Terça-feira, 5 de Janeiro de 2016

Até um dia ...

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Já não é de agora que este poleiro anda adormecido.

Não vale a pena estar a elencar as razões, pois são várias, desde as que dizem respeito a cada um dos autores às que são da dinâmica do mundo das plataformas digitais.

O Alexandre lá foi cumprindo o papel de carregador de piano, mantendo o poleiro acordado pontualmente, mas após conclave de autores chegámos à conclusão que devemos assumir, agora que entramos num novo ano, a paragem do PiaR.

Mas como isto da internet mantém as coisas vivas, “once in the internet…”, preferimos adjectivar esta paragem como um adormecimento, um congelamento.

Aos meus companheiros desta viagem (Virginia, António, Telmo e Pedro) e principalmente ao Alexandre que comigo iniciou esta caminhada, o meu obrigado pelos momentos de partilha.

A quem nos visitou, para ler, comentar e até escrever (os nossos convidados) também o agradecimento.

Até um dia …

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publicado por Rodrigo Saraiva às 11:03
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Quinta-feira, 26 de Novembro de 2015

Costa chama cega e cigano para o Governo

Bem... não tenho palavras para este título, por isso fica apenas a imagem.

 

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Actualizado às 11:50

E as imagens satíricas começam a surgir...

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publicado por Virginia Coutinho às 11:44
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Terça-feira, 15 de Setembro de 2015

A ler

Four reasons Jeremy Corbyn needs a Spin Doctor, a ler no The Guardian.

publicado por Alexandre Guerra às 18:32
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Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015

A opinião de Ricardo Costa não podia ser mais certeira

A propósito do que foi escrito no post anterior sobre a polémica em torno da promo da RTP para o jogo da Supertaça, a opinião de Ricardo Costa no Expresso não podia ser mais certeira.

publicado por Alexandre Guerra às 14:24
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Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

Ai Jesus, que fazer com estes "senhores" do futebol?

Já todos sabemos que o futebol é uma paixão para muitos e que, por vezes, gera atitudes irracionais. Dos chamados "índios, que tanto pode ser o canalisador, o taxista, como o professor ou o juiz, espera-se tudo, mesmo os maiores disparates, quando o que está em causa é o seu clube. Já menos compreensível e muito menos aceitável é quando os "patrões" do futebol, eles próprios, tenham comportamentos lamentáveis, que em nada dignificam os cargos de alta responsabilidade que ocupam à frente dos clubes ou das insituitções que regulam o futebol.

 

Em Portugal, esses "senhores", a quem lhes foi "atribuído" um poder quase absoluto e uma influência perversa na sociedade, na política e nos agentes da comunicação social (uma situação incomparável com o que se passa noutros países) vão ocupando os seus tronos sem que, enquanto lá estiverem sentados, alguém (incluindo autoridades policiais e judiciais) ouse desafiar aquilo que, por vezes, são elementares devaneios comportamentais e, até mesmo, atitudes inadmissíveis num Estado de Direito.

 

Tendo eles próprios a noção de que podem dizer e fazer quase tudo, ainda por cima com o tempo de antena que quiserem (veja-se o abuso do número horas que os três canais informativos estão neste momento a dedicar ao futebol e respectivos programas de debate, já para não falar no caso raro que é Portugal ao ter nas bancas três diários desportivos) e sem que sejam chamados à atenção (por políticos, então, nem pensar), leva a que cometam determinados actos reprováveis perante situações que, supostamente, nao serão do seu agrado. Isto evidencia um espírito pouco tolerante e, sobretudo, ausente de qualquer noção de bom senso e clarividência.

 

Então não é que os responsáveis do Benfica e Sporting se uniram numa frente comum para combater uma ameaça àquilo que devem considerar o bom nome dos seus clubes? E como se não bastasse, a FPF juntou-se a este circo. Imagine-se o que poderia unir estas três entidades numa manifestação tão veemente de protesto? Não, não é a violência no futebol e muito menos o combate ao racismo, nem qualquer causa solidária. É sim, espante-se o leitor, uma promo da RTP para o jogo da Supertaça do próximo dia 9 de Agosto e que vai opor o Benfica e Sporting. A referida promo, que é perfeitamente banal, sem linguagem ofensiva, imagens obscenas ou qualquer mensagem de cariz político-religioso, suscitou queixas daqueles dois clubes e da FPF contra a RTP.

 

PiaR sabe que no próprio Sábado, dia em que a promo foi para o ar, os dois clubes ligaram de imediato para a RTP a "exigir" que a mesma fosse retirada do ar. A própria FPF terá enviado um e-mail para a RTP na mesma linha, esquecendo-se, certamente, de outros tempos em que a censura imperava e estes comportamentos eram aceitáveis. Mas, como se disse, isso eram noutros tempos. A verdade é que a estação pública não gostou daquele pedido, tendo a mesma promo ficado no ar até esta Quarta altura em que entrou uma outra, sendo que o PiaR sabe que estão previstas entrarem mais duas até ao dia do jogo.

 

Dentro da RTP, sobretudo ao nível de quem mais directamente esteve relacionado com esta promo, o PiaR apurou que a atitude do Benfica, Sporting e FPF causou bastante estranheza e foi mesmo alvo de alguma chacota perante o ridículo e a falta de noção democrática dos dirigentes daquelas três entidades. Não deixa de ser irónico que a Federação acuse a RTP de não respeitar os valores do futebol, quando é aquela própria instituição, juntamente com o Benfica e Sporting, que, neste caso, não respeitaram os valores fundamentais da liberdade de expressão num Estado de Direito.

 

 

publicado por Alexandre Guerra às 11:20
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Quinta-feira, 23 de Julho de 2015

Erros atrás de erros

Ao ler o Público de hoje, 23 de Julho, confirma-se, mais uma vez, a perda de qualidade de um jornal que já teve os seus momentos. Das notícias que mereceram uma leitura mais atenta, pelo menos duas apresentavam falhas inaceitáveis: na secção local, na página 15, numa notícia sobre o SATU de Oeiras, é citada o nome de uma fonte, mas sem que se refira qual o cargo ou função da mesma; na página 42, na área do desporto, começa-se a ler entusiasticamente um artigo sobre a etapa de ontem do Tour e, abruptamente, a frase é cortada. Claramente um erro de paginação. Seria menos mau, se estivéssemos perante uma vez sem exemplo, mas o problema é que não estamos.

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publicado por Alexandre Guerra às 12:15
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Segunda-feira, 13 de Julho de 2015

Regulamentação do lobby mais uma vez adiada

A tão esperada e necessária regulamentação da prática do lobby em Portugal parece ter sido adiada para a próxima legislatura. Supostamente, o diploma que estaria a ser preprado pelo Governo seria muito limitado na sua acção, já que as mudanças previstas seriam aprovadas através de decreto-lei, o que impossibilitaria, por exemplo, mexer no estatudo dos deputados e nas suas incompatibilidades. Para isso acontecer, terá que ser através de uma lei da Assembleia da República e, desta forma, não faria sentido aprovar legislação que deixasse de fora os seus principais intervenientes: os deputados. Este argumento é aceitável, mas então por que é que o Governo não se lembrou disso mais cedo?

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publicado por Alexandre Guerra às 12:36
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Terça-feira, 30 de Junho de 2015

Lançamento do livro "Insondáveis Sondagens"

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publicado por Alexandre Guerra às 15:04
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Segunda-feira, 22 de Junho de 2015

Descobertas improváveis no interior do país

As melhores descobertas são, por vezes, aquelas de que não estamos mesmo à espera, aquelas que surgem nas mais improváveis circunstâncias, nos mais improváveis sítios. No fundo, as melhores descobertas serão aquelas que surgem de surpresa, fruto do acaso, quando num determinado dia, numa determinado hora, estamos num determinado local. E foi precisamente isso que aconteceu no passado Sábado, quando o autor deste poleiro passou fortuitamente pelas aldeias de Juncal do Campo e Freixial do Campo, no distrito de Castelo Branco, e se depara com manifestações artísticas de arte urbana, pela mão de alguns dos mais sonantes "street artists" nacionais. Vhils (Alexandre Farto) é um deles, imagine-se, mas só esta Segunda-feira iria fazer a sua obra, já que vinha de Seul directamente para Juncal do Campo.  

 

Trata-se do projecto "Aldeias Artísticas", promovido pelas associações Ecogerminar e Terceira Pessoa e que conta com o apoio da Fundação EDP. Esta acção em concreto está integrada no programa mais abrangente "Há Festa no Campo", que "promove a dinamização cultural e social das suas aldeias, valorizando o seu património imaterial e cultural. São promovidos encontros, oficinas de formação, assembleias participativas, festas e exposições, mantendo sempre a relação com as tradições, memórias e festividades locais".

 

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Gonçalo Fialho (também conhecido como Uivo)/Freixial do Campo (poste de electricidade). Veja o vídeo.

 

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Ivo Santos em "acção" (também conhecido como Smile)/Juncal do Campo. Veja o vídeo  (peça da SIC).

 

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Projecto Matilha/Juncal do Campo (campo de futebol)

 

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Ricardo Pereira (também conhecido como Skran)/Juncal do Campo

 

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Marco Almeida (também conhecido como 2Carryon)/Juncal do Campo (junto à fonte). Veja o vídeo.

 

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Mauro Carmelino/Freixial do Campo (escola)

 

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Tomás Pires (também conhecido como Ôje)/Freixial do Campo (Junta de Freguesia) 

 

 

publicado por Alexandre Guerra às 16:07
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Sexta-feira, 12 de Junho de 2015

Incompreensível

Para quem anda nas lides da comunicação política não pode deixar de ficar estupefacto com erros primários que são cometidos por governantes experientes. O mais recente caso envolve Manuel Valls, primeiro-ministro francês, que, após um congresso do PS em Poitiers, apanhou o Falcon do Estado para se deslocar até Berlim para assistir à final da Liga dos Campeões Europeus, num acto classificado como oficial. Até aqui nada de extraordinário, até porque a França se prepara para organizar o Europeu de Futebol no próximo ano.

 

Qual foi então o problema? Não é que Valls decidiu levar dois dos seus filhos no Falcon para assistir também ao jogo... Ora, bastou isto para que a deslocação "oficial" do chefe do Governo francês a Berlim se transformasse num acto privado, de uma ida de um pai ao futebol acompanhado pelos filhos, mas à boleia do jacto do Estado, ou seja, à custa dos contribuintes.

 

Como é possível que hoje em dia um político ainda se sujeite a uma situação destas? É incompreensível, até porque Valls reconheceu de imediato a sensibilidade do assunto e disse que iria pagar do seu bolso a viagem dos seus filhos.

publicado por Alexandre Guerra às 12:32
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2015

Dúvidas existenciais

Que estranhos critérios editoriais dos dois jornais especializados em economia (Negócios e DE) quando, no dia a seguir à apresentação do relatório de gestão e contas de 2014 de uma entidade nacional com um orçamento anual de mais de 200 milhões de euros e que emprega mais de 5500 colaboradores, nem sequer uma breve dedicam ao tema. Talvez a Helena Garrido ou o Raul Vaz possam elucidar os leitores deste poleiro. 

publicado por Alexandre Guerra às 13:10
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Quarta-feira, 27 de Maio de 2015

Será o prenúncio de uma fusão entre o SOL e o i?

As movimentações anunciadas por estes dias nos dois jornais do grupo Newshold, com Vítor Rainho e José Cabrita Saraiva a transitarem do SOL para os cargos de director e director-adjunto do i, respectivamente, parecem prenunciar algo que em várias conversas que este poleiro teve com diferentes "fontes" se especulava: a fusão do SOL e do i. De acordo com o que foi dito ao autor destas linhas há uns tempos por um responsável editorial de um daqueles jornais, em cima da mesa poderá estar uma solução que aponte para o modelo inglês, ou seja, um jornal diário, com uma edição própria de fim-de-semana.

 

E nesse sentido é interessante analisar-se a troca que Luís Osório faz entre a direcção interina do i pela direcção executivo do SOL. Sem dúvida que Osório tem um perfil jornalístico mais adequado a uma edição de fim-de-semana, mais virado para os artigos longos, de tendências, mais reflectivos e culturais. Por outro lado, Vítor Rainho parece ter uma atitude mais dinâmica e pragmática, requisitos essenciais para quem diariamente procura notícias e tem de lidar com a pressão da agenda mediática. 

 

Para já, trata-se apenas de uma palpite do PiaR, mas vendo bem as coisas, e atendendo aos tímidos números das vendas efectivas em banca (e não daquilo que se diz que se vende) e à necessidade de se optimizar recursos e dinamizar dois produtos que, claramente, têm vindo a perder gás desde que apareceram no mercado, talvez a fusão entre os dois jornais fosse o melhor caminho a seguir.

publicado por Alexandre Guerra às 16:19
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Sexta-feira, 1 de Maio de 2015

Será por causa do acordo ortográfico?

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Mais um lamentável exemplo dos já muito comuns erros nos oráculos e rodapés. Desta vez no Telejornal da RTP.

publicado por Alexandre Guerra às 20:35
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Sexta-feira, 24 de Abril de 2015

Contradições

Pedro Mexia é, na opinão deste poleiro, um pensador de valor. Daquilo que se lhe conhece -- exclusivamente da suas aparições na comunicação social --, parece ser um tipo calmo, tranquilo e intelectualmente honesto. Amanhã, no i, sairá uma grande entrevista dele, mas, talvez seja algo presunço apresentá-lo como "o mais reconhecido pensador da sua geração". Além disso, não deixa de ser curioso que Mexia se auto caracterize como uma pessoa que gosta muito de fazer a sua vida sem que ninguém dê por ele. Palavras proferidas pelo próprio, não num ambiente recatado de convívio intímo, mas na referida entrevista de jornal, um meio de comunicação social que é, por definição, um "amplificador" de notoriedade junto da opinião pública. E para quem gosta tanto "da ideia de anonimato", não se pode dizer que Pedro Mexia contribua propriamente para a concretização da mesma, tendo presença assídua na televisão, rádio e imprensa. 

publicado por Alexandre Guerra às 13:11
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Quinta-feira, 16 de Abril de 2015

360º e Macroscópio, ao nível do melhor que se faz no estrangeiro

Num deserto de ideias e de qualidade que, neste momento, invade o panorama jornalístico português, torna-se ainda mais relevante salientar os projectos inovadores que conseguem cativar leitores e, extraordinariamente, meter as pessoas a falar sobre isso. Como já o tinha aqui feito anteriormente, o PiaR só pode elogiar a chegada do Observador ao universo dos meios de comunicação social nacionais, mas gostava agora de destacar, em concreto, os formatos apelativos -- que, nalguns casos, são (bem) importados de jornais e sites internacionais --, tais como as newletters 360º, do David Diniz, enviada ao início da manhã para os seus subscritores, e o Macroscópio, do José Manuel Fernandes, que segue ao final da tarde para as respectivas caixas de e-mail. Duas excelentes ferramentas noticiosas e de análise, ao nível do melhor que se faz no estrangeiro. 

publicado por Alexandre Guerra às 12:13
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Terça-feira, 24 de Março de 2015

Critérios

O Ministério do Interior francês já informou que o mais provável é que as 150 pessoas que estavam a bordo do Airbus 320, que se despenhou esta manhã no sul dos Alpes franceses, estejam mortas. Todos os meios de comunicação social nacionais e internacionais estão a dar natural destaque principal a esta notícia. O Público, no alto da sua sabedoria, mas também da sua cegueira editorial, faz isto: às 11h41, quando já toda a Europa falava no assunto, o on line daquele jornal ainda dava destaque à, certamente, não menos importante notícia da obesidade em Portugal.

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publicado por Alexandre Guerra às 11:29
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Segunda-feira, 23 de Março de 2015

Contra a corrente

"É assim House of Cards, uma grande série de banalidades e excessos.[...] Por isso, é uma série que nos deixa desconfortáveis: leva-nos a gostar das banalidades porque são excessivas e dos excessos porque são banais. Não é que eles nos queiram iludir. Eles o que querem mesmo é levar-nos a gostar precisamente de nos sentirmos iludidos. O engano, a mentira, o oportunismo, a traição e a falta de ética e de decência são tão comuns a todas as personagens que somos 'forçados' a torcer por aqueles que estão mais convenientemente apetrechados para esse mundo em que triunfam os piores. É o contexto."

 

Luís Paixão Martins em artigo de opinião no Diário de Notícias.

publicado por Alexandre Guerra às 11:56
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Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015

Sessões de Leitura

De há uns tempos para cá tem-se tornado moda realizar aquilo a que resolveram chamar “conferências de imprensa sem direito a questões”. E as aspas aqui são para citação mas, sobretudo, porque aquilo é mesmo para colocar entre aspas.

Se na política isto está a tornar-se habitual, eu até consigo compreender. Há um determinado assunto sobre o qual o partido (ou determinado agente político) quer emitir uma declaração, tomar uma posição, e chama a imprensa para o fazer. Mas como a posição política foi tomada ali entre dois cafés e uma conversa de corredor, não convém dar espaço para questões, não vá perceber-se a fragilidade da mesma. Ou então, porque o assunto da tomada de posição não interessa a ninguém e não se quer dar espaço para perguntas sobre o que interessa a toda a gente mas sobre o qual não se quer falar.

É preciso passar uma imagem de dinamismo ao eleitorado ou, na maioria das vezes, acalmar as hostes internas e tem que se fazer o papel de ler uma coisita para as câmaras.

Mas esta semana vi a moda estender-se a outros quadrantes. Uma instituição pública, a propósito de um grave incidente, resolve convocar a comunicação social para uma conferência de imprensa. Antes da mesma começar alguém anuncia que a pessoa x irá ler um comunicado e que não há espaço para questões dos jornalistas.

article-2338778-1A3E679B000005DC-374_634x422.jpgO que eu gostava de perceber, pois não consigo profissionalmente entender, é porque raio marcaram então a “conferência de imprensa”? Se era para a pessoa x ler um comunicado de imprensa, não era mais útil para todos enviar o dito para as redacções? Ainda por cima era um comunicado com dados factuais. Não havia tomadas de posição que justificassem a presença de jornalistas. E, ainda por cima, o leitor do comunicado não era um grande leitor.

Meus senhores. Isto não são “conferências de imprensa”. São sessões de leitura. E qualquer dia os jornalistas deixam de ir perder tempo a estas sessões de leitura (até porque a maioria deles lê melhor). E, nesse dia, percebem que afinal até era bom quando eles vinham e faziam perguntas que nos deixavam esclarecer melhor o tal do comunicado que se leu.

Pessoalmente, para sessões de leitura, prefiro as que faço todas as noites ao meu filho...

publicado por Telmo Carrapa às 13:39
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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015

A obsessão com a cobertura mediática

Um colega meu deu-me a conhecer este texto do Ragan’s PR Daily sobre a obsessão com a cobertura mediática. Kevin York, o autor, lembra que a definição de Relações Públicas não diz nada sobre “cobertura mediática” e que no início da profissão as “media relations” eram um meio e não um fim em si mesmas:

“The PR industry wasn’t founded on getting coverage. Most versions of the profession’s history include two-way communication with the public, along with informing, educating and influencing audiences. Though many early PR practitioners used media coverage as a tactic, coverage was a means to an end. It helped them reach people.”.

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E mesmo a cobertura mediática deve ser vista em função dos públicos. Não enquanto número de notícias:” If coverage appears in a publication your target audience doesn’t actually read, it doesn’t count as coverage. Target the reader, not the publication or the journalist. “.

Costumo dizer que às vezes vale mais uma breve no sítio certo que dez páginas no sítio que não vai fazer mossa nenhuma. Este artigo diz o mesmo.

“The PR industry lost its creativity—and some of its business relevance—when it became too reliant on media coverage. Media is still a valuable communications tactic, but it’s just one piece of our job, one tool in our arsenal.”, deixa em jeito de conclusão o autor.

publicado por Telmo Carrapa às 11:05
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Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015

Afinal não eram assim tão Charlie Hebdo

É curioso...há pouco mais de um mês, todos eram "Charlie Hebdo", todos eram pela liberdade de expressão e pelo respeito à sátira. Agora, a Liga Portuguesa de Futebol e a FPF estão indignadas com a Sagres, por causa de um vídeo publicitário que aquela empresa fez, precisamente, a fazer humor com um autêntico "frango" dado pelo guarda redes do Sporting, Rui Patrício, num jogo com o Belenenses.

 

Do ponto de vista comercial, percebe-se a decisão da Sagres em pedir desculpa e retirar a campanha, já que foi pressionada por aquelas instituições e tem muitos interesses no mundo do futebol, mas do ponto de vista dos princípios, a empresa fez mal. A verdade é que o vídeo não tinha qualquer ofensa ao jogador Rui Patrício. Mal está a sociedade, se não tem poder de encaixe para um vídeo como este.

 

publicado por Alexandre Guerra às 10:12
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