Quinta-feira, 14 de Março de 2013

Força Zé

 

Não é segredo para os que me acompanham e conhecem que gosto de associativismo e lhe dou relevância. E à partida respeito e admiro quem se disponibiliza para exercer funções dirigentes, em especial quando não o fará em regime de exclusividade, o que implica esforço e dedicação redobrados. Vem isto a propósito da notícia de que existem novos órgãos sociais na APECOM, sendo o novo Presidente o José Quintela.

 

Não conheço pessoalmente o José Quintela, mas desejo-lhe sinceramente sucesso neste desafio, pois se tudo lhe correr bem quem ganhará é o sector do Conselho em Comunicação. E o desafio é grande. Mesmo existindo um pormenor que me faz estar céptico, há outros que me fazem acreditar.

 

O primeiro desafio prende-se com a vida recente da APECOM. Com a saída do Salvador da Cunha a associação hibernou (é a palavra mais simpática que se pode encontrar). Mesmo discordando de algumas acções e posições que o Salvador tomou é justo reconhecer que dinamizou a APECOM. E para além deste adormecimento, existiram alguns conflitos que originaram a saída de associados. O José Quintela terá o desafio de voltar a agitar positivamente a APECOM e de ser agregador conseguindo recuperar associados e conquistar outros.

 

Mas para mim o maior desafio, e admito que os novos órgãos sociais possam não estar de acordo (veja-se o slogan), é fazer a APECOM “sair da caixinha”. Sim, a APECOM é uma associação de empresas. Deve em primeira instância defender as empresas. Claro que se o fizer bem estará a defender e promover a actividade. Mas não chega. E foi isso que levou em tempos um conjunto de pessoas ponderar (e chegou a ser anunciado) a criação de uma associação que fosse para além das empresas, ou seja, das agências. Abrir a APECOM aos profissionais e à Academia (é fundamental intervir junto das escolas) é o grande desafio. E faze-lo não obriga a que o envolvimento seja formal. A APECOM não precisa de mudar o seu âmbito, pode (e talvez deva) manter-se uma associação de agências.

 

E como associação de agências que é não pode deixar de promover e defender a actividade, de promover e verificar (aqui aos seus associados) boas práticas. A APECOM não deve ser reguladora em determinadas matérias pois somos um sector onde existe concorrência, mas não se deve inibir de ser a patrona de práticas que valorizem o sector e a actividade, bem como a ponta de lança na crítica ao oposto, nomeadamente se o tiver que fazer dentro da própria associação.

 

Que o José Quintela tenha a mestria e a diplomacia para gerir as diversas sensibilidades que existem, dentro e fora da APECOM. Que tenha a bravura de dar bons murros na mesa na defesa de todos nós, profissionais desta estimulante actividade. Eu sou daqueles que quero o sucesso do novo presidente da APECOM.

publicado por Rodrigo Saraiva às 09:49
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Terça-feira, 7 de Junho de 2011

estamos sempre a aprender

O Jornal de Negócios publicou ontem uma peça sobre Agências de Comunicação. E uma peça digna de ser lida.

 

Ficamos a saber que o sector em Portugal vai ter uma ligeira queda em 2011.  Mas eu ainda estou curioso por ver os resultados de 2010, em especial o agregado do sector.

 

Ficamos a saber os valores mensais praticados. Desconhecia que existia tabela.

 

E ficamos a saber que Media Relations é “envio de press releases para a imprensa”. What???!!!

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:14
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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

porque o associativismo é importante

Pelo facto de estar envolvido na dinamização da Associação de Profissionais, e mesmo tendo esta um âmbito distinto, tenho evitado comentar o que se passa na associação patronal do sector, a APECOM, nomeadamente a saída do Salvador da Cunha / Lift da presidência e a inerente necessidade de preencher essa vacatura. Mais que preencher vacatura, foi a própria APECOM a anunciar que realizaria eleições.

 

Recentemente foi noticiado o que já era assunto de conversas, a dificuldade de encontrar alguém que assumisse a Presidência ou a vontade de muitos associados de chancelarem quem se disponibilizava e de integrar os órgãos sociais.

 

Ficamos hoje a saber que afinal não houve eleições e que apenas foi preenchido o lugar de Presidente da Direcção, tendo sido escolhido Alexandre Cordeiro / C&C.

 

Não conheço pessoalmente Alexandre Cordeiro, mas pela história e percurso, quer o seu próprio como o da empresa, é alguém que quem está neste sector deve respeitar e considerar.

 

E talvez seja pelo respeito que muitos dos seus pares lhe têm que foi esta a solução encontrada. Alexandre Cordeiro era o Presidente da Assembleia Geral depois de ter presidido à Direcção da APECOM durante alguns mandatos. Recorde-se que recentemente, na primeira edição dos Prémios Reputação, foi-lhe atribuído o Prémio Carreira, com todo o significado que isso tem.

 

É por estes motivos e não pelas capacidades do próprio Alexandre Cordeiro que considero esta notícia como negativa. Os associados da APECOM fizeram uma maldade ao Alexandre Cordeiro. Aquilo que temos é um regresso, não houve capacidade de renovação. A imagem que a APECOM dá para fora é de que foi preciso recorrer aos “cabelos brancos” para que a Associação não caísse de vez, depois da saída de vários associados.

Aquilo que agora deverá acontecer é o preparar a Associação para a tal renovação e refrescamento que se impõe. Porque o sector precisa de uma associação patronal activa e consensual.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 14:46
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Sexta-feira, 1 de Abril de 2011

APECOM sem presidente

 

Salvador da Cunha, CEO da Lift Consulting, abdicou hoje do seu cargo na Direcção da APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação. Presidente da APECOM, desde Fevereiro de 2008, Salvador da Cunha abdica do cargo por “falta de tempo." 

 

Numa altura em que uma nova entidade que “possa representar e defender os profissionais, logo a profissão, junto de instituições públicas e privadas” anda a ser “cozinhada”, a APECOM,  associação que reúne mais de 20 empresas do sector, fica assim sem presidente.

 

Não se sabe quem o substituirá, nem qual o futuro da APECOM, mas já foram dados alguns palpites.

 

A título pessoal, e sendo totalmente imparcial quanto ao desempenho do Salvador da Cunha na APECOM, não posso deixar de o felicitar, tanto pela dedicação de mais de 3 anos em prol do sector, como pela sensatez da sua demissão.

publicado por Virginia Coutinho às 19:13
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Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011

... ora dá mais um, que só dois é um pouco ...

Não tenho tido tempo para grandes posts, nomeadamente sobre algumas coisas que se passaram neste sector nos últimpos tempos, como é o caso dos Prémios Reputação. Como o tempo continua a ser curto e outros há que vão fazendo interessantes análises, deixo o link para o post do Jorge Azevedo sobre os Prémios Reputação.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:42
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Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011

Lá vamos nós mais uma vez

O Salvador decidiu, num post, falar do tal Spin Doutor que pulula no twitter e responder ao Rui Calafate. E pelo meio falou de mim num misto de elogio, que até tenho piada e sou refinado, com alguma desconsideração, sou intriguista e escrevo a soldo. Não é a primeira vez, pelo que começo a ficar moído. A parte da coscuvilhice, obviamente, incluo-a nos elogios. É a tal costela costureira.

 

Cada vez que o Salvador me acusa de escrever a soldo, assim tipo mercenário, fico sem perceber se em tempos quis contratar o Rodrigo profissional de comunicação ou o Rodrigo do PiaR? Eu cá sempre tive a confiança que transportaríamos para a vertente profissional a boa ligação conseguida nos repastos de sushi, um gosto comum a ambos. Outros foram mais eficazes. Tiveram mais vontade. Deve ser por isso que lideram o sector.

 

Mas no post do Salvador houve algo que gostei. Ver o Salvador a referir-se, a citar, a Susana Monteiro. Só tenho pena que o faça por causa de um anónimo e não o tenha feito quando a Susana foi alvo de um ataque cobarde e mentiroso por parte de outro profissional, também associado da APECOM e seu dirigente. Talvez o assunto tenha sido tratado dentro de portas da associação (normalmente a fuga quando não se quer falar de certos assuntos), dirá o Salvador. Estar eu a falar disto é ser intriguista? Eu cá acho que é ser justo.

publicado por Rodrigo Saraiva às 09:19
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Sábado, 13 de Novembro de 2010

assim foi e vai o sector

Eis o estudo Benchmark e o inquérito de conjuntura da APECOM.

 

E uma primeira análise.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 02:06
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Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010

ficamos à espera ...

A APECOM – Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas lançou no passado dia 18 um inquérito a 39 empresas, associadas e não associadas, com volume de negócios em 2009 superior a 120.000 euros.

daqui.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 19:02
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Terça-feira, 19 de Outubro de 2010

coincidência ou influência?

Não deixa de ser curioso que no dia em que o blog da APECOM está em destaque na homepage dos Blogs Sapo (que pare quem conhece significa um forte aumento de visitas) o post inicial seja este.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 15:52
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Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

cerrar fileiras

No seguimento deste episódio, que envolveu o professor Adriano Duarte Rodrigues, foram várias as opiniões publicadas:

 

Rui Calafate

 

a Liliana de Almeida

 

o António Marques Mendes

 

o Renato Póvoas

 

e a Alda Telles (ver também comentários).

 

Uma última nota sobre a tomada de posição ou actuação das Associações. Percebo o que refere o António Marques Mendes, não sabemos se algo foi feito em termos institucionais, sendo um facto que as associações têm muito de public affairs. Mas imagino que como profissionais de comunicação que são / somos não se pode deixar de ver aqui uma oportunidade de defesa e promoção do sector e profissão. Acredito, por isso, que nos próximos dias veremos, pelo menos, um artigo de opinião. Recordo, por exemplo, o pertinente artigo do Luís Rosendo, enquanto Vice-presidente da APECOM, no jornal i em resposta ao Pedro Bidarra.

 

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 16:43
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Sexta-feira, 27 de Agosto de 2010

quem somos? o que somos?

Numa troca de tweets entre o @brunoamaral, o @malbano e o @NunoMendao, começou-se a falar se existe, ou não, diferença entre Agência e Consultora (de comunicação, pois claro).

 

Isto não é uma discussão nova. Recordo-me de já ter sido falada em blogs. E por alguma razão a associação sectorial – APECOM, se designa como de Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas.

 

Podia até nem existir problema na designação Agência, muitas das empresas ainda adoptam essa denominação, não fosse a percepção, independentemente de comportamentos a longo prazo, criada. Agência remete inicialmente para uma ideia de prestação de serviço pura e dura. Os “agentes” são comissionistas. E a quem eu me limito a pagar uma comissão, uma agência de viagens, por exemplo, não o verei como parceiro.

 

Não nos podemos esquecer, por exemplo, a famosa expressão que existe / existia no mundo da publicidade: “comissão de agência”.

 

Empregar o conceito “agência” proporciona uma percepção errada da nossa actividade. Esta deve ser retribuída através de honorários previamente acordados. Depois é trabalhar. Em conjunto. E não vou falar da questão dos honorários à hora.

 

O Bruno diz, a certa altura, «Se querem mudar percepções q mudem o comportamento». Também é (muito) verdade. É deixarem de ser agentes e assumirem-se como Consultores.

publicado por Rodrigo Saraiva às 16:28
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Sábado, 31 de Julho de 2010

abrir o flanco

Não me vou, para já, alongar muito sobre este tema. Mas há uma coisa que não posso deixar de dizer. O Salvador pode argumentar muitas coisas, o que não pode é pedir para não fazerem ao projecto “Prémios Reputação” exactamente aquilo (por exemplo, aqui e aqui) que fez ao, então, renascido briefing, «Deitar já abaixo, levantando suspeitas».

publicado por Rodrigo Saraiva às 16:34
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Terça-feira, 27 de Julho de 2010

Associativismo (será desta?)

Vou chegar um pouco tarde à discussão, mas só agora consigo dedicar o tempo que o tema merece.

 

Já várias vezes tenho deixado claro que sou um defensor do associativismo. Deve existir uma entidade, seja associação ou tenha ela outro enquadramento, que congregue os profissionais da Comunicação (Public Relations, Conselho ou Consultoria em Comunicação, Comunicação Organizacional …) e defenda e promova a profissão e os profissionais? Claro que sim! Mas qual?

 

Por razões óbvias, visto o seu papel ser outro, não poderá ser a APECOM a cumprir o objectivo.

 

Será a ARPP? Conheço pouco para dar uma resposta objectiva, mas talvez seja este o problema, haver pouco que se saiba. A ARPP sofre do mesmo problema que me faz não defender a criação de uma nova estrutura, falta-lhe, lá está, estrutura. E só se deve apostar na criação de uma quando a lacuna é total. E há falta total de uma estrutura que sirva os interesses que têm sido falados? Não, não há. Não há falta e à vontade.

 

Então, pode ser a APCE? Pode! Esteja a associação disponível para fazer certas alterações e adaptações, começando, pequeno exemplo, por alterar a sua designação. O seu branding / naming não ajuda à boa percepção da actual realidade da associação e não está adaptada à actividade e papel que a própria associação tem vindo a assumir. E a APCE pode, principalmente, cumprir a função de promoção da profissão e defesa dos profissionais, pois tem trabalho desenvolvido, como é o caso do "Código de Conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e Relações Públicas". Curioso, entrei agora no site da APCE para ir buscar o link do Código e reparo neste texto em destaque, com data de Fevereiro.

 

Uma última nota que entendo ser pertinente, pois nada é feito sem as pessoas. No universo da APCE já participam alguns profissionais de agências / consultoras que merecem respeito. Sei da motivação da Alda Telles, que preside ao Conselho Consultivo e de Ética da APCE, para esta luta e foi bom de ler que a Filipa Trigo aceitou acompanhar a Alda.

publicado por Rodrigo Saraiva às 17:02
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Quinta-feira, 22 de Julho de 2010

Word of Mouth - Luís Paixão Martins

 

  

 

 

Luta de classes

 

por: Luís Paixão Martins

 

 

Uma mão-cheia de apontamentos sobre o PR After Work e o associativismo do sector convocaram-me para esta pequena reflexão, agradecendo o acolhimento simpático do PiaR (já que atravesso período sem espaço próprio para o meu spin). E, como tirei um curso prático de marxismo pela vivência do PREC, sinto-me especialmente atraído pelo perfume de luta de classes que realça deste (“o sector não são só 30 directores de empresa”), este (“focando-se apenas nos lucros das suas empresas”) e este post (“normalmente assumidas pelos ‘donos’ das empresas”).

 

Sendo assim, gostaria de deixar a reflexão de um consultor transformado em administrador de uma empresa de Comunicação, aliás aquela que é, de longe, a maior empregadora do sector, procurando apresentar a minha visão sobre aqueles que são os obstáculos centrais ao desenvolvimento da nossa actividade.

 

Em primeiro lugar, entendo que o Conselho em Comunicação não tem o mínimo problema de notoriedade. Nos últimos anos, a notoriedade cresceu muito, em parte devido à visibilidade das nossas acções em disciplinas com maior atenção mediática, como a Comunicação Política, Comunicação Pública e Grupos de Interesses. Podemos dizer que não existe empresa, instituição, personalidade em Portugal que não recorra a serviços de Conselho em Comunicação.

 

Em segundo lugar, fatia importante desse crescimento de notoriedade deveu-se à propagação dos estereótipos associados à imagem do “dark side”, por muito que isso possa surpreender aqueles que julgam que somos uma espécie de meninos de coro do mundo do Marketing. É assim em todos os mercados do Mundo. Todas aquelas marcas globais a que consultoras portuguesas gostam de estar associadas (Burson-Marsteller, Hill&Knowlton, Edelman, etc., etc.) têm problemas de reputação. Sim, eu sei, é uma injustiça.

 

Em terceiro lugar, são os atributos de poder e influência associados à percepção das nossas marcas que muitos clientes procuram. Gosto de dizer que esses são os clientes mais sofisticados, no que à Comunicação respeita, porque são exactamente aqueles que a consideram mais crítica e, consequentemente, estão disponíveis para investir mais em Comunicação.

 

Quero com isto dizer que os obstáculos ao desenvolvimento do nosso sector não estão do lado da procura, estão do lado da oferta porque a nossa expansão será sempre limitada pela escassez de profissionais com formação e experiência suficientes para abraçar projectos de consultoria. Tal deve-se às características da formação universitária (muito académica, pouco virada para a relação com a prática) e à relativa juventude do próprio sector.

 

Neste contexto, seriam bem acolhidas estruturas associativas que visassem a melhoria da qualificação dos consultores de Comunicação, isto é, que se dedicassem ao “trabalho de casa”, numa escala que é difícil obter num sector muito pulverizado em termos empresariais, à sua informação, à vulgarização de ferramentas de trabalho.

 

A APECOM não serve, infelizmente, esses interesses dos operadores do mercado.

 

Nem serve os interesses de uma representação aos níveis social, económico e político, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com a APAP – Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação e, até, com a recém-criada APAME – Associação das Agências de Meios, que são reconhecidas como parceiros das indústrias dos Media e do Marketing. Pelo contrário, a APECOM parece continuar ocupada em servir apenas de palco à promoção empresarial do seu presidente.

 

Colegas consultores envolvidos nesta espécie de luta de classes: que fique claro que sem a melhoria da qualificação dos Consultores não teremos melhores consultoras de Comunicação. E que sem boas empresas não haverá lugar para bons (ou medíocres) consultores de comunicação. E que sem representatividade política, social e económica não receberemos acolhimento institucional. Por muitas associações que nasçam e sejam felizes.

 

 

PS: O “arrefecimento” que sentimos agora deve-se à conjuntura e não á notoriedade. Levantado o manto diáfano da fantasia a realidade é que a agregação das vendas em Portugal das consultoras mais representativas estagnou em 2009 e estou à vontade para fazer este registo porque a LPM foi uma excepção.

 

PS2: Será que, entre os associados da APECOM, ainda ninguém reparou que os anunciados novos prémios do sector são baptizados de “de reputação”, exactamente a proposta de valor da empresa de que o presidente da APECOM é accionista?

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 12:26
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Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010

Associativismo

Portugal é um país de associativismo! Ao contrário do Telmo, entendo que somos um país adepto do associativismo. Até demais. Temos associações para todos os gostos. Profissionais e sectoriais, estudantis e juvenis, ambientais, desportivas e culturais, de âmbito nacional, regional e local, e sem esquecer outras fórmulas como sindicatos e ordens ou até as ONG’s e as IPSS.

 

Ao longo do meu percurso de vida participei em várias, em especial associações estudantis. É algo que me orgulho, tanto que consta do meu currículo.

 

Em várias experiências profissionais, em trabalhos internacionais, houve necessidade de explicar esta realidade bem portuguesa e, acredite-se, para pessoas de outras geografias, é algo que não é fácil entender.

 

Embora entenda que existe um excesso de associativismo no nosso país, sou um defensor desta forma de participação cívica. Não digo quantas mais melhor, não defendo exclusividades. Desde que com objectivos bem explanados e tendo conta, peso e medida, ou seja, bom senso, olho para novas iniciativas de forma positiva. E sendo um profissional da comunicação defendo a existência de associações neste sector. Associações sectoriais, que já as há, e associações profissionais, que confesso ainda não ter percebido se existem ou não.

 

No que diz respeito às Relações Públicas (ao Conselho em Comunicação), temos ao nível sectorial a APECOM. Durante muitos anos fechada em si mesma (é uma opção), tem vindo nos últimos tempos a “sair da caixa” e a demonstrar iniciativas de divulgação do sector. Pelas notícias recentes parece que continuará neste caminho, o que me parece positivo, queiram e saibam os seus associados. Em termos profissionais pouco poderei dizer, tal como disse acima não percebi ainda se existe alguma, mas existindo acabará por haver a discussão se esta deverá ir mais longe na sua actuação, quase entrando no âmbito de uma ordem ou sindicato. Isto porque já muitas vezes se falou da necessidade de mais reconhecimento da profissão e até de credenciação dos profissionais.
 

publicado por Rodrigo Saraiva às 14:48
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Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010

Digam 33 (actualizado)

1 mais 1 é igual a 2.

31 mais 2 é igual a 33.

 

E afinal são 34.

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:13
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Terça-feira, 10 de Novembro de 2009

Estudo Benchmark 2008

Do suplemento Consultoras de Comunicação, publicado com a última edição do Meios & Publicidade, que aqui pode ser consultado, destaco as seguintes notas:

 

 

- O sector, em termos de volume de negócios, mesmo em tempo de crise continua em crescimento;

 


- O inquérito de conjuntura demonstra um elevado optimismo dos players do sector ao nível da facturação, sentimento que aumenta quando se projecta 2010;


- O optimismo no crescimento da facturação em 2009 contrasta com a previsão negativa (55%) que o investimento em comunicação e RP diminuiu no mesmo ano;
 

- O facto de 68,8% considerarem que a formação académica é pouco adequada às necessidades das consultoras, é dos dados que mais carece de análise e de ideias para colmatar a lacuna existente;

 


- Dos vários artigos de opinião de responsáveis de Agências / Consultoras, a larga maioria faz referência às novas formas e plataformas de comunicação na internet, facto reforçado por 70,6% considerar a comunicação digital como a área de prática com melhor perspectiva de crescimento;


E algumas questões que me ocorrem:

 

- olhando às áreas de prática que as empresas dizem ser predominantes na sua actuação, tirando a “comunicação institucional” e a “relação com os media”, quantas das outras são facturadas à parte? Ou à peça? Em especial as que são já assumidas com pertinente relevância como “crise e gestão de assuntos” ou “public affairs”?

 

- uma Associação que apresenta (e bem) uma análise à evolução do sector ao nível da facturação e / ou volume de negócios, bem como um quadro que elenca o número de consultoras por níveis do mesmo volume de negócios, não poderá também apresentar esses mesmos valores por consultora?

 


Termino com uma nota de felicitação à APECOM e ao Salvador na sua qualidade de Presidente da Associação, pelo trabalho efectuado. Projectos como este, tal como o suplemento lançado com o OJE, são boas ferramentas de divulgação do sector.
 

publicado por Rodrigo Saraiva às 08:42
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Sexta-feira, 6 de Novembro de 2009

Croquete para segundo plano

Renato, desculpa, mas durante o fim-de-semana o teu livro ficará para segundo plano de leitura. Há um suplemento do Meios & Publicidade para ler e analisar.

 

O Estudo Benchmark 2008 realizado para a APECOM lança duas “cenouras” para motivação do sector: crescimento do sector apesar da crise e o optimismo dos players.

publicado por Rodrigo Saraiva às 18:01
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Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009

APECOM comemora 20 anos com lançamento de blog

A APECOM, que comemora 20 anos de existência, lançou um blog.

 

 

Embora a associação afirme uma política de praticamente trabalhar para e com os seus associados, sendo essa a linha transmitida pelo seu Presidente, a verdade é que desde que o Salvador da Cunha assumiu a presidência a APECOM tem vindo a dar sinais de abertura de portas, mostrando-se para fora do universo das suas assembleias gerais e reuniões internas.

 

O lançamento do blog da APECOM, aberto à participação dos profissionais das empresas associadas, segue-se à publicação do suplemento "consultoras de comunicação", publicado no OJE.

 

Sou um defensor do associativismo e sendo a APECOM, com os seus defeitos e virtudes, com mais ou menos associados, a única estrutura que representa exclusivamente o sector das Relações Públicas e Conselho em Comunicação em Portugal, fico satisfeito com mais esta iniciativa que, para além da visibilidade à Associação e às associadas, trará mais um espaço de divulgação da actividade e debate dos temas relacionados.

 

Parabéns pelos 20 anos e pelo novo projecto.

 

O link, como é óbvio, vai já ali para a barra da direita ---»

publicado por Rodrigo Saraiva às 10:02
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Domingo, 3 de Maio de 2009

suplemento OJE Comunicar

Para quem não teve oportunidade de ver o suplemento "consultoras de comunicação" publicado no OJE e promovido pela APECOM, tem agora a oportunidade de fazê-lo através de link disponibilizado pela associação.

 

E mesmo para quem viu, é a oportunidade de arquivar digitalmente.

 

publicado por Rodrigo Saraiva às 23:51
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