua propriamente para a concretização da mesma, tendo presença assídua na televisão, rádio e imprensa. 

publicado por Alexandre Guerra às 13:11
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Quinta-feira, 16 de Abril de 2015

360º e Macroscópio, ao nível do melhor que se faz no estrangeiro

Num deserto de ideias e de qualidade que, neste momento, invade o panorama jornalístico português, torna-se ainda mais relevante salientar os projectos inovadores que conseguem cativar leitores e, extraordinariamente, meter as pessoas a falar sobre isso. Como já o tinha aqui feito anteriormente, o PiaR só pode elogiar a chegada do Observador ao universo dos meios de comunicação social nacionais, mas gostava agora de destacar, em concreto, os formatos apelativos -- que, nalguns casos, são (bem) importados de jornais e sites internacionais --, tais como as newletters 360º, do David Diniz, enviada ao início da manhã para os seus subscritores, e o Macroscópio, do José Manuel Fernandes, que segue ao final da tarde para as respectivas caixas de e-mail. Duas excelentes ferramentas noticiosas e de análise, ao nível do melhor que se faz no estrangeiro. 

publicado por Alexandre Guerra às 12:13
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Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015

Sessões de Leitura

De há uns tempos para cá tem-se tornado moda realizar aquilo a que resolveram chamar “conferências de imprensa sem direito a questões”. E as aspas aqui são para citação mas, sobretudo, porque aquilo é mesmo para colocar entre aspas.

Se na política isto está a tornar-se habitual, eu até consigo compreender. Há um determinado assunto sobre o qual o partido (ou determinado agente político) quer emitir uma declaração, tomar uma posição, e chama a imprensa para o fazer. Mas como a posição política foi tomada ali entre dois cafés e uma conversa de corredor, não convém dar espaço para questões, não vá perceber-se a fragilidade da mesma. Ou então, porque o assunto da tomada de posição não interessa a ninguém e não se quer dar espaço para perguntas sobre o que interessa a toda a gente mas sobre o qual não se quer falar.

É preciso passar uma imagem de dinamismo ao eleitorado ou, na maioria das vezes, acalmar as hostes internas e tem que se fazer o papel de ler uma coisita para as câmaras.

Mas esta semana vi a moda estender-se a outros quadrantes. Uma instituição pública, a propósito de um grave incidente, resolve convocar a comunicação social para uma conferência de imprensa. Antes da mesma começar alguém anuncia que a pessoa x irá ler um comunicado e que não há espaço para questões dos jornalistas.

article-2338778-1A3E679B000005DC-374_634x422.jpgO que eu gostava de perceber, pois não consigo profissionalmente entender, é porque raio marcaram então a “conferência de imprensa”? Se era para a pessoa x ler um comunicado de imprensa, não era mais útil para todos enviar o dito para as redacções? Ainda por cima era um comunicado com dados factuais. Não havia tomadas de posição que justificassem a presença de jornalistas. E, ainda por cima, o leitor do comunicado não era um grande leitor.

Meus senhores. Isto não são “conferências de imprensa”. São sessões de leitura. E qualquer dia os jornalistas deixam de ir perder tempo a estas sessões de leitura (até porque a maioria deles lê melhor). E, nesse dia, percebem que afinal até era bom quando eles vinham e faziam perguntas que nos deixavam esclarecer melhor o tal do comunicado que se leu.

Pessoalmente, para sessões de leitura, prefiro as que faço todas as noites ao meu filho...

publicado por Telmo Carrapa às 13:39
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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015

A obsessão com a cobertura mediática

Um colega meu deu-me a conhecer este texto do Ragan’s PR Daily sobre a obsessão com a cobertura mediática. Kevin York, o autor, lembra que a definição de Relações Públicas não diz nada sobre “cobertura mediática” e que no início da profissão as “media relations” eram um meio e não um fim em si mesmas:

“The PR industry wasn’t founded on getting coverage. Most versions of the profession’s history include two-way communication with the public, along with informing, educating and influencing audiences. Though many early PR practitioners used media coverage as a tactic, coverage was a means to an end. It helped them reach people.”.

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E mesmo a cobertura mediática deve ser vista em função dos públicos. Não enquanto número de notícias:” If coverage appears in a publication your target audience doesn’t actually read, it doesn’t count as coverage. Target the reader, not the publication or the journalist. “.

Costumo dizer que às vezes vale mais uma breve no sítio certo que dez páginas no sítio que não vai fazer mossa nenhuma. Este artigo diz o mesmo.

“The PR industry lost its creativity—and some of its business relevance—when it became too reliant on media coverage. Media is still a valuable communications tactic, but it’s just one piece of our job, one tool in our arsenal.”, deixa em jeito de conclusão o autor.

publicado por Telmo Carrapa às 11:05
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Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015

Afinal não eram assim tão Charlie Hebdo

É curioso...há pouco mais de um mês, todos eram "Charlie Hebdo", todos eram pela liberdade de expressão e pelo respeito à sátira. Agora, a Liga Portuguesa de Futebol e a FPF estão indignadas com a Sagres, por causa de um vídeo publicitário que aquela empresa fez, precisamente, a fazer humor com um autêntico "frango" dado pelo guarda redes do Sporting, Rui Patrício, num jogo com o Belenenses.

 

Do ponto de vista comercial, percebe-se a decisão da Sagres em pedir desculpa e retirar a campanha, já que foi pressionada por aquelas instituições e tem muitos interesses no mundo do futebol, mas do ponto de vista dos princípios, a empresa fez mal. A verdade é que o vídeo não tinha qualquer ofensa ao jogador Rui Patrício. Mal está a sociedade, se não tem poder de encaixe para um vídeo como este.

 

publicado por Alexandre Guerra às 10:12
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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2014

Também a Justiça deve prestar contas e comunicar com os cidadãos

Por mais óbvio que possa parecer para quem faz da comunicação a sua profissão, a verdade é que nesta Era de Informação em que se vive, existem instituições em Portugal sem a capacidade de se adaptarem aos desafios dos tempos e às exigências de uma sociedade (ocidental e não só) cada vez mais interventiva, consciente e, apesar de tudo, mais informada. Uma sociedade que assimilou o direito de se manter informada, sobretudo, por parte dos seus governantes e das entidades públicas que integram e gerem o Estado ao qual todos pertencem. 

  

Nesta matéria, os Estados Unidos são "a" referência. Podem reconhecer-se muitos defeitos àquele país, mas no que diz respeito à preocupação de se criar pontes de comunicação entre entidades públicas e os cidadãos, as autoridades daquele país não brincam em serviço. E, acima de tudo, há uma sensibilidade comunicacional por parte dos agentes da Justiça relativamente à socidade que os rodeia. A este propósito vale a pena ler o comunicado do "attorney general", Eric Holder, a propósito de uma decisão polémica de um "grande júri" no caso da morte de Eric Garner e que está a inflamar a América. 

 

Qualquer acto público, procedimento administrativo, decisão judicial, gestão de "issue" ou de crise, entre outros, que, de uma maneira ou de outra, tenha repercussão no interesse colectivo, pressupõe, automaticamente, a "comunicação" com o cidadão. Isso é levado muito a sério nos Estados Unidos e também noutros países. É do interesse de todas as partes, porque, por um lado, permite às entidades gerirem o fluxo dos factos validados e, por outro, deposita nos "receptores" informação oficial, não sujeita a especulação. 

 

Regressando a Portugal e numa lógica contrária, o Renato Póvoas faz uma observação pertinente sobre a ausência de "liderança comunicacional" das instituições judiciais na gestão da informação relativa à hiper-mediática detenção de um ex-chefe de Governo. Foi um exemplo que se veio juntar a tantos outros, com consequências muito negativas para as instituições e para a sociedade em geral.

 

É difícil de perceber como é que a Justiça e os tribunais em Portugal se mantêm num tempo de Trevas no que à comunicação diz respeito. É dificil perceber como é que os intervenientes judiciais em Portugal continuam a optar por procedimentos comunicacionais que são de um amadorismo confrangedor e, por vezes, a roçar o ridículo -- veja-se o patético episódio da escrivã do Tribunal Central de Instrução Criminal quando anunciou as medidas de coacção no âmbito da operação "Marquês". E tantos outros exemplos se podiam dar.

 

Num verdadeiro sistema de "check and balances" todos devem explicações a todos e também a Justiça deve prestar contas ao povo. E deve informar os cidadãos dos seus actos judiciais sempre que o interesse colectivo assim o justifique. E deve fazê-lo da forma mais profissional possível. Contrate-se assessores, consultoras de comunicação, criem-se gabinetes de imprensa ou direcções de comunicação, e assuma-se, de uma vez por todas, a figura de "porta voz" nos casos mais mediáticos.

 

PS: É inconcebível que o actual Campus da Justiça em Lisboa, inaugurado há poucos anos, não esteja pensado para acolher jornalistas nas mínimas condições de trabalho. Só este facto, por si só, é revelador da mentalidade que reina nas altas esferas da Justiça portuguesa quando chega a hora de comunicar com o povo. 

publicado por Alexandre Guerra às 11:37
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Segunda-feira, 24 de Novembro de 2014

E ainda dizem que é "o sabor mais cool de sempre"...

 

De tempos a tempos, os génios do marketing e da publicidade lá produzem uma pérola comunicacional e, normalmente, quanto maior é a marca, maior é o disparate. Este Natal, a Fanta brinda os portugueses com um anúncio que se candidata a entrar no top 10 dos piores do ano. Como se não bastasse o facto do anúncio ter pouco ou nada a ver com o espírito da marca, ainda levamos com uma vozinha irritante de uma criancinha, que nem os seus pais deverão conseguir suportar. Mas como é que as mentes brilhantes que dirigem a comunicação e marketing da Fanta poderão pensar que o consumidor ao ver e ouvir este anúncio poderá ficar com vontade de ir beber uma Fanta? E depois ainda dizem que é "o sabor mais cool de sempre"...

publicado por Alexandre Guerra às 15:38
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Sábado, 9 de Agosto de 2014

Quem não tem cão ...

Acabado de ler o caderno principal do Expresso, certamente derivado de defeito profissional, o que mais se destaca são dois comunicados publicados enquanto publicidade. Comunicados pagos. Cada qual em página inteira.

Um da Associação Portuguesa de Casinos e outro do Automóvel Club de Portugal.

Quem não tem cão, caça com gato??

Au au au auuuu

publicado por Rodrigo Saraiva às 19:41
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Sexta-feira, 1 de Agosto de 2014

Comunicação de Oportunidade (Ou será de oportunismo?...)

Gosto de tomadas de posição! Gosto mesmo. Daquelas em que alguém diz que foi prejudicado por alguma coisa. E que não pode ser assim. E gosto mais quando o faz audivelmente e tem eco na comunicação social. No fundo, é também para isso que trabalhamos.

 

E quando as tomadas de posição servem para uma promoçãozita, em cima de um tema que é altamente mediático, então ainda melhor.

 

Vem esta reflexão a propósito da tomada de posição da “Adega Monte Branco”. Muito indignados por “a utilização desta sua denominação pode colocar em causa as trocas comerciais colocando em risco o seu bom nome e do seu produto".

 

Acredito que os responsáveis devem estar indignados por esta usurpação judicial do nome há muito tempo (afinal o processo “Monte Branco” já existe há algum tempo) mas só agora é que tiveram coragem para se manifestarem publicamente. Quer dizer… Acredito?… Vou fazer de contas que sim.

 

Acho que a Adega do Monte Branco se deveria juntar à Herdade do Monte Branco, à Confeitaria Monte Branco e, porque não, às autoridades francesas e italianas para criarem uma associação dos prejudicados pelo processo Monte Branco e lutarem pela alteração do nome do referido processo.

 

Ou então, como alternativa, podem sempre aproveitar para se promoverem um bocadinho à boleia do mesmo. Mas não, isto não. Nem pensar…

publicado por Telmo Carrapa às 10:10
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Terça-feira, 29 de Julho de 2014

Quando a Via Verde faz perder tempo, está a manchar a sua reputação

 

A Via Verde Portugal tem sido, durante os últimos anos, uma das bandeiras tecnológicas deste País. Empresa inovadora numa tecnologia que se revelou de grande utilidade no âmbito da "gestão do pagamento electrónico de serviços". Uma tecnologia que, entre outras coisas, proporciona maior comodidade e permite a poupança de tempo a quem anda por essas auto-estradas fora e, desde há uns tempos, também nas ex-Scuts. As suas virtudes são inquestionáveis. É sem dúvida um excelente produto, com notoriedade reconhecida.

 

O problema é quando essa boa reputação fica manchada com uma simples ida a uma das suas lojas para resolver um problema técnico. Neste caso em concreto, tratou-se de uma deslocação à loja do Saldanha (uma das três que servem a grande área metropolitana de Lisboa). 

 

Depois de ter recebido um e-mail da Via Verde para se deslocar a uma das suas lojas para trocar o equipamento, visto que este estava avariado, o autor destas linhas foi até à loja do Saldanha e tirou a senha da "assistência técnica" (havia outras opções e filas de espera). Eram 11h59 e a senha tinha o número 65. No monitor, a opção escolhida ainda ia no 45. Contas feitas, o autor destas linhas foi atendido às 12h57, praticamente uma hora depois.

 

Ou seja, vendo bem as coisas, todo o tempo que andou a "poupar" ao utilizar os corredores da Via Verde nas portagens e nos parques de estacionamento com aquela tecnologia foi "gasto" numa cadeira de uma loja daquela empresa à espera que chamassem pelo número 65. 

 

O autor destas linhas teve este desabafo com a senhora que atendia e perguntou-lhe se costumava ser sempre assim. E a resposta foi clara: "Sim, de manhã à noite, todos os dias." E aqui este poleiro voltou a questioná-la: "E a administração da Via Verde acha isso normal? Nunca ouviu falar de bom serviço ao cliente?" Mas aqui já não houve resposta, apenas um encolher de ombros.  

 

Este episódio só veio reforçar ainda mais a convicção deste poleiro: Há uma coisa que muitas empresas em Portugal ainda não perceberam... tudo é comunicação e tudo afecta a reputação de uma organização. 

publicado por Alexandre Guerra às 14:56
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Domingo, 20 de Julho de 2014

Sem vedetismos nem snobismos

Ao ouvir a convidada de Rita Ferro no programa "Conta me tudo" deste Domingo na Antena 3, este poleiro ficou a conhecer mais uma história de vida que foge aos standards do quotidiano da maioria das pessoas. Com 31 anos, Mariana Moura Santos, designer de media digital, lá foi contando o seu percurso profissional... Do mestrado na Suécia ao trabalho no Reino Unido, passando pelas palestras na América do Sul às novas funções em Miami. Além da perseverança e resiliência, Mariana contou um episódio que acabou por lhe abrir as portas no jornal britânico The Guardian. E o curioso deste episódio é que jamais poderia acontecer em Portugal.

 

Conta então a Mariana que, no âmbito de entrevistas que estava a fazer em Londres para um trabalho de mestrado, "teve a sorte" de estar três horas a falar com o director de tecnologia do The Guardian. E no seguimento dessa conversa, Mariana percebeu que naquele momento poderia haver a possibilidade de concretizar um sonho: fazer parte da equipa do jornal britânico na área das tecnologias. O director acabou por convidar Mariana a estagiar no jornal e no fim da história, os dois acabaram por criar o Guardian Interactive Team. 

 

Aquilo que o autor destas linhas pensou de imediato ao ouvir esta história, foi tentar perceber se tal história seria possível acontecer entre uma estudante nas mesmas condições da Mariana e um director/editor de um jornal português. A resposta é clara: dificilmente. Além de um snobismo e arrogância muito característicos de uma boa parte das chefias da imprensa nacional (felizmente cada vez menos), quantos se dariam ao trabalho de ter uma conversa de "igual para igual" com uma estudante? 

 

Quem tem experiência de jornalismo e aqueles que, enquanto consultores de comunicação ou assessores, lidam com editores e chefias, provavelmente compreenderão o que aqui se escreve.  

 

A primeira vez que o autor destas linhas, então como jornalista, teve uma clara percepção da diferença de comportamentos entre as "estrelas" desta praça, quase inacessíveis, e repórteres de referência internacional, foi há já uns bons anos no Médio Oriente. Primeiro, em Gaza, com Miguel Ángel Bastenier, um nome incontornável do El País. Na altura, em 2002, o autor deste poleiro ficou supreendido pela simpatia e disponibilidade que Bastenier demonstrou para com este, então, jovem jornalista. Sem vedetismos nem snobismos, Bastenier fez sempre questão de manter uma relação de igual para igual. Ora, só quem desconhece profundamente os comportamentos de algumas "vedetas" do nosso jornalismo, estranhará esta comparação.

 

Mas este poleiro poderá fazer ainda uma outra referência. Ainda no mesmo ano, mas desta vez em Ramallah, o autor destas linhas lembra-se da simplicidade com que a conhecidíssima Barbara Plett, da BBC, convivia com os restantes colegas de profissão, sem qualquer presunção ou arrogância.

 

Duas histórias relembradas por este poleiro a propósito da conversa de três horas que a Mariana teve com um director de um dos mais prestigiados jornais do mundo.

publicado por Alexandre Guerra às 14:45
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Quinta-feira, 19 de Junho de 2014

Os jornais acabaram enquanto negócio. Agora é preciso pensar em mecenato

O anúncio feito pela administração da Controlinveste, no passado dia 11, relativo a "um processo de redução de efectivos no total de 160 postos de trabalho o qual inclui um despedimento colectivo que abrange 140 colaboradores e um conjunto de negociações para rescisão amigável de contrato abrangendo cerca de 20 postos de trabalho", não deixou de ser uma amarga surpresa, mesmo tendo em conta as dificuldades que todo o sector da comunicação social tem atravessado nos últimos anos. 

 

E a surpresa deve-se, sobretudo, à dimensão dos números, com mais de 60 jornalistas envolvidos pertencentes a vários meios da Controlinveste, numa altura em que se pensava que os ajustes mais dramáticos dos principais grupos de comunicação social já tinham sido efectuados. Efectivamente, nos últimos anos, todos os jornais, televisões, rádios e agências noticiosas viveram períodos conturbados, com despedimentos colectivos, ajustes no seu quadro profissional, reformas antecipadas e, em muitos casos, renegociação salarial.

 

Essa foi uma realidade que o próprio autor deste poleiro foi acompanhando em inúmeras conversas de corredor com jornalistas, fotógrafos, editores, directores, paginadores, entre outros. Mas, depois dessa "tempestade", e com as redacções mais "magras", "leves" e "baratas", também se notava que as coisas começavam a estabilizar, com a sensação de que "o pior já tinha passado". Não se perspectivavam, assim, mais despedimentos massivos, como aquele que foi anunciado agora pela Controlinveste. Um número absurdo, tendo em conta que só o DN e o JN vão ficar com menos 44 jornalistas. E, por exemplo, a TSF com menos sete. 

 

Além da dimensão humana deste problema, a questão principal tem a ver com a falta de enquadramento em termos de paradigma com que estas alterações e despedimentos são feitos. Ou seja, está-se perante meras operações contabilísticas, sem qualquer sustentação naquilo que deveria ser o modelo do jornalismo no futuro e do negócio que o sustenta. Isso acontece em parte porque ainda não se sabe bem qual o caminho que o jornalismo deve seguir e, muito menos, que esquema de financiamento o pode viabilizar.

 

Como alguém dizia a este poleiro num almoço recente, fazer depender hoje em dia um projecto jornalístico de receitas de publicidade e de vendas em banca (ou por assinatura) é receita para o desastre... Como, aliás, se viu com projectos editoriais recentes em Portugal, que foram lançados cheios de pujança, mas alicerçados em modelos obsoletos e que, rapidamente, se viram confrontados com a dura realidade dos números. 

 

E nesse mesmo almoço discutiram-se novas formas de negócio que possam viabilizar os jornais e o jornalismo num futuro próximo. E um desses modelos passa por uma espécie de mecenato. Uma possibilidade também observada por João Miguel Tavares num artigo recente do Público. No fundo, parte-se do princípio que tem de haver um investimento financeiro sem uma lógica de lucro inerente (e até mesmo a "fundo perdido"), já que quando uma entidade, seja de que natureza for, decide apoiar uma orquestra, uma equipa de ciclismo, uma exposição ou um projecto escolar não espera dali um retorno monetário. O que está em causa é um outro tipo de "retorno", que pode ser cultural, social ou de outra índole.

 

Este é apenas um caminho que o jornalismo e os jornais poderão vir a seguir nos próximos anos. Para já, ainda não foi encontrada a fórmula que garanta a sua viabilidade saudável para o futuro.

publicado por Alexandre Guerra às 23:15
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Domingo, 8 de Junho de 2014

As mensagens para lá do óbvio

Cena do início de "2001: A Space Odyssey" 

 

O bom cinema, através da sua linguagem artística e conceptual, tem a virtude de comunicar muito para além do óbvio, para lá daquilo que fica retido num primeiro momento. Só o cinema de qualidade superior permite que cada filme se torne num processo de descoberta e redescoberta constante.

 

Todos os grandes filmes devem ser vistos mais do que uma vez, porque há de lá estar sempre mais alguma coisa que da última vez passou despercebida. E o desafio é ir descodificando esses momentos, procurando entrar na cabeça do realizador e perceber qual a mensagem que quereria passar. 

 

Nalguns casos são mensagens subliminares intencionais que, de forma mais ou menos óbvia, fazem parte de uma narrativa. Mas noutros casos, são apontamentos artísticos subtis que, não tendo uma mensagem implícita ou explícita, podem ajudar a reforçar a dimensão quase mitológica de um determinado filme.

 

Ao rever um dos grandes filmes de Stanley Kubrick, "Full Metal Jacket" (1987), o autor destas linhas foi (ainda) surpreendido com uma imagem que nunca tinha reparado: o misterioso e famoso "monólito" de "2001: A Space Odyssey" (1968), a grande obra prima daquele realizador.

 

Numa cena do "Full Metal Jacket" em que o personagem "Cowboy" está prestes a morrer, depois de ter sido atingido por uma "snyper" vietnamita", os seus colegas de pelotão deitam-no no chão e colocam-se à sua volta, e é quando se vê no horizonte algo que se assemelha ao monólito. Uma cena extraordinária e motivadora de imediato de todo o tipo de extrapolações. 

 

Questionado pela revista Rolling Stone em 1987, Kubrick disse tratar-se de uma "amazing coincidence". Coincidência ou não, só a genialidade de homens como Kubrick e filmes como "2001: A Space Odyssey" e "Full Metal Jacket" conseguem suscitar um interesse constante em relação à mensagem que tentam passar... por mais anos que passem.   

 

publicado por Alexandre Guerra às 16:45
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Quarta-feira, 7 de Maio de 2014

Não havia necessidade

 

Alguém deveria lembrar ao primeiro-ministro que em comunicação política importa muito mais a qualidade do que a quantidade. Foi o que pensei esta manhã ao ouvi-lo discursar uma vez mais em directo nas televisões. Falava em Braga, numa iniciativa de "empresas inovadoras". Naquele registo anódino a que habituou os portugueses nove em cada dez vezes que discursa: números, estatísticas, estimativas, dados macro-económicos. Qualquer CEO de uma empresa cotada no PSI-20 falaria assim.

Problema? Estas declarações ocorreram horas depois de uma boa intervenção de Passos Coelho ontem à noite, na qualidade de líder do PSD na concorridíssima celebração do 40º aniversário do partido realizada no Porto. Uma intervenção com forte cunho político, em que Passos se libertou enfim do seu estilo isento de emoção, excessivamente defensivo. Numa altura em que este discurso devia estar ainda a ser digerido já ele produzia outro, condenando o anterior a uma irrelevância que não merecia.

Um erro de comunicação somado a outro que já vinha de véspera: ao aceder participar horas antes da festa de aniversário do PSD na inauguração do Museu dos Descobrimentos, fazendo-se fotografar numa espécie de embarcação que vogava junto de animais exóticos e prestando declarações avulsas aos jornalistas, Passos entrou em concorrência consigo próprio.

Essa seria a primeira de três intervenções públicas em menos de 24 horas. Desvalorizando, no fundo, a única que valeria a pena destacar. Neste caso com um factor agravante: o que mais deu nas vistas foi a fotografia do evento, pouco lisonjeira para o chefe do Governo, e que não tardou a destacar-se nas redes sociais.

Não havia necessidade.

publicado por Pedro Correia às 15:32
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Quarta-feira, 23 de Abril de 2014

[Word of Mouth] David Moyes, PR, digital e jornalismo

  

 

David Moyes, PR, digital e jornalismo

 

por: Carlos Martinho

Editor de Conteúdos da GCI

 

Ontem, às 13h42, o Financial Times publicou no site um artigo do seu colunista de futebol, Simon Kuper, sobre a saída de David Moyes do Manchester United, oficializada quatro horas antes. O artigo, uma espécie de obituário desportivo há muito previsto, divaga sobre o falhanço do treinador escocês naquela que é “a empresa britânica que mais atenção da imprensa recebe”, o Manchester United.

 

Kuper, autor de referência para quem gosta de futebol, revela que Moyes falhou porque, ao contrário de Sir Alex Ferguson, não tem vocação para as public relations. “Gerir um clube [destes] é, em grande parte, um trabalho de public relations. (…) Moyes chegou de um clube mais pequeno, o Everton, e não tinha o estatuto para renovar a equipa. Depois, quando os seus jogadores mais velhos vacilaram, deixando o United no sétimo lugar, a sua própria imagem (PR) falhou”, explica Kuper.

 

Segundo o autor, Moyes não teve coragem, ou a qualidade de comunicação, para confrontar os veteranos numa batalha de PR. Por outras palavras: quem é David Moyes ao pé de Rio Ferdinand, Ryan Giggs – sobretudo estes dois -, Patrice Evra, Nemanja Vidic ou Michael Carrick?

 

O artigo pode ser lido aqui e explora outros temas ligados à comunicação e imagem, como o rosto perplexo de Moyes quando as câmaras de TV o procuravam depois de um golo sofrido, em contraste com a raiva contagiante de Ferguson, um génio das PR.

 

No entanto, o que é mais notável neste artigo de Simon Kuper – e é, na verdade, o que me traz ao PiaR – é a forma da sua veiculação e não o conteúdo. Como referi, o artigo foi colocado online às 13h42 de ontem. Hoje, o Financial Times repescou-o para a sua edição impressa – e logo para a capa.

 

O artigo de Kuper recebe honras de primeira e segunda página, ainda que estivesse há várias horas disponível online – não estava barrado pela paywall, curiosamente. Ou seja, o FT colocou em prática a tão anunciada primazia do digital sobre a edição impressa – o jornal poderia ter “guardado” o artigo de Kuper para publicar na edição impressa e, então, espalhá-lo pelo digital, mas escolheu a via inversa.

 

Esta decisão vem na sequência da estratégia apresentada pelo FT em Outubro, que dá prioridade à edição online: desde o início do ano que grande parte da redacção do FT está alocada à produção noticiosa para online e os artigos são publicados para coincidir com os picos de tráfego. Deixam de existir também as horas de fecho tradicionais – será que a percentagem de divórcios nesta classe vai finalmente descer? – e todos tiveram de mudar os seus horários de trabalho, incluindo paginadores e designers.

 

Se o FT queria, com esta estratégia, ser menos reactivo, está a consegui-lo. A saída de David Moyes poderá ter sido o ponto de partida para uma nova forma de pensar o digital por parte de um dos porta-aviões da imprensa mundial. Outros certamente se seguirão, mal – e se – se comprove que este é o caminho certo.

 

Simon Kuper termina o seu artigo com uma afirmação, no mínimo, curiosa: “O maior problema do Manchester United não é Moyes, mas sim o dinheiro”. Na imprensa, o maior problema também não é a ameaça dos conteúdos digitais, como muito dizem, mas sim a forma como os media abordam ou contornam os seus desafios. E para isso, em vez de desinvestir, é preciso pensar estrategicamente os conteúdos. Dos colossos aos de nicho. 

publicado por Alexandre Guerra às 15:33
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